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19/06/2010 - 08:57

Vendas de tintas em ritmo forte no primeiro semestre indicam crescimento de 7% em 2010

Nos primeiros meses de 2010 as vendas de tintas registraram ótimo desempenho, crescendo mais de 10% em comparação com o mesmo período de 2009, devido a uma vigorosa saída da crise e à recomposição de estoques no varejo. Esse resultado levou à necessidade de rever as previsões feitas no final do ano passado, que indicavam um crescimento de cerca de 3,5% para este ano.

“Nossa estimativa foi alterada para 7% em função das fortes vendas e das boas perspectivas que existem para as tintas imobiliárias, automotivas (originais e de repintura) e para diversos tipos de tintas industriais”, explica Antonio Carlos de Oliveira, presidente do Conselho Diretivo da ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas).

As tintas imobiliárias mantêm um ritmo forte de vendas desde o segundo semestre de 2009, acompanhando o que acontece com a construção civil. Para este ano é esperado um crescimento da ordem de 8%, muito superior ao de 2009, cujo índice ficou em 0,7%. “A maior oferta de crédito, a extensão dos prazos de pagamento, o aumento da renda e a redução do desemprego contribuem para estimular a construção habitacional e as reformas”.

“Ao mesmo tempo, há mais recursos para financiamento de imóveis habitacionais e o governo segue incentivando a construção de moradias, com o programa Minha Casa, Minha Vida. Todos esses fatores impactarão positivamente as vendas de tintas imobiliárias”, avalia Oliveira. A expansão da infra-estrutura em geral e as diversas obras públicas que estão em fase de inauguração são outros fatores que contribuem para o crescimento.

4º maior mercado mundial - Outro destaque são os sucessivos recordes de produção e vendas da indústria automotiva, que garantem mais mercado para as tintas automotivas originais. Em 2009, a redução do IPI de veículos garantiu a manutenção das vendas, que seguem em alta este ano. “Depois de ultrapassar a França e se tornar o 5º maior mercado mundial para carros, o Brasil pode agora superar a Alemanha e chegar à 4ª posição. Como as exportações ainda estão muito abaixo dos níveis de 2007 e 2008, o motor do crescimento das vendas é o mercado interno, que incorporou novos consumidores graças ao aumento da renda e do crédito”, explica. Para este ano, a previsão é de um crescimento de 7% nas vendas de tintas originais, alcançando o maior volume da história, com 49 milhões de litros.

As tintas de repintura automotiva – assim como tintas para autopeças e plásticos – também se beneficiam desse momento positivo da economia e da indústria automobilística, sendo igualmente esperado um crescimento da ordem de 7% nas vendas.

Nas tintas industriais e de manutenção, a situação é mais variada. Alguns subsegmentos vêm tendo desempenho extremamente positivo e têm perspectivas favoráveis, enquanto outros ainda sentem dificuldades relacionadas especialmente à retração das exportações. Os projetos ligados ao PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – e o próprio crescimento da economia brasileira impulsionam as vendas para segmentos ligados à infraestrutura e energia.

Antonio Carlos acredita que os grandes projetos em desenvolvimento e de longo prazo, como aqueles relacionados à exploração de petróleo e gás, à construção de hidrelétricas e à implantação de sistemas de transporte público, devem manter o ritmo de crescimento nas vendas dessas tintas nos próximos anos. Ao mesmo tempo, o maior poder de compra das classes C, D e E tem elevado a demanda por diversos tipos de bens de consumo – fogões, refrigeradores, computadores, móveis e outros –, o que também reflete no desempenho da indústria de tintas.

“As vendas de tintas retomaram o caminho do crescimento sustentado, devendo se manter pelo menos um ponto percentual acima do PIB. Acreditamos que a demanda continuará em alta nos próximos anos, pois os fatores que a impulsionam são estruturais, como o crescimento do mercado interno com a inclusão de novos consumidores, a forte necessidade de investimento em infraestrutura e na redução dos problemas sociais, a atração de grandes volumes capitais estrangeiros”, finaliza Antonio Carlos de Oliveira.
Previsões para 2010
Mercado.......................Vendas/(em milhões de l)..................Crescimento/(sobre 2009)
Tintas – mercado total......................1.322............................................7,3%
Tintas imobiliárias........................... 1.061............................................8,0%
Tintas automotivas (OEM)....................49.............................................7,0%
Tintas repintura automotiva................. 49.............................................7,0%
Tintas industriais................................. 163............................................ 4,0%

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