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01/07/2010 - 07:41

Estudo da IBM traz radiografia do trânsito em 20 metrópoles mundiais

Pesquisa destaca os problemas enfrentados pelos cidadãos devido aos congestionamentos nas grandes cidades. São Paulo tem o sexto trajeto mais penoso entre casa e trabalho.

São Paulo – A viagem diária para o trabalho em algumas das cidades de maior importância econômica global é mais longa e cansativa do que se imagina, e reflete a falta de infraestrutura em tráfego urbano para acompanhar o ritmo de crescimento e a rotina desses centros, segundo estudo global da IBM. A análise, feita em maio deste ano, contemplou 20 cidades distribuídas pelos cinco continentes e São Paulo é uma delas. É a primeira vez que a pesquisa é feita globalmente. Nos dois últimos anos o estudo estava restrito apenas às cidades dos Estados Unidos.

Pessoas que moram longe enfrentam dificuldades diariamente para ir e voltar do trabalho, muitas vezes com consequências negativas para a saúde física e mental. O estudo entrevistou 8.192 motoristas para analisar as diferenças regionais em padrões de percurso entre casa e trabalho, a relação entre trânsito e desempenho no trabalho e na escola, saúde e estilo de vida, planos de viagem, entre outras questões.

A maioria dos entrevistados (67%) afirma que o trânsito piorou nos últimos três anos. Deste total, 18% acreditam que a situação piorou muito. Beijing e Cidade do México têm as viagens para o trabalho mais desconfortáveis. São Paulo tem o sexto trajeto mais penoso entre casa e trabalho. Moscou enfrenta congestionamentos de até três horas. Houston, Nova Iorque e Los Angeles vão relativamente bem. Mas no geral, o estudo mostra uma imagem preocupante.

A análise aponta que 57% de todos os entrevistados dizem que o trânsito nas ruas tem efeitos negativos para sua saúde, percentual que chega a 96% em Nova Delhi e 95% em Beijing. Dos entrevistados, 29% afirmam que o trânsito nas ruas afetou negativamente seu desempenho no trabalho ou na escola, e esse índice sobe para 84% em Beijing, 62% em Nova Delhi e 56% na Cidade do México. Moscou chamou a atenção pela duração dos congestionamentos, que nos últimos três anos já chegou a retardar os motoristas em até duas horas e meia.

O estudo também destacou alguns pontos positivos. Para os motoristas em Estocolmo, na Suécia, a viagem para o trabalho parece ser, se não agradável, ao menos livre de desconforto. Apenas 14% dos motoristas de Estocolmo entrevistados disseram que o trânsito nas ruas afetou negativamente seu desempenho na escola ou no trabalho.

Trânsito de São Paulo - Dentro do universo do estudo, 61% dos entrevistados paulistas que se deslocam para o trabalho afirmam que o tráfego piorou dos quais 26% enfatizam que piorou muito nos últimos três anos. A pesquisa revela que a recessão econômica levou 32% dos condutores locais a mudar a forma de chegar ao trabalho. Entre esse grupo, 21% estão adotando esquemas de transporte solidário e 15% estão trabalhando mais em casa. 60% dos condutores– a quarta porcentagem mais alta dentre as 20 cidades – trabalham pelo menos um dia por semana em casa, e 16% trabalham os cinco dias em esquema home Office.

Outros destaques de São Paulo: .73% dos motoristas disseram que o tráfego urbano afetou negativamente a saúde. E o mais preocupante é o aumento de estresse em 55%, o segundo índice mais alto entre todas as cidades apenas após a Cidade do México, com 56%.

. 38% disseram que o tráfego afetou negativamente seu desempenho no trabalho/escola.

·. 45% disseram que houve uma ocasião nos últimos três anos em que o tráfego estava tão ruim que eles deram meia-volta e retornaram para casa.

. 47% disseram que decidiram não fazer uma viagem no último mês devido ao tráfego previsto. As viagens mais canceladas foram as de lazer (44%).

Outra demonstração de como o tráfego pode interferir na qualidade de vida: 55% dos condutores disseram que eles gastariam mais tempo com a família e amigos, 52% se exercitariam mais, 47% teriam mais tempo para o lazer e 39% dormiriam mais.

Índice IBM mostra um comparativo entre as cidades - A IBM compilou os resultados da pesquisa em um índice que avalia o custo econômico e emocional das viagens entre casa e trabalho dentro de cada cidade em uma escala de um a 100, sendo 100 o custo máximo. O índice revela uma enorme disparidade no desconforto causado pela viagem diária ao trabalho de cidade para cidade. Veja como as cidades aparecem em escala na tabela a seguir:

.O índice é composto por 10 aspectos: 1) tempo de viagem, 2) tempo preso no trânsito, concordar com as seguintes declarações: 3) o preço da gasolina já está muito alto, 4) o trânsito piorou, 5) o tráfego que anda e para é um problema, 6) dirigir causa estresse, 7) dirigir causa irritação, 8) o trânsito afeta o trabalho, 9) o trânsito é tão ruim que as pessoas param de dirigir e 10) decidiu não fazer viagens devido ao trânsito. As cidades tiveram as seguintes pontuações: Beijing: 99, Cidade do México: 99, Johannesburgo: 97, Moscou: 84, Nova Delhi: 81, São Paulo: 75, Milão: 52, Buenos Aires: 50, Madri: 48, Londres: 36, Paris: 36, Toronto: 32, Amsterdã: 25, Los Angeles: 25, Berlim: 24, Montreal: 23, Nova Iorque: 19, Houston: 17, Melbourne: 17, Estocolmo: 15.

Transportes mais Inteligentes - A pesquisa foi conduzida pela IBM para entender a relação entre as deficiências no sistema de trânsito e os congestionamentos na medida em que a questão atinge proporções de crise nacional e os altos níveis de emissões de gases despertam preocupações ambientais globais. Esses eventos têm impacto em comunidades ao redor do mundo, onde governos, cidadãos e organizações do setor privado estão buscando algo além das soluções tradicionais como mais estradas e maior acesso ao transporte público, a fim de reverter os impactos negativos dos congestionamentos.

“Obras tradicionais, como construção de estradas, não serão suficientes para superar o crescimento do trânsito. Em Transportes, tempo real é tarde demais. Uma composição de soluções devem ser implementadas simultaneamente para evitar a falha das redes de transportes. A tecnologia pode ajudar as cidades a resolverem problemas de trânsito e também melhorar a questão de mobilidade urbana. É preciso trabalhar com predição e otimização de dados. Inteligência na operação do tráfego de veículos e a integração de diferentes sistemas de transporte são alguns dos caminhos”, comenta Pedro Almeida, diretor de Cidades Inteligentes da IBM Brasil.

A IBM está atuando ativamente na área de Transportes mais Inteligentes, e conta com uma equipe de cientistas, especialistas no setor e profissionais de TI para pesquisar, testar e por em prática novos recursos de gerenciamento de informações de tráfego em cidades ao redor do mundo. Esta questão faz parte do projeto da companhia de “Cidades Inteligentes”, que desenvolve e aplica soluções, com recursos de tecnologia, para a infraestrutura das cidades em busca de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. [www.ibm.com/br | twitter.com/ibmbrasil].

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