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18/06/2010 - 11:02

Arval investe para ser líder no Brasil em leasing operacional

A Arval, empresa do Grupo BNP Paribas especializada em gestão de frotas leves no segmento corporativo, vai investir R$ 145 milhões neste ano no país e outros R$ 800 milhões até 2013 para ser a líder no Brasil em seu segmento, atingindo uma frota de 15 mil veículos. A magnitude dos investimentos se deve ao fato de que, hoje, “as operações de Varejo do Grupo – nas quais se inclui a Arval - são responsáveis por metade de suas receitas”, de acordo com o presidente do Banco BNP Paribas, Louis Bazire.

Segundo o presidente da Arval, Roberto Maia da Fonseca, “a empresa tem hoje maturidade e conta com uma plataforma própria e independente de informações e serviços (Corporate Vehicle Observatory - CVO) que objetiva analisar o mercado e suas tendências, além de fornecer dados aos clientes, de forma a otimizar suas frotas e reduzir custos”.

Com esse intuito, a Arval apresentou hoje os resultados da pesquisa anual de seu fórum multidisciplinar CVO, realizada no 1º trimestre de 2010 em 14 países, entre os quais o Brasil, através de 4200 entrevistas telefônicas com gestores de frotas de empresas que contam com veículos leves corporativos.

O diretor de relações institucionais da Arval e do Corporate Vehicle Observatory, Vincent Rupied, acrescenta que “a empresa tem também papel de consultoria sobre os melhores veículos a serem escolhidos pelas companhias, de acordo com o uso que terão”.

A pesquisa e o Brasil - O levantamento realizado pelo CVO com o apoio da Arval neste ano traz informações úteis não apenas para gestores de frotas, mas também para usuários, fabricantes de veículos e de autopeças, além de administradores públicos: . quanto maior o porte da empresa, mais veículos de incentivo ela possui e menos unidades voltadas ao uso em vendas e serviços;

. a crise econômica, mais profunda na Europa, traz lições que podem ser úteis para aumentar a competitividade no Brasil, onde, em 70% das empresas pesquisadas, a turbulência não implicou mudanças, enquanto na Europa, em especial nas empresas de grande porte, houve reconfiguração das frotas.

O impacto das medidas governamentais de incentivo à venda de veículos, como a redução de IPI, por exemplo, foi positivo, mas não pode ser contabilizado como único fator de sucesso no aumento da frota: . o mercado reagiu muito positivamente, mas melhor no Brasil do que na Europa, onde a crise foi mais profunda. Além disso, pesou o fato de o empresário brasileiro ser mais ágil nas decisões de promover mudanças, dada sua longa experiência com décadas de hiperinflação.

A escolha dos veículos corporativos é outro item importante da pesquisa no que se refere a otimizar a frota, já que no Brasil o número de veículos operacionais e de serviços é elevado e fator relevante do ponto de vista motivacional.

Mesmo assim, as empresas, em geral, dão menos opções de escolha de veículos para seus colaboradores do que na Europa, devido ao alto nível dos encargos sociais sobre benefícios dados aos funcionários.

Mais: no Brasil, o interesse dos gestores de frotas está concentrado em itens como rastreadores, relatórios sobre consumo de combustível e quilômetros rodados (telemetria).

Métodos de financiamento de veículos e a pesquisa - De acordo com o levantamento da Arval, a maioria das empresas opta por determinado modelo e marca de veículo em função de custos diretos e indiretos, tais como os que costumam ser menos roubados, têm a melhor rede de manutenção e autopeças, por exemplo. No Brasil, existe um interesse crescente por veículos menos poluentes – notadamente os flex – bicombustíveis -, mas os veículos elétricos ainda são considerados uma realidade distante.

Atualmente no Brasil, 49% dos veículos de frotas são frutos de leasing financeiro; 42%, de compra à vista; 6% de Crédito Direto ao Consumidor e 2% de leasing operacional/locação, o que indica o grande potencial do mercado nacional

Análise macroeconômica e potencial de mercado - Uma análise do cenário macroeconômico nacional realizada por Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, indica que há um grande potencial de crescimento do país e desenvolvimento do mercado de veículos.

Cenário no Brasil, de acordo com Sérgio Vale: . nos próximos cinco anos o Brasil será um país muito diferente do que é hoje, com grande potencial no mercado em que a Arval atua;

. é improvável a repetição da recessão 2008/2009 na Europa, mas as conseqüências da crise ainda impactam o setor bancário e implicam redução de consumo, porque 70% dos recursos para crédito no Brasil vêm da Europa;

. a Selic deve fechar 2010 em 12,25% e subir muito nos próximos 4 ou 5 anos, mas, no longo prazo, a massa de renda da economia brasileira vai continuar crescendo bem, em torno de 6%, de forma que a aquisição de um carro básico que, há alguns anos, custava 160 salários mínimos, sai hoje por 60 mínimos e chegará a apenas 48 mínimos em cinco anos;

. a classe média brasileira aumentou 26 milhões de pessoas entre 2003 e 2008, mas 60% da população ainda está nas classes D e E. Até 2015, mais 20 milhões de brasileiros devem ascender à classe média, com crescimento de renda centrado no Sudeste.

Grandes problemas brasileiros no longo prazo, na análise de Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados: . a taxa de investimento trava o crescimento do Brasil. Para isso não ocorrer, ela deveria estar em torno de 25% do PIB, o que só deve acontecer por volta de 2017.

. faltam mais reformas estruturais no país que, juntamente com a taxa de investimento, possam sustentar um maior crescimento econômico brasileiro.

. o déficit em conta corrente nacional ainda está num patamar muito elevado, o que implica uma taxa de câmbio muito volátil, que deve ficar entre R$ 1,70 e R$ 1,90 nos próximos anos.

. a carga tributária no Brasil continua muito elevada e em crescimento, dados os intensos gastos em áreas menos relevantes do que as de educação e infraestrutura, por exemplo, onde há carência de recursos.

Boa notícia: segundo o economista Sérgio Vale, entre 2010 e 2015, as vendas de automóveis e veículos comerciais leves devem chegar a 43 milhões de unidades, concentradas na região Sudeste, um dos mercados em que mais atua a Arval.

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