BNDES e ANCINE lançam programa de apoio ao parque exibidor cinematográfico

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participou no dia 23 de junho (quarta-feira), em Luziânia (GO), do lançamento do Programa Cinema Perto de Você, parceria entre o Banco, a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e os ministérios da Cultura e da Fazenda. A iniciativa apoiará projetos de expansão do parque exibidor cinematográfico brasileiro. A cerimônia foi comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e do diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel.

Com recursos já contratados de R$ 100 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o Cinema Perto de Você irá operar associado ao Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult). Ao longo de quatro anos, estão previstos investimentos de R$ 500 milhões (R$ 300 milhões do FSA e R$ 200 milhões do BNDES Procult), para construção de 600 salas. O Banco será o agente financeiro das operações, a quem caberá realizar o enquadramento, a análise e a aprovação das propostas.

São duas as modalidades possíveis: financiamento e investimento. A primeira se caracteriza por empréstimos reembolsáveis. A segunda prevê o retorno dos recursos com base em um percentual sobre os resultados alcançados pelo projeto, sem que haja participação no capital da empresa exibidora.

Em todas as operações, haverá uma composição financeira com recursos do BNDES Procult, que ganhou condições diferenciadas para financiamentos associados ao Cinema Perto de Você. Dessa forma, o valor mínimo por colaboração financeira, que é de R$ 1 milhão, poderá ser formado pela soma de todos os instrumentos previstos no Programa (FSA-Investimento, FSA-Financiamento e BNDES Procult). Já o prazo total, incluído o período de carência, foi ampliado de oito para dez anos.

Os principais objetivos da iniciativa são: fortalecer as empresas e o segmento de exibição cinematográfica, apoiando a expansão do parque exibidor e sua atualização tecnológica; facilitar o acesso da população às obras audiovisuais, por meio da abertura de salas em cidades de porte médio e bairros populares das grandes cidades; diversificar o estrato social dos frequentadores de salas de cinema, com atenção especial para os novos consumidores da classe C; e descentralizar o parque exibidor, procurando induzir a formação de novos centros regionais consumidores de cinema.