Bosch prevê reaquecimento dos negócios em 2010

Expectativa de recuperação das vendas está pautada no aquecimento do mercado brasileiro, o volume total de negócios anterior à crise deve ser retomado em 2011, e a Bosch continua ampliando e diversificando sua participação em outros segmentos, além do automotivo .

Campinas - Para o Grupo Bosch na América Latina, 2010 tem sinalizado um processo de recuperação, após a forte queda das vendas no ano passado. "Esse é um ano importante; esperamos um crescimento entre 13% e 15% na região", afirma Andreas Nobis, presidente da Robert Bosch América Latina. Porém, segundo ele, mesmo com esse aumento, as vendas ainda não atingirão os níveis anteriores à crise econômica mundial, devido à queda nas exportações. "A expectativa é de que o volume total de negócios seja retomado em 20 11", completa Nobis.

Ano passado, a crise econômica global afetou o desenvolvimento na América Latina. Considerando os três setores de atuação da Bosch na região - automotivo, tecnologia industrial e bens de consumo e construção, o faturamento líquido foi 22% menor, totalizando R$ 4,3 bilhões. Os países latinos em que a empresa está presente são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e, desde o início desse ano, também em Lima, no Peru, como parte de sua estratégia de fortalecimento dos negócios na região. No total, a Bosch emprega 12.800 colaboradores em 22 localidades.

No Brasil, principal presença da Bosch na América latina, o grupo gera 11 mil postos de trabalho em 13 localidades. Em 2009, o faturamento líquido do grupo no país foi de R$ 3,8 bilhões, 20% menor que em 2008, principalmente devido à queda nas exportações de tecnologias automotivas para os Estados Unidos e Europa. "Em 2010, o volume de exportação deve continuar baixo devido ao custo Brasil e à valorização do real frente ao dólar", diz Nobis.

Ampliar e diversificar - Na América Latina, a Bosch continua focada na expansão regional e na diversificação dos negócios. Esse ano, a empresa passará a ter representação na Bolívia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Jamaica, Nicarágua, República Dominicana, e Paraguai. Do ponto de vista dos negócios, atualmente, o automotivo representa 73% do faturamento do grupo na região. "Queremos manter e até aumentar a nossa participação no segmento automotivo, porém, estamos focados em ampliar os negócios nas áreas de bens de consumo e construção e tecnologia industrial", afirma Nobis.

Essas áreas têm sido impulsionadas principalmente pelos programas de incentivo do governo, como o PAC, Minha Casa Minha Vida e os projetos de infraestrutura que serão realizadas nos próximos anos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A divisão de ferramentas elétricas, que pretende crescer 2 0% no Brasil em 2010, lançará nesse ano 150 novos produtos entre ferramentas e acessórios voltados para os segmentos da construção civil, industrial, profissionais autônomos e hobbistas (faça você mesmo). Os negócios de sistemas de segurança e sonorização também deverão ser impactos positivamente, devido ao significativo desenvolvimento da indústria de construção. Nesse segmento, a Bosch oferece soluções integradas para empreendimentos comerciais e residenciais, hotéis, aeroportos, monitoramento público entre outros.

Os projetos de infraestrutura têm contribuído também para o aquecimento dos negócios no setor de tecnologia industrial. Esse ano, a Bosch Rexroth está fornecendo as unidades hidráulicas e os cilindros para comportas e reguladores de turbinas da hidrelétricaadeira, atualmente em construção na região norte do País. A empresa também está aumentando sua gama de produtos como filtros, válvulas cartucho, unidades compactas e grandes motores hidráulicos.

A Bosch Tecnologia de Embalagens, que em 2010 completa 40 anos de Brasil, tem boas expectativas no setor de bens de capital. A crescente demanda do mercado consumidor por produtos industrializados deve gerar novos investimentos da indústria para a ampliação da capacidade produtiva. A Bosch tem soluções completas, como robôs e embaladoras de última geração, principalmente para a indústria de alimentos.

