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29/06/2010 - 08:37

Ser idiota é questão cultural no Brasil ?

Durante minha carreira como job hunter (profissional contratado por outros profissionais ,em sua maioria executivos, para que os "venda" no mercado de trabalho), conheci inúmeros perfis . Conversei com gente que pretendia ganhar R$1.000,00 por mês e também conversei com quem pretendia ganhar R$60.000,00 mensais; profissionais empregados em busca de uma recolocação e outros desempregados buscando um novo emprego.Mas tantos perfis diferentes possuem uma característica muito comum, que é a idiotice como questão cultural. Sei que pode soar estranho, em um primeiro momento, mas é facil explicar e entender : nossos governantes criaram em seu povo uma acomodação às situações adversas, ou seja, se você saiu agora de um emprego, sendo demitido ,terá direito a uma bela rescisão .

Essa rescisão facilita por demais uma possível acomodação por parte dos profissionais desempregados. Boa parte desses só começa a buscar algo novo depois de já ter "torrado" (na maioria das vezes a maior parte) de seus recursos financeiros com uma bela viagem,uma reforma na casa e etc. E o que deveria ser o principal, a utilização dos recursos na busca por uma recolocação profissional, fica para um segundo plano. Esse momento, que deveria ser prioritário, fica para quando as facilidades começarem a terminar. Converso com alguns profissionais logo que saem de sua empresa e explico como posso ajudá-los a se recolocarem no mercado , aproveitando que estão fresquinhos para os novos desafios, atualizados, sem lacunas curriculares. Ou seja ,o melhor produto profissional para se vender e escuto de muitos uma desculpa muito bem ensaiada para fugir desse compromisso e poder descansar um pouco mais enquanto ainda não estão com a corda no pescoço.

Vou falar com a minha esposa , vou pensar (se já está desempregado há um tempo já teve um bom período para analisar tudo, então por que pensar se deve agir logo para se recolocar? ) . E o que acham que acontece após uns três a seis meses ? Voltam a bater na porta da minha empresa buscando ajuda para se recolocarem profissionalmente. Entretanto ,dessa vez de forma completamente diferente. Desesperada, sem que possam aguardar o plantio das sementes de seus currículos no mercado, querendo assim colher quaisquer frutos que aparecerem sem poder aguardar pelo melhor. Nós, brasileiros, fomos acostumados por um governo que dá: Seguro Desemprego., Bolsa Família, Bolsa Gás entre outras "soluções", para não agirmos. Ou seja, deveriam nos ensinar a pescar e não nos dar o peixinho de hoje.

Fomos acostumados a ficarmos na "pindaíba" para depois pedirmos socorro. Queremos colher sem antes plantarmos e essa falta de planejamento é facilmente vista na busca por uma recolocação profissional. Alguns de meus clientes já sabiam que ficariam desempregados , seja por uma fusão pré anunciada de sua empresa, seja por uma reestruturação interna ou seja lá por qualquer outro motivo. Mas apenas uma minoria buscou meus serviços enquanto ainda estavam empregados , finalizando seus períodos na empresa e planejando logo suas recolocações com calma . A maior parte aguardou a demissão chegar, receber a rescisão e tirar um mês sabático para descansar. Isso porque acham que o mercado é muito facil pois assistem muita propaganda política que os engana, dizendo que o emprego cresceu demais,que o Brasil é o país das maravilhas. e etc. Ou então acham que seus amigos vão ajudar ( o que nessas horas raramente acontece ) e então não precisam se preocupar. Mas depois logo percebem que essa realidade não existe .

Então fica o recado : se você quer colher frutos, aprenda a plantar, regar, esperar e, com um belo planejamento ,desfrutar.

. Por: Cláudio Moraes, diretor executivo da D'Moraes Assessoria em Recursos Humanos l (www.dmoraes.com.br)

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