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15/06/2007 - 08:57

AfroReggae estréia grife assinada por Sommer com desfile-show

São Paulo - O universo das favelas do Rio de Janeiro encontrou com a elite da moda de São Paulo dia 14 de junho, no desfile super aplaudido de estréia da grife do grupo social AfroReggae, no São Paulo Fashion Week.

Com um casting de modelos negros, o desfile, que aconteceu no moderno auditório do parque Ibirapuera, contou com um show de percussão ao final e com a presença do governador José Serra.

Marcelo Sommer, estilista da nova grife, explicou que a base do trabalho saiu de dentro das comunidades do Rio de Janeiro, após uma intensa pesquisa com o grupo AfroReggae. Na sequência, acrescentou influências do streetwear, hip hop e cultura negra.

"Por isso a gente fez questão de um casting 100 por cento negro", disse o badalado estilista paulista. "Existe uma carência gigante de modelos negros no Fashion Week. E ficamos impressionados com a quantidade de modelos negros que achamos."

Além de modelos profissionais, amadores também participaram, após um processo de escolha entre os integrantes do AfroReggae. O grupo foi criado em 1993 e hoje conta com 73 projetos sociais espalhados pelo Rio, incluindo bandas, grupos de teatro e dança.

O coordenador-executivo do AfroReggae, José Júnior, resumiu o estilo da grife como "favela chique". "É uma favela feliz, bem-vestida. Não tem nada mais chique que um cara de terno de linho branco, jogando capoeira na Lapa sem se sujar, como no início do século passado", disse Júnior.

Na coleção, prevaleceram tecidos como sarja, malha, algodão, lycra e jeans. Nas formas, peças bem grandes para eles, como bermudões e camisas, e bem justas para elas, como leggings e tops.

Na estamparia digital, peças mais caras da coleção, Sommer contou que se inspirou no universo da "toy art". No cenário do palco, 10 monstrinhos coloridos lado a lado.

Tanto Júnior quando Sommer não souberam explicar qual será o consumidor final desta marca, que não terá loja própria e que está sendo vendida em dois showrooms e em 30 multimarcas pelo Brasil.

"A gente vai saber depois que ele comprar, a gente ainda não conhece o consumidor", explicou Sommer. "Criamos uma coleção que despertasse desejo para qualquer tipo de público, não só o segmento negro ou hip hop. É abrangente para atender qualquer tipo de público."

Na platéia, o fabricante de chocolates de Cingapura Gary Teh, que assistia ao seu primeiro desfile de moda, vibrava em aplausos ao final do show de percussão de 30 integrantes do Afro Lata, um dos grupos do AfroReggae.

"Foi demais, inesquecível", disse Gary, que está no Brasil visitando um amigo. "As roupas são muito fashion, mistura uma coisa étnica com outra muito moderna, bem impactante."

Serra, no camarim, foi fotografado com Sommer, Júnior e com as modelos negras. "Achei gostoso, é bonito, uma moda simples e criativa", disse Serra. "Já conhecia o projeto deles e tinha uma grande curiosidade para ver como ia sair essa marca."

Sommer irá desfilar mais uma vez no SPFW, com sua grife própria, chamada Do Estilista, na segunda-feira.

A Natura participa desta estréia de Afroreggae nas passarelas - Em mais uma iniciativa para o desenvolvimento sustentável e a conscientização sócio-cultural, a Natura estabeleceu, em 2006, uma parceria com o AfroReggae.Além de patrocinar as oficinas culturais realizadas pela ONG (aulas de capoeira, dança, teatro, tai chi chuan, violino, teoria musical, informática, aulas de circo, entre outras), a Natura também estará presente ao primeiro desfile da grife AfroReggae, e Marcos Costa, make-up artist oficial da Natura, ficará responsável pela criação de cabelos e maquiagens das modelos que usarão em torno de 40 looks desenvolvidos pelo grupo cultural AfroReggae e pelo estilista Marcelo Sommer. | Por Fernanda Ezabella/Reuters e Fator Brasil.

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