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30/06/2010 - 10:03

Inseminação artificial nas propriedades brasileiras

Reuel Luiz Gonçalves, médico veterinário e gerente Técnico da Biogénesis-Bagó Saúde Animal fala sobre a dificuldade de implantar a Inseminação Artificial nas propriedades brasileiras.

Para entender o panorama das propriedades pecuárias brasileiras, é preciso observar alguns pontos importantes como fertilidade, manejo, mão-de-obra, logística, informação, tecnologias, assistência e muitos outros fatores.

Sobre a fertilidade, que é a capacidade do animal em reproduzir crias vivas. Este fenômeno pode ser influenciado por vários fatores e afetar a eficiência reprodutiva dos rebanhos. Em resposta à inúmeras causas etiológicas, a fêmea bovina pode apresentar uma das três síndromes: anesto (ausência do ciclo estral), repetição de estro após cobertura ou IA, ou ainda, aborto (ou parto prematuro).

Problemas reprodutivos , elevada idade no primeiro parto e longo intervalo entre partos são fatores limitantes à expansão da pecuária bovina. Neste contexto, a fertilidade é um sinal clínico (ou sintoma) e não uma enfermidade e resulta em inúmeros distúrbios incidentes sobre a fêmea.

Inúmeras vantagens são obtidas com a adoção da inseminação artificial em rebanhos bovinos. No entanto, a baixa taxa de serviço, seja pela ineficiência na detecção do cio ou pelo alto grau de anestro no período pós –parto, consiste em um dos principais fatores que compromete a eficiência dessa biotecnologia.

Desta forma, a inseminação artificial em tempo fixo (AITF) apresenta-se como uma alternativa para superar estes entraves. Quando a IATF é utilizada adequadamente, aproximadamente 50% das fêmeas sincronizadas emprenham com apenas uma inseminação realizada no período pós-parto recente (menos de 70 dias).

As matrizes que não conceberam a essa inseminação podem ser novamente inseminadas como uso da observação estratégica de cios (dos 18 aos 25 dias após o uso do IATF) ou colocadas com touros para repasse. Dessa forma, podemos aumentar o número de vacas prenhes no primeiro mês da estação de monta.

Também vale lembrar que as vacas tratadas com dispositivos de progesterona as quais não se tornaram gestantes após a IATF apresentam maior taxa de serviço (aumenta o número de vacas que manifestam cio) e de prenhez durante a estação de monta em comparação com vacas não tratadas, antecipando a concepção e aumentando a eficiência reprodutiva do rebanho.

Deste modo, utilizando as ferramentas corretas, aliadas a um bom manejo sanitário e nutricional, podemos introduzir a IA através da IATF e por meio de uma estação de monta organizada, potencializar o ganho genético na produção de animais mais precoces e melhorados.

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