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29/06/2010 - 08:33

Bancos terão que reservar mais recursos para cobrir riscos de mercado

Brarília – Os bancos terão que guardar mais dinheiro para fazer frente ao risco de mercado, que advém da possibilidade de haver perdas com ações, commodities, câmbio e juros. O Banco Central (BC) publicou uma circular de acordo com as recomendações do Comitê de Basiléia, uma organização que reúne autoridades de supervisão bancária, com o objetivo de fortalecer os sistemas financeiros nos países.

Segundo o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, a medida é uma “resposta regulatória à crise financeira internacional”. A nova regra levou em consideração o pior cenário possível no mercado financeiro para determinar o valor de recursos necessários para enfrentar os riscos.

De acordo com o BC, no Brasil foram avaliadas todas as crises que o país enfrentou desde a implementação do Plano Real. A maior instabilidade no mercado nesse período foi observada durante a crise financeira internacional, iniciada em 2008.

A nova regra entre em vigor no dia 1º de janeiro deste ano e será implantada gradualmente em seis meses.

No Brasil, as instituições financeiras têm uma reserva de capital, resultado de um índice que pode ser visto como a capacidade do sistema bancário de emprestar. Para cada R$ 100 emprestados aos clientes, os bancos precisam ter R$ 11 de reserva. É o chamado Índice de Basileia que exige, no mínimo, 11% de recursos.

Segundo dados de março deste ano, todo esse capital correspondente ao índice chega a R$ 264 bilhões. Com a nova regra, mantidas as condições de março deste ano, o valor subiria para R$ 279 bilhões.

Entretanto, no Brasil, os bancos estão com uma reserva maior do que o mínimo exigido. O percentual está em 18,29% (R$ 438 bilhões). Com a nova regra, o percentual atual, de 18,29%, cairá para 17%, o que ainda está acima do exigido (11%). Odilon informou que continuará existindo a exigência de no mínimo 11%, mas “esse percentual passará a representar um valor maior”, devido a mudanças no cálculo.

Odilon afirmou que a nova regra não reduz a capacidade dos bancos de emprestar dinheiro, “dada a folga que têm para operar”. Segundo ele, atualmente não há nenhuma instituição que esteja com nível abaixo do exigido.| Kelly Oliveira/ABr

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