Em termotecnologia, a Bosch consolidou sua posição no mercado de aquecedores de água a gás no Brasil atingindo um crescimento de 74% na vendas em 2009. A empresa ampliou sua atuação no segmento de soluções em água quente para a linha comercial e industrial com a apresentação dos produtos da marca Buderus, que incluem coletores solares, caldeiras de vapor e geradores de água de alta eficiência. Em 2010, o objetivo é consolidar sua presença com a marca Buderus em toda a América Latina, bem como diversificar ainda mais seu portfólio de produtos como, por exemplo, o recent e lançamento da linha de condicionadores de ar.

Investir para o futuro - Apesar das dificuldades no ano passado, a Bosch manteve os investimentos em pesquisa e desenvolvimento que, no Brasil, representaram cerca de 4% do faturamento do grupo no país. Para 2010, a empresa pretende manter o mesmo nível de investimento e o principal foco de são as tecnologias que contribuem para a conservação e proteção do meio ambiente, tais como: sistemas bi-combustíveis para veículos diesel e o Eco Starter, motor de partida utilizado no Start/Stop ¿ sistema que desliga o motor automaticamente quando o veículo está parado por longo período, como no congestionamento urbano, por exemplo.

Para esse ano, estão previstos também investimentos da ordem de R$ 45 milhões em ativos fixos no Brasil, que incluem, por exemplo, a modernização e ampliação da capacidade produtiva de algumas linhas de componentes automotivos, entre eles, bomba de combustível e corpo de borboleta para o si stema Flex Fuel.

A capacitação de seus colaboradores, assim como a retenção e atração de talentos, também são focos de investimento contínuo para a Bosch. Por meio do programa de gestão por competência, os colaboradores conhecem quais são os requisitos necessários para sua constante qualificação profissional e têm acesso às ferramentas de desenvolvimento. A escola de formação técnica em parceria com o SENAI, o Programa de Estágio e o Programa de Trainee são canais utilizados pela Bosch para a atração de novos talentos.

Responsabilidade Ambiental e Social - princípios Bosch - Anualmente, as empresas do grupo no Brasil aplicam juntas cerca de R$ 16 milhões em ações de responsabilidade ambiental nas fábricas como o gerenciamento de resíduos, proteção da água e do solo e purificação do ar. Além disso, o Instituto Robert Bosch, braço social do Grupo Bosch no País, investe todos os anos cerca de R$ 3 milhões em projetos sociais e culturais/educacionais como, po r exemplo, o programa Peça por Peça, cujo foco é a educação complementar para crianças e adolescentes e a profissionalização de jovens.

O Grupo Bosch é um líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços. Em 2009, seus cerca de 275 mil colaboradores contribuíram para gerar um faturamento de 53 bilhões de dólares (38.2 bilhões de euros) nos setores de tecnologia automotiva, tecnologia industrial, bens de consumo e tecnologia de construção. O Grupo Bosch é composto pela Robert Bosch GmbH e suas mais de 300 sub sidiárias e empresas regionais presentes em mais de 60 países. Incluindo os representantes de vendas e serviços, a Bosch está presente em aproximadamente 150 países. Esta rede mundial de desenvolvimento, produção e distribuição é a base para continuidade do crescimento. A cada ano a Bosch investe mais de 5 bilhões de dólares (3.5 bilhões de euros) em pesquisa e desenvolvimento, e requer registro de cerca de 3.800 patentes em todo o mundo. Com seus produtos e serviços a Bosch oferece soluções úteis e inovadoras para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

No Brasil, o Grupo Bosch oferece produtos automotivos para montadoras e para o mercado de reposição, ferramentas elétricas, sistemas de segurança, termotecnologia, máquinas de embalagem e máquinas industriais. Presente no País desde 1954, a Bosch emprega atualmente cerca de 11 mil colaboradores. Em 2009, o grupo no Brasil registrou um faturamento líquido de R$ 3,8 bilhões.| www.bosch.com.br