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14/06/2007 - 09:09

Seminário discute o panorama atual da cogeração de energia

Tema será debatido durante o 8º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Ciesp.

Com o recente avanço do setor sucroalcooleiro, o Brasil está deixando de aproveitar um potencial enorme na área de cogeração de energia. Dados mostram que, atualmente, as centrais em operação somam 400MW com a utilização de biomassa da cana. Entretanto, seria possível, com a atual capacidade instalada, aumentar esse número para 9.000 MW. Para se ter uma idéia do tamanho do desperdício, quando concluído, o projeto das usinas do Madeira deverá acrescentar 6450 MW ao sistema elétrico.

Esse tema será um dos destaques do 8º Encontro de Negócios de Energia, evento realizado entre 19 e 21 de junho pelo Centro e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp e Fiesp).

Além da atual capacidade ociosa, é preciso levar em conta também a rápida expansão do setor sucroalcooleiro no País. Até 2011, cerca de 60 novas usinas de açúcar e álcool devem entrar em funcionamento, o que poderá elevar a capacidade de co-geração para cerca de 14.500 MW.

De acordo com Pedro Krepel, diretor do Departamento de Infra-estrutura do Ciesp, para que todo esse potencial seja utilizado existem alguns pré-requisitos, como a flexibilização do sistema. Atualmente, as usinas podem vender a energia apenas para as distribuidoras e para os grandes consumidores. Na avaliação de Krepel, se houvesse a flexibilização desse sistema, mais consumidores poderiam entrar no mercado, o que estimularia os investimentos. Mas ele faz um alerta: “o governo precisa criar condições para o crescimento da cogeração no País, e um dos caminhos para isso seria desonerar os investimentos, que atualmente sofrem com uma pesada carga tributária”, afirmou.

A viabilização desse potencial dependerá das estratégias, ações e interesses convergentes e sustentados de todos os agentes, públicos e privados, que têm interesse no desenvolvimento do mercado de cogitação de energia.

Para o assessor de bioeletricidade da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) Onório Kitayama, atualmente os preços alcançados nos leilões não são atraentes para os empresários. “Para as usinas novas o preço é melhor, mas para as antigas isso não é verdade”, afirmou. Kitayama acredita que a cogeração pode eventualmente ser até mais vantajosa do que projetos hidrelétricos. “As usinas do rio Madeira, por exemplo, terão de ser interligadas ao sistema de distribuição, o que deve representar a construção de 4 mil quilômetros de linhas de transmissão. Já as usinas de cogeração se encontram mais próximas dos centros consumidores, e o custo de interligação ao sistema é certamente menor”, acredita.

Os presidentes do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Claudio Vaz, da ABDIB (Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base), Paulo Godoy, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, e o diretor Geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, são algumas das presenças confirmadas nos três dias de debates e palestras.

O evento conta com o apoio da Confederação Nacional da Indústrias (CNI), Associação Brasileira da Infra-estrutura e Industrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) e a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), entre outras.

8º Encontro de Negócios de Energia, dias 19, 20 e 21 de junho, no Centro de Convenções do Novotel Center Norte, na Av. Zaki Narchi, 500 – São Paulo (SP).

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