Fusões devem permanecer no varejo brasileiro

O Brasil está na quinta posição no ranking internacional de varejo e figura na 5ª posição entre os países mais atraentes para as grandes empresas do setor. O estudo divulgado no dia 22 de junho (terça-feira), pela consultoria AT Kearney, foi elaborado com base em entrevistas feitas com 60 executivos do varejo mundial e em indicadores econômicos e setoriais, como índices de risco país e de saturação de mercado.

De acordo com o professor da FGV-EAESP, Tadeu Masano, três fatores influenciaram esse resultado. “O aumento dos índices de emprego formal, o aumento da renda e a ampliação ao acesso ao crédito fez a economia brasileira ficar aquecida, atraindo os investidores”.

A pesquisa revelou também que há potencial de crescimento do varejo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. “O tamanho continental que o Brasil tem e o conhecimento de mercado do varejo brasileiro possibilitam a expansão para estas regiões, uma vez que, as grandes redes preferem as grandes metrópoles”.

Com relação à tendência para os próximos meses o professor está otimista. “As fusões devem continuar no varejo. Com isso, reduz a quantidade de redes, mas a concorrência fica mais acirrada, ou seja, as empresas irão ficar mais preocupadas em conquistar o consumidor. O varejo deve crescer como todo, sobretudo nos segmentos de primeira necessidade como alimentação, medicamentos e vestuários”.