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30/06/2010 - 08:47

Desemprego e descontrole são as principais causas da inadimplência

A boa recuperação dos índices de emprego formal, apontada por diversas entidades de pesquisa e anunciada pelo governo, ainda não se refletiu no déficit financeiro acumulado dos consumidores. O desemprego (33,6%) ao lado do descontrole de gastos (17,6%) são as principais causas da inadimplência no comércio, seguidas por fiança e aval (13,6%) e doença em família (13,6) e outras.

Dos 500 consumidores ouvidos, 43,2% disseram que a sua situação financeira melhorou em relação ano passado, 40% que está igual, 16% responderam que piorou e 0,8% não responderam. Após quitar a dívida 46,4% dos entrevistados disseram que pretendem voltar a fazer compras nos próximos meses, principalmente roupas e calçados, eletrodomésticos, móveis, celular, automóveis e restabelecer seus cartões de crédito, além de outros bens.

É o que mostra a pesquisa "Perfil do Inadimplente" feita pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDL-Rio – feita com 500 consumidores que procuraram os postos de atendimento do Serviço de Proteção ao Crédito da entidade para regularizar o nome. Dos entrevistados 42,4% são homens e 57,6% são mulheres. Dos homens, 32,1% têm entre 21 e 30 anos, 39,6% têm renda familiar entre um e três salários mínimos, 34% tem o segundo grau completo e 18,9% tem curso superior completo. Das mulheres 30,6% tem entre 21 e 30 anos, 55,6% têm renda familiar entre um e três salários mínimos, 40,3% tem o segundo grau completo e 19,4% tem o curso superior completo.

Eles foram incluídos no cadastro por dívida contraída junto ao comércio, a empresas de cartão de crédito, a bancos e a financeiras, especificamente por débito com o cartão de crédito, compra de roupas e calçados, empréstimo pessoal, compra de eletroeletrônicos e móveis, entre outros. A pesquisa mostra que ao adquirirem o crédito os consumidores informaram que o fizeram através de cartão de crédito, carnê, cartão de loja e por cheque. Dos entrevistados, 20,8% estão no cadastro a até um ano, 14,4% dois anos, 16,8% três anos, 14,4% quatro anos, 16,8% mais de quatro anos e 11,2% não informaram.

A pesquisa mostra que 8% têm prestações atrasadas no valor de até R$ 100,00, 11,2% até R$ 200,00, 8% até R$ 350,00, 3% até R$ 600,00, 2,4% até R$ 1.500,00, 4,8% até R$ 2.300,00, 2,4% até R$ 3.000,00, 1,6% acima de R$ 5.000,00 e 58,4% não sabem. Destes 20% tem mais de uma prestação atrasada, 4,8% mais de duas, 5,6% três, 5,6% quatro, 4,8% cinco, 3,2% seis, 1,6% oito, 1,6% nove, 3,2% dez, 1,6% doze, 0,8% todas as prestações e 47,2% não informaram. As dívidas em atraso foram por causa de cartão de crédito, cartão de loja, carnê e cheque. Dos entrevistados 43,2% pretendem quitar o débito usando recursos do próprio salário, 38,4% com acordo, 8% com recursos das férias e outros recursos.

Segundo o Presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, o comércio é o setor que mais sofre com a inadimplência, principalmente as lojas de roupas, calçados e de eletrodomésticos que vendem com prazos mais longos. “Mas a boa notícia é que além da retomada do crescimento das vendas no comércio, o nível de inadimplência vem caindo: no acumulado dos cinco primeiros meses do ano (janeiro/maio) foi de menos 0,4% em relação ao mesmo período de 2009 e as dívidas quitadas cresceram 5,6%. Isso mostra que os empresários lojistas têm sempre uma boa proposta de renegociação dos débitos, colaborando para reduzir ainda mais a inadimplência”, concluiu. [www.cdlrio.com.br].

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