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25/06/2010 - 10:26

Não é o momento de valorizar o Yuan”, afirma presidente do Banco da China no Brasil

Fecomercio realiza seminário para debater a relação Brasil-China e estreitar as relações comerciais entre os dois países, mas revela que, por desconhecimento, empresários brasileiros deixam de aproveitar oportunidades no mercado chinês

São Paulo – Presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Jianhua, acredita que a flutuação que o Yuan tem hoje está de acordo com a realidade chinesa. Durante o Seminário “Brasil-China”, organizado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Jianhua ponderou que é natural cada país ter um ponto de vista diferente sobre o assunto, mas afirmou que o governo chinês está correto em ignorar a pressão que a comunidade internacional tem feito para que o Yuan seja valorizado. “Esta é uma questão que afeta diretamente o desenvolvimento econômico”, justifica. “Com a crise na Europa e a desvalorização do Euro, o Yuan acabou se valorizando nos últimos meses. Não acho que seja o momento de realizar uma mudança no câmbio.”

Já quando a questão é o crescimento do Brasil, Jianhua tem uma visão mais positiva e é taxativo ao afirmar que o país já a segunda maior economia mundial. “Aqui tudo anda muito rápido, há muito potencial e sobram recursos naturais”, avalia. Ele também aponta as estimativas de agências como a JP Morgan de que o país ira crescer 7% neste ano, e o fato de que, nos próximos anos, o Brasil irá sediar uma Copa e uma Olimpíada para reforçar a existência de inúmeras oportunidades de desenvolvimento econômico onde os dois países podem atuar juntos.

Para o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, a China é um grande parceiro comercial com o qual o Brasil deve estreitar relações. “Hoje, em questão de valor, a Ásia, puxada pela China, é o principal destino das mercadorias brasileiras”, analisa. “O Brasil também pode ser a porta de entrada para os chineses na América do Sul, o que beneficiaria ambos os países”, conclui Ramalho.

Por outro lado, os empresários brasileiros também podem explorar as possibilidades no sentido contrário e ampliar suas ligações com o mercado chinês. “Os empreendedores brasileiros ainda desconhecem o nível de oportunidade que existe na China. As chances de realizar ótimos negócios são imensas em todas as províncias chinesas”, assinala o presidente do Conselho de Relações Internacionais da Fecomercio e organizador do seminário, Mario Marconini. “Estamos em um momento de expansão da abertura comercial”, assegura o vice-cônsul da China em São Paulo, Bian Chun Gang. “Pretendemos aumentar a cooperação com o Brasil, aumentando nossos laços comerciais”, conclui Chun Gang.

Perfil- A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias e respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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