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29/06/2010 - 07:39

Eficácia dos tratamentos de DPOC depende do uso correto dos inaladores

Pacientes com problemas respiratórios têm dificuldade de usar corretamente e de manter a higiene dos dispositivos inalatórios. É importante a orientação médica sobre a utilização correta e a necessidade de troca dos inaladores.

Um dos principais problemas da saúde pública no Brasil, por ser a quinta causa de óbitos, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma mistura de bronquite e enfisema que causa falta de ar (dispnéia), tosse com ou sem expectoração e chiado, prejudicando a realização de atividades cotidianas.

“A DPOC é uma doença silenciosa, usualmente causada pelo tabagismo e que pode ser prevenida e tratada. Em geral, o tratamento é feito com broncodilatadores (substância que dilata os brônquios), por via inalatória, através do uso de inaladores, conhecidos popularmente como “bombinhas“, explica o pneumologista doutor Luíz Fernando Ferreira Pereira, coordenador do Ambulatório de Asma e Tabagismo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ele, é preocupante observar o grande número de internações pelo seu agravamento e, mais ainda, o volume de óbitos gerados por esta enfermidade.

O especialista esclarece que a DPOC costuma evoluir lentamente na maioria dos pacientes, mas durante as exacerbações (crises) a piora pode ser muito rápida, assim como o comprometimento da qualidade de vida do paciente. “Hoje, existem medicamentos muito eficazes e seguros, com bom custo-benefício, o que os torna acessíveis a grande parte da população. Mas ainda é preciso investir mais em campanhas antitabagistas e na conscientização dos pacientes sobre a importância de seguir corretamente o tratamento, com orientações precisas sobre o uso e higienização do inalador”, afirma o médico.

O pneumologista informa que é muito comum os pacientes desistirem do tratamento por não saberem como utilizar os aparelhos ou por não se adaptarem a escolha técnica do profissional de saúde. “Não adianta o médico ter afinidade com o inalador, ele precisa conhecer e mostrar os diferentes modelos e ver com qual o paciente se adapta melhor”, ressalta o médico. Ele enfatiza que é preciso orientar sobre a utilização e higienização do inalador, assim como a necessidade de troca periódica. “Caso contrário os resultados serão prejudicados e a pessoa tende a desistir de se cuidar”, explica.

A doutora Maura Neves, médica otorrinolaringologista do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), concorda que o uso prolongado do mesmo inalador promove uma redução de eficácia do mesmo. Outro ponto a ser considerado é a limpeza do aparelho. Em pesquisa com pacientes, poucos afirmaram limpar o bocal após a utilização, além de, em função do custo, muitos deles optarem por comprar só o refil para recarga durante muitos meses.

Hoje ainda não existem estudos que comprovem a necessidade de troca constante do inalador, mas experiências clínicas mostram que a substituição frequente do aparelho é aconselhável. Isto porque evita a contaminação e maior atração entre as partículas, com prejuízo da deposição pulmonar e da resposta ao tratamento. “Eu acho que trocar periodicamente o inalador é uma opção positiva, desde que a adesão do paciente ao aparelho seja boa e que não envolva um custo muito superior no tratamento”, opina o pneumologista.

Há alguns meses, a Libbs Farmacêutica lançou um medicamento broncodilator com conceito inovador de venda - o Formare. Seu princípio ativo é o fumarato de formoterol e é comercializado com um novo inalador, sem custo adicional, para assegurar mais higiene e comodidade ao paciente no tratamento contínuo da obstrução do fluxo aéreo na DPOC. Tem duas apresentações 30 e 60 cápsulas e seu manuseio é fácil e prático, já que após a utilização de todo o medicamento pode ser descartado.

É um produto com um bom diferencial (medicamento + inalador), pois em pesquisa recente da agência Resulta, especializada no setor farmacêutico, 74% dos pneumologistas entrevistados reforçaram a necessidade dos pacientes trocarem com freqüência os inaladores - no mínimo a cada três meses.

“Nos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, em especial, é fundamental que o paciente tome o medicamento corretamente e seja muito cuidadoso com o inalador, que deve ser bem higienizado e fácil de usar para facilitar a adesão ao tratamento”, afirma doutora Maura. Outro benefício do Formare é o inalador utilizar um mecanismo de micro agulhas, que perfura a cápsula e facilita a preparação do medicamento, garantindo a liberação precisa da dose.

.Entenda o que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza pela bronquite crônica -- tosse com catarro na maioria todos os dias por mais de três meses ao ano --, e pelo enfisema pulmonar -- quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado.

Os sintomas típicos são: tosse, produção de catarro e falta de ar devido ao estreitamento da luz dos brônquios com redução do fluxo aéreo. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras costumam tossir com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e contrair facilmente infecções respiratórias. No segundo caso, a tosse tende a piorar, o escarro torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar se intensifica, sendo seguida, às vezes, por chiado no peito (sibilância). Com o passar dos anos, se a pessoa continua fumando, a falta de ar se intensifica e começa a se manifestar em atividades mínimas, como vestir ou pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave apresentam também fraqueza muscular e redução do funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.

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