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A Tenista Teliana conquista o ouro nas simples e vira promessa do tênis brasileiro

Era uma vez um ajudante de pedreiro em Curitiba, que ao terminar a reforma de uma casa quis conhecer o dono do imóvel - no caso, Didier Rayon, francês radicado no Brasil há 20 anos, e que faria no local uma escolinha de tênis. "Quando cheguei, só ele estava lá. Disse que era de Pernambuco, mas que estava descendo o Brasil atrás de emprego. Passou por Mato Grosso, São Paulo e estava no Paraná. Sentia saudades da mulher e dos filhos. Dei emprego para ele na hora", lembra Didier. Da amizade dos dois nasceria a mais nova revelação do tênis no Brasil, Teliana Pereira, filha do pedreiro José Pereira da Silva.

Teliana foi o destaque do tênis brasileiro nos 8º Jogos Sul-americanos Buenos Aires 2006. Na final da disputa de simples, na manhã desta sexta-feira, dia 17, não tomou conhecimento da colombiana Mariana Duque e venceu por 2 sets a 0, parciais e 6/0 e 6/1, conquistando a primeira medalha de ouro do tênis brasileiro nos Jogos Sul-americanos Buenos Aires 2006. "Fui bastante agressiva e não dei chances para ela jogar. Fui constante durante todo o torneio", analisou, com a objetividade que a caracteriza dentro das quadras.

No torneio individual, o retrospecto de Teliana Pereira foi excelente. Não perdeu um set sequer durante toda a competição: 6/0 e 6/1 sobre Elba Trigo, da Bolìvia; 6/2 e 6/4 na argentina Tatiana Bua; e 6/2 e 6/1 em Melisa Miranda, do Chile. Teliana tem controle sobre o que acontece na quadra. Na vitória sobre a argentina abriu 5/0 antes de fechar o primeiro set, mas com o 2/0 parcial no segundo set, relaxou: "Estava ventando muito, resolvi ficar atrás só devolvendo, ela virou para 4-2. Aí, você tem que querer voltar pro jogo - e eu quis", lembrou. Venceu os quatro games seguintes.

Teliana nasceu em Barra da Tapera (AL), mas viveu até os sete anos em Santana do Ipanema, Pernambuco. "Fui a Alagoas só para nascer, não tinha hospital na minha cidade, era só atravessar um rio que trocava de estado, mas eu vivia mesmo era num sítio em Santana", lembra a tenista. O nome foi idéia da mãe: "Nunca vi ninguém com esse nome. Minha mãe queria que eu me chamasse Juliana, mas hora resolveu trocar", disse. A família de seis irmãos - um morreu de desidratação no sertão pernambucano - ganhou mais dois integrantes no Paraná.

O tempo da atleta é dividido entre tomar conta do irmão mais novo e as sessões diárias de treinamento com Didier. "Em 2007, quero voltar a estudar, parei na 8ª série. Sei lá, vai que preciso abandonar a carreira, uma contusão aparece", palpitou a morena. "Sim, porque abandonar o tênis eu nao vou, sem chances. O tênis é a minha vida", finalizou.

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