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01/07/2010 - 07:51

Melhora na renda incentiva paulistas a consumir

Pesquisa da Fecomercio aponta diferença na percepção das famílias de acordo com o nível de renda.

São Paulo– Melhora na renda e no acesso ao crédito motivam paulistas a consumir, mas estabilidade no emprego e perspectivas de crescimento profissional preocupam parcela da população, segundo a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pela realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Em junho, o indicador registrou elevação de 1,4%, a segunda alta consecutiva, saltando de 135,4 pontos, em maio, para os atuais 137,3.

Apesar da elevação no indicador geral, o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze, destaca que houve uma diferença muito grande na percepção daquelas famílias com renda inferior a 10 salários mínimos em relação as que têm ganhos superiores a este valor. Enquanto as famílias de renda mais baixa ficaram 2,1% mais satisfeitas com a situação atual, aquelas de renda mais elevada se mostraram 1,5% mais pessimistas. “Essa diferença se deve a percepção dos acontecimentos da economia, principalmente aqueles ligados ao cenário internacional”, explica Dietze. “As famílias que ganham mais de 10 salários mínimos têm receio de que o Brasil sofra reflexos da crise europeia, impactando principalmente o nível de emprego.”

Confirmando a avaliação do economista, o item Emprego Atual, um dos sete analisados pelo ICF, foi o único que apresentou ligeira queda em junho. Com depreciação de 0,3%, o indicador marcou 140,5 pontos, o que ainda aponta otimismo, já que o ICF é medido em uma escala que varia de 0 a 200 pontos, sendo que os resultados acima de 100 denotam satisfação. No entanto, as famílias com renda superior a 10 salários mínimos fizeram uma avaliação muito inferior ao resultado geral, reduzindo em 7,1% seu nível de confiança quanto ao emprego atual. Já as famílias com renda inferior a este patamar melhoraram sua percepção em 0,6%.

O resultado foi praticamente o mesmo no quesito Perspectiva Profissional. Enquanto o indicador geral ficou praticamente estável, com variação de 0,1%, a percepção das famílias com ganhos até 10 salários mínimos melhorou 1,8% e a daquelas com rendimentos mais elevados piorou 10,7%.

A boa notícia fica por conta do item Renda Atual, que recebeu avaliações positivas independentemente das faixas de renda e apresentou incremento de 4,1% em relação ao mês passado, saltando para os 161,7 pontos e marcando o melhor resultado do ICF em junho. Os paulistas também mantêm uma visão positiva quanto ao Acesso a Crédito, que teve incremento de 1,5% em comparação com maio, chegando aos 155,6 pontos.

Para Dietze, a continuidade do ciclo de aumento da taxa básica de juros já voltou a encarecer o acesso ao crédito, o que deve dificultar a obtenção de novos empréstimos nos próximos meses e pressionar negativamente a percepção das famílias. Ainda assim, a melhora nos indicadores de renda e acesso ao crédito percebidas em junho indica que os paulistas estão mais propensos a consumir. “Essa tranquilidade em relação à renda alavanca o comércio, como podemos perceber pela melhora no Nível de Consumo Atual e também na Perspectiva de Consumo”, analisa o economista.

De acordo com o ICF, o Nível de Consumo Atual subiu 2,3% em junho, e a Perspectiva de Consumo para os próximos meses teve ampliação de 0,4%, chegando aos, 110,1 e 142,5 pontos, respectivamente. As famílias também acreditam que este é um bom momento para comprar bens duráveis, e a avaliação deste item melhorou 1,7%, atingindo 133,5 pontos.

De forma geral, o resultado do ICF ilustra o cenário positivo pelo qual a economia brasileira está passando. “As perspectivas para 2010 são excelentes, com um crescimento superior a 6%”, comenta Dietze. “Esse crescimento vai refletir favoravelmente nos níveis de emprego e renda, sustentando uma melhora na percepção das famílias”, conclui.

Fecomercio - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias e respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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