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22/06/2010 - 11:22

Pesquisa Setorial 2009/2010: Trabalho Temporário e Terceirização no Brasil

A 4ª Pesquisa Setorial, levantamento realizado anualmente pelo Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis) com o apoio da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário), mostra a rápida recuperação do setor após a crise econômica mundial. O estudo foi encomendado ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema) e abrange o período de abril de 2009 a abril 2010.

Para Vander Morales, presidente da Asserttem e do Sindeprestem, a carga tributária, a concorrência desleal e a inflexibilidade da legislação trabalhista são os grandes vilões. “Se houvesse equilíbrio fiscal a partir da desoneração da folha de pagamento e da redução de encargos fiscais, o cenário poderia ser mais favorável”, afirma.

Setor de serviços especializados – terceirização - O Brasil tem hoje mais de 31 mil empresas de serviços terceirizáveis, sendo que 15,3 mil estão localizadas nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. O setor de serviços terceirizáveis teve acréscimo de 2,6% no número de empresas prestadoras de serviços, na comparação com a pesquisa anterior.

FAturamento do setor- R$ 43,3 bilhões/ano ante R$ 40,6 bilhões na pesquisa anterior: o setor fatura R$ 43 bilhões ao ano. As regiões Sudeste e Sul são as que concentram a maior parte desse montante. Também são essas as duas regiões que mais contratam empresas especializadas na prestação de serviços terceirizados. A remuneração mensal destes profissionais paga pelas empresas gira em torno de R$ 918, totalizando R$ 18 bilhões ao ano.

Base de remuneração mensal: R$ 918 ante R$ 878 na pesquisa anterior. | Massa salarial paga pelo setor: R$ 18 bilhões/ano ante R$ 16,2 bilhões/ano na pesquisa anterior.

Empregabilidade no Brasil- Com relação à empregabilidade, o Brasil tem hoje mais de 8 milhões de trabalhadores terceirizados, o que representa quase 9% da população economicamente ativa. Jovens em situação de primeiro emprego representam 12,5% das vagas preenchidas. A terceira idade responde por quase 14% do total de contratos com empresas terceirizadas.

Fatores que dificultam o desenvolvimento do negócio - Os fatores que mais dificultam o desenvolvimento dos negócios no setor de terceirização, segundo os empresários, são a alta carga tributária, a concorrência desleal e a inflexibilidade da legislação trabalhista.

Para o levantamento foram consultados empresários do setor de terceirização sobre o impacto das próximas eleições para presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais no desenvolvimento dos negócios. A maioria acredita que o resultado das eleições deverá interferir de forma relevante no cenário econômico.

Entre as atividades terceirizáveis estão os setores de Consultoria em Recursos Humanos, Serviços Auxiliares (mão de obra para construção civil, serviços gerais, assistência técnica, manutenção, operação de elevadores, serviços administrativos), Logística, Controle de Acesso (portaria, recepção, monitoramento, estacionamento), Promoção e Merchandising (degustação de produtos, reposição de mercadorias, fiscalização de lojas), Estágios, Leitura e Entrega de Documentos, Serviços a Bancos e Bombeiro Civil.

Trabalho temporário - O Brasil tem hoje mais de 1,6 mil empresas de trabalho temporário registradas no Ministério do Trabalho - a maioria nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Nesta pesquisa, foi verificado aumento de 2,9% no número de empresas em relação ao estudo anterior, quando havia pouco mais de 1,5 mil.

Faturamento do setor de trabalho temporário - R$ 19 bilhões/ano ante R$ 17 bilhões/ano na pesquisa anterior.

De acordo com a Pesquisa Setorial, o faturamento do setor de trabalho temporário gira em torno de R$ 19 bilhões ao ano. Assim como no estudo anterior, a região Sudeste continua liderando o ranking, seguida pela região Sul no que se refere à demanda pelo trabalho temporário e faturamento.

Média mensal de empregados como trabalho temporário- 902 mil ante 849 na pesquisa anterior: pPara efeito de estatística, o trabalho temporário no mundo é medido diariamente. Isto porque, os contratos têm vigência de até três meses como prorrogação por igual período. Mas, o tempo de permanência de um temporário no emprego não é igual em todos os casos. Sendo assim, no Brasil, a média de trabalhadores ocupando vagas temporárias gira em torno de 902 mil ao mês. O período em que há mais chances de contratação são os meses de abril e maio, por conta da Páscoa e Dia das Mães, datas que tradicionalmente mais movimentam o comércio e a indústria.

Média de remuneração mensal - R$ 903 ante R$ 870 na pesquisa anterior. | Jovens em situação de 1º Emprego-14,5% ante 12,5% na pesquisa anterior. | Trabalhadores 3ª Idade - 14,3% ante 11,5% na pesquisa anterior.| Média de efetivação do trabalho Temporário-37,3% ante 36,3% na pesquisa anterior.

A média de efetivação dos contratos temporários e a remuneração mensal dos trabalhadores também aumentaram em relação à pesquisa anterior. Em cerca de 37% dos casos, o candidato é efetivado pela empresa que o contratou para suprir um aumento de demanda específica ou substituição de funcionário efetivo. Jovens em situação de primeiro emprego já representam 14,5% das vagas preenchidas. Idosos também aumentaram sua participação no mercado de trabalho temporário e já respondem por 14,3% dos contratos.

Os setores de serviço, indústria e comércio são os que mais disponibilizam vagas temporárias. Fábricas de brindes, brinquedos, roupas e chocolates são alguns exemplos de empresas que buscam temporários para suprir acréscimo de demanda. Os períodos próximos a datas importantes – Natal, Dia das Mães, Páscoa, Dia dos Namorados e férias escolares – estão entre os que oferecem mais oportunidades de trabalho temporário, principalmente no comércio varejista.

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