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15/06/2007 - 09:15

Presidente Lula batiza nova plataforma da Petrobras em Angra dos Reis


Empreendimento de US$ 1,1 bilhão com nacionalização de 76%, que acrescentará 180 mil barris/dia à produção nacional, contribuindo para a manutenção da auto-suficiência do Brasil.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a ministra chefe da Casa Civil e madrinha da P-52, Dilma Roussef, o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hübner, e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, participaram,dia 14 de junho, da cerimônia de batismo da plataforma P-52, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).

Ao abordar a retomada do desenvolvimento da indústria naval Brasileira, o presidente Lula lembrou que "o País já teve a segunda indústria naval do mundo" e estimulou os trabalhadores a capacitarem-se para manter a competitividade da indústria nacional.

Durante a cerimônia, que contou também com a presença de todos os diretores da Petrobras e dos presidentes da Petrobras Distribuidora, Maria das Graças Fortes e da Transpetro, Sérgio Machado, o presidente Gabrielli destacou a revitalização da indústria naval estimulada pelo presidente Lula. "Temos duas grandes categorias de trabalhadores aqui hoje, metalúrgicos e petroleiros. Saímos de vários anos de estagnação para a quase plena capacidade. A revitalização da indústria naval brasileira contribuiu para a auto-suficiência da Petrobras."

Na coletiva de imprensa que antecedeu o batismo da P-52 o diretor de Produção e Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, destacou o índice de nacionalização da obra e falou sobre os projetos da empresa..

"A P-52 é uma marco na história da Petrobras e da recuperação da capacidade construtiva do setor naval brasileiro, é a primeira plataforma a ser concluída no Brasil após a decisão do presidente Lula, à época candidato, de que tudo que pudesse ser construído no Brasil seria feito aqui, a começar pelas plataformas da Petrobras. Hoje tornamos isto realidade. A P-52 é mais uma plataforma que colocamos em operação. De 2006 até 2011 temos mais de 60 grandes projetos a serem instalados no Brasil. Isto vai nos garantir a sustentação definitiva da auto-suficiência conquistada no ano passado."

O diretor comentou os projetos em andamento. "No início de agosto a P-52 sai do cais, faz testes marítimos e vai para o Campo de Roncador. A previsão do primeiro óleo é para setembro. Daqui em diante instalaremos a P-54, a plataforma de Piranema, que também é um marco na história da produção brasileira, Golfinho II e a FPSO Cidade de Vitória, no Campo de Golfinho. Este ano será muito importante para a Brasil e a Petrobras. Como brasileiro me sinto muito orgulhoso de ver tantas pessoas empregadas neste projeto", afirmou.

A P-52 unidade, cujo custo total foi de cerca de US$ 1,1 bilhão, foi a primeira a atender aos novos requisitos de nacionalização, com um índice de 76 %, e acrescentará 180 mil barris/dia à produção nacional, contribuindo para a manutenção da auto-suficiência.

A obra, iniciada em maio de 2004, utilizou o processo marine deck mating, inédito no país, e gerou 2.500 empregos diretos e 10 mil indiretos.

Ao entrar em capacidade máxima de operação, a unidade, do tipo semi-submersível, poderá processar 180 mil barris de petróleo e comprimir 9,3 milhões de m3 de gás natural. Integrante da Fase 2 do Módulo 1 do programa de desenvolvimento do Campo de Roncador, na Bacia de Campos, a P-52 ficará ancorada em profundidade de 1.800 metros e será interligada a 29 poços (18 produtores e 11 injetores de água). O escoamento da produção de petróleo e gás natural será feito por dutos submarinos.

Construção usou processo inédito - O contrato principal de construção da P-52 foi assinado em dezembro de 2003 com o consórcio FSTP composto pela Keppel FELS e Technip. Quatro módulos de processos e utilidades foram construídos pela Keppel FELS em Niterói. A Rolls Royce fez as unidades de geração de energia elétrica e os módulos de compressão foram fabricados pela Nuovo Pignone, todos no Rio de Janeiro. O casco, feito em Cingapura pela Keppel FELS, chegou ao Brasil em março de 2006.

Há exatamente um ano foi concluída a operação mais delicada do empreendimento: o marine deck mating, a união do top side (módulos da parte superior) ao casco. A operação, poucas vezes realizada no mundo devido à extrema complexidade, era inédita no País e foi concluída em 24 horas, confirmando a capacitação da engenharia naval brasileira e excelência da Petrobras em tecnologia de águas profundas.

Operação - Terminada a obra, a P-52 passará pela etapa de testes e ajustes e será levada para a Bacia de Campos para ancoragem e interligação de poços. O início das operações no Campo de Roncador está previsto para setembro deste ano.

A P-52 que teve investimentos na ordem de US$ 1,1 bilhão, e estará ancorada na Bacia de Campos, a 125 km do litoral, vai produzir 180 mil barris por dia, terá compressão de gás em torno de 9,3 milhões de m3 por dia. | Geração elétrica é de 100 MW (capaz de abastecer uma cidade de 293 mil habitantes), numa profundidade de ancoragem de 1.800 m (equivalente a 47 monumentos do Cristo Redentor). Ela tem 125m de comprimento X 110m de largura (equivalente a 1,2 campos de futebol), numa altura de 125 m (equivalente a um prédio de cerca de 40 andares), vai acomodar 200 pessoas. O peso total da P-52 corresponde a 45,8 mil toneladas (equivalente a 1,2 mil aviões Boeing 737.

Além da P-52, a Petrobras pretende iniciar as operações de outras quatro plataformas de petróleo este ano: a FPSO Cidade de Vitória, em Golfinho; P-34, no campo de Jubarte; Piranema, no litoral de Sergipe; e uma unidade de teste de produção de óleo extrapesado no campo de Siri, na Bacia de Campos.

Durante inauguração da plataforma de petróleo P-52, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a construção da usina nuclear de Angra 3, e afirmou que o país precisa de mais energia se quiser crescer a níveis superiores a cinco por cento ao ano na próxima década.

"Também (vamos fazer) Angra 3. Para a gente crescer acima de cinco por cento, nós temos que dizer aos investidores que não vai faltar energia nesse país a partir de 2012, porque até lá está garantido", disse o presidente em discurso aos funcionários do estaleiro responsável pela construção da nova plataforma, que vai entrar em operação em setembro.

Lula afirmou ainda que a energia nuclear é uma alternativa a outras fontes, mais poluentes - "Nós já temos dito, a energia nuclear é uma energia limpa, não polui, não emite CO2, portanto não vai causar efeito estufa no planeta Terra. Se for termelétrica de carvão, sim, se for termelétrica de óleo diesel, sim, mas essa nuclear não", acrescentou o presidente.

Lula também minimizou os temores de um acidente nuclear como o que aconteceu em Chernobil, na Ucrânia, quando esse país ainda integrava a União Soviética, em 1986.

Segundo Lula, a tecnologia nuclear desenvolvida pelo Brasil é de ponta, o que reduziria os riscos de acidentes. "A tecnologia do Brasil é perfeita, posso dizer que nunca acontecerá no Brasil o que aconteceu em Chernobil."

A construção da usina nuclear de Angra 3 está na pauta da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no dia 25 de junho, ocasião que deverá ser aprovada o empreendimento.

Em dez dias o presidente deverá retornar ao Rio de Janeiro para lançar o programa de saneamento básico na região metropolitana do Estado, com um custo de 2 bilhões de reais, que já está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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