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Telecentros ajudam na inclusão digital de empresas

São Paulo - Muitas empresas brasileiras, principalmente as de micro e pequeno porte, ainda utilizam o método tradicional de fazer compras, vender seus produtos, fazer a gestão em cadernos e blocos de anotação ou até mesmo enviar a declaração de imposto de renda à Receita Federal. Mas, cada vez mais, a competitividade do mundo globalizado exclui o anacronismo empresarial. Essa é a avaliação do professor José Rincon Ferreira, diretor de Articulação e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Ferreira, que também é coordenador do Comitê de Informação do Fórum Permanente da Micro e Pequena Empresa do governo federal, diz que a tecnologia da informação barateia produtos e serviços, é mais rápida e eficaz. "Para ser competitivo no mesmo nível de eficácia e eficiência das médias e grandes redes, a empresa de pequeno porte deve usar e abusar da tecnologia da informação", diz o professor.

Dois fatores contribuem para a exclusão digital no País, segundo o especialista. O primeiro, econômico, onde ainda existe a crença de que a implantação da tecnologia da informação é muito cara. O segundo fator seria a falta de capacitação para lidar com esses instrumentos no dia a dia.

"Por isso, desenvolvemos os telecentros. Neles, o empresário deixará de investir nos softwares e equipamentos. Então, a questão econômica fica secundária. Além disso, damos a capacitação necessária através dos cursos, resolvendo o segundo problema. Esperamos com isso criar motivação necessária para buscar novas tecnologias para sua empresa", diz o diretor do Mdic.

Atualmente existem no Brasil 2.700 telecentros ligados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, criados a partir de parcerias com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Serpro, entre outros. A meta é chegar até o final deste ano com 3 mil telecentros em todo o País. Em atendimentos, são mais de 1,3 milhão por mês. O público-alvo são empresários da micro e pequena, mas os telecentros estão abertos a toda a comunidade, podendo ser acessados por estudantes, empreendedores, entre outros.

Ferreira explica que, em muitas cidades do interior do Brasil, o telecentro é a única opção pública de acesso à internet. "Atendemos, por exemplo, a população indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul". Recentemente foi inaugurado um na cidade de Mutum (MG), com menos de 20 mil habitantes.

Os telecentros oferecem cursos que vão desde alfabetização digital, passando por cultura empreendedora, comércio eletrônico, sites de compras governamentais. "Em cada telecentro são levadas em conta as características específicas de cada comunidade e suas necessidades. Os cursos são montados a partir desta análise", afirma Paulo Antonio Baltazar Ramos, assessor do Mdic. O edital de parceria com os telecentros está aberto permanentemente. Quem tiver interesse basta acessar o site http://www.telecentro.desenvolvimento.gov.br e fazer a inscrição.

Seminário - Um dos primeiros parceiros dos telecentros foi o Sebrae, em 2002. Este ano, a instituição lançará, durante o Seminário 'Brasil Sociedade Digital: os caminhos da inclusão', o curso 'Aprender a Empreender' específico para telecentros de todo o País. "O curso já existe de maneira presencial e a distância em todo o Sistema Sebrae. Nosso objetivo agora é disponibilizá-lo em todos os telecentros do País", diz Lúcia Mendonça, consultora da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae Nacional.

Atualmente o Sebrae Nacional atua em parceria com o Mdic na rede de formação de negócios em 50 telecentros. "O Ministério tem várias parcerias com outras instituições e, por isso, acreditamos poder disponibilizar o curso para centenas de telecentros", diz a consultora.

O seminário será realizado no dia 21 de novembro, com início previsto para as 8h30, com a participação do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, de representantes do Interlegis (programa de modernização e integração do Poder Legislativo nos seus níveis federal, estadual e municipal) e do Canal Futura. São esperados mais de 200 participantes do Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília.

Entre os palestrantes estarão o secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Jairo Klepacz; o presidente do Instituto Sociedade Digital, Tadao Takahashi; o diretor de engenharia da Rede Globo, Antonio Celso Berbel; o advogado e consultor especializado em economia digital, Cid Torquato, entre outros especialistas.

O objetivo é sensibilizar os formadores de opinião, empresários, dirigentes de órgãos públicos e privados para a importância da inclusão digital de toda a população brasileira, principalmente os pequenos negócios. Além do curso Aprender a Empreender, durante o almoço, com a presença do diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, será lançado o projeto Comunidade Brasil, uma série de 13 programas de televisão, que será exibida pelo Canal Futura, para discutir temas ligados à inclusão digital, tais como, sociedade da informação, comércio eletrônico, cultura virtual, segurança na rede de internet, entre outros.

As inscrições para o Seminário 'Brasil, Sociedade Digital: os caminhos da inclusão' são totalmente gratuitas e podem ser feitas por telefone (61) 3272-3250 ou por e-mail [email protected]. As vagas são limitadas.

Telecentros - http://www.telecentro.desenvolvimento.gov.br Seminário 'Brasil, Sociedade Digital: os caminhos da inclusão', dia 21 de novembro, das 8h30 às 18h30, no Auditório Minas Gerais, Hotel Kubitschek Plaza - Brasília (DF)| Por: Beth Matias/Sebrae

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