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14/06/2007 - 08:54

Mantega destaca crescimento do PIB há 14 trimestres consecutivos


Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse no dia 13 de junho (quarta-feira),ter ficado satisfeito com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Foi bom, porque mostra que a economia brasileira continua na trajetória de crescimento", disse.

Mantega lembrou que o país vem crescendo há 14 trimestres consecutivos, o que, para ele, significa tratar-se de um crescimento sustentável. "Este crescimento é equilibrado porque é puxado pelo investimento, pelo aumento do consumo interno", disse.

Ao lembrar que na comparação com o primeiro trimestre de 2006 os números do IBGE mostram alta de 4,3%, Mantega afirmou que a economia caminha na direção dos 4,5% esperados para o fim do ano.

Na comparação com o último trimestre do ano passado, o aumento foi de 0,8%, o que o ministro também considerou satisfatório: "É normal que haja oscilações de um trimestre para o outro, não é um crescimento linear. Inclusive pode haver problemas estatísticos. Num trimestre o IBGE capta menos, no outro capta mais."

Sobre o consumo do governo, que cresceu 4% neste trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2006 e 3,5% em relação ao último do ano passado, Mantega considerou importante a colaboração. "O consumo do governo reflete o aumento dos investimentos que o governo está fazendo desde o início do ano. É satisfatório, é o esperado. Está dentro das expectativas orçamentárias", disse.

O ministro comentou ainda que as receitas aumentaram mais do que os gastos, o que permite ao governo gastar sem comprometer o superávit primário (a economia que o governo tem que fazer para pagar a dívida): "O resultado fiscal é satisfatório e se o governo puder contribuir para o crescimento maior da economia, não tem nenhum problema, desde que o resultado fiscal seja entregue como foi prometido".

Para economista da FGV, crescimento no trimestre ficou aquém das expectativas - O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) ficou aquém das expectativas do mercado e, inclusive, do próprio governo, disse hoje (13) o economista Rogério Sobreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele destacou que se o resultado fosse anualizado, o crescimento ficaria em 3,2% e, portanto, abaixo dos 4,5% a 5% previstos pelo governo para este ano.

De acordo com os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 4,3% no primeiro trimestre, comparado a igual período do ano passado, e 0,8% em relação ao trimestre imediamente anterior.

“O primeiro trimestre não foi o ideal, não foi o esperado, mas ainda se tem a perspectiva de uma recuperação nos outros três trimestres do ano. Acredito que, por força disso, as repercussões socioeconômicas não tenham sido tão negativas quanto se essa fosse a taxa do terceiro trimestre, por exemplo", analisou Sobreira.

Para o economista, ninguém, “em sã consciência”, espera que os próximos trimestres apresentem taxa de crescimento tão baixa quanto a do primeiro. “Espera-se uma recuperação", disse, e citou o setor de serviços, que apresentou crescimento de 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2006 e de 1,7% sobre o último trimestre do ano passado.

Ele destacou que "as sinalizações de que, de fato, vai haver crescimento maior do PIB estão associadas ao horizonte de queda na taxa de juros".

Análise: PIB seria maior com dólar mais baixo - "Esperava-se mais", sintetiza nota do Instituto de Estudos sobre Desenvolvimento Industrial (IEDI) sobre o crescimento de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses deste ano. Segundo o instituto, sem os efeitos da queda do dólar, o crescimento poderia ser maior. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas no país.

O relatório indica a valorização cambial do real em relação ao dólar como um fator determinante para o desempenho do PIB. A situação cambial “está levando a um crescimento muito expressivo das importações e um crescimento mais lento das exportações. O efeito disso é tirar dinamismo do PIB, da economia brasileira”, afirma o economista-chefe do Iedi, Edgard Pereira, em entrevista à Agência Brasil.

Pereira cita o caso das importações, que tiveram crescimento de 19,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Já as exportações cresceram apenas 5,9%. O Iedi avalia que o crescimento da indústria da construção no trimestre, de 2,4%, “decepcionou” e o da indústria de transformação (2,8%) não teve significação.

Ao longo do ano passado, o real ficou 8,66% mais forte em comparação com a média das moedas estrangeiras. Com isso, os produtos estrangeiros ficam mais baratos para o brasileiro, incentivando a importação. Ao mesmo tempo, o produto em real fica mais caro para os compradores estrangeiros.| Por: Edla Lula/Alana Gandra/Paulo Montoia/ABr e Fator Brasil.

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