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02/07/2010 - 07:32

Fusões e aquisições no setor de petróleo e gás devem se acelerar em função do pré-sal, aponta Ernst & Young

Investimento direto será de US$ 190 bilhões até 2013, fornecedores de bens e serviços já presentes no Brasil devem ser principal alvo das companhias estrangeiras.

São Paulo – O Brasil deve assistir nos próximos meses uma nova onda de fusões e aquisições em toda a cadeia petrolífera – mas com personagens conhecidos. Avaliação da Ernst & Young sobre as perspectivas da indústria brasileira de petróleo mostra que boa parte dos negócios realizados ocorrerá entre fornecedores de bens e serviços já presentes no mercado nacional.

Carlos Alberto de Assis, sócio de serviços de assessoria da Ernst & Young especializado em riscos, lembra que o setor deve receber investimentos diretos de até US$ 190 bilhões até 2013, considerando investimentos da Petrobras, petroleiras e empresas da cadeia de fornecedores de bens e serviços. “A definição do marco regulatório do pré-sal, qualquer que seja, traz um cenário de maior segurança jurídica”, avalia o executivo. “A dimensão das reservas e as perspectivas de lucratividade apresentadas, inevitavelmente colabora para atrair interessados”.

A maior parte dos analistas vê um reequilíbrio do mercado de petróleo neste ano, com uma ampla capacidade de reservas capaz de atender aos aumentos da demanda. Os preços subiram significativamente, e essa tendência deve se manter com o aquecimento do setor. “A recuperação do preço do petróleo, aproximadamente US$ 60-80 o barril, significa que aumentou o número de projetos que se tornaram economicamente viáveis. É o caso dos projetos de exploração em águas profundas, que demandam investimento de capital de grande escala”, explica Assis.

Projetos dessa natureza favorecem uma abordagem colaborativa. Já é possível observar essas tendências no mercado com a associação da Petrobras com uma série de empresas para o desenvolvimento de suas descobertas em águas profundas da costa brasileira, nas bacias de Campos e Santos.

Essa percepção reforça a expectativa de mais acordos entre empresas do setor neste semestre, inclusive com o investimento em novas regiões. “A exemplo do que já observamos no primeiro semestre, os negócios serão menos numerosos, mas deverão envolver um volume maior de recursos”, explica Assis.

A avaliação é de que, a partir deste momento, os negócios serão realizados em duas etapas: na primeira, por meio de associações entre as empresas estrangeiras e a Petrobras, com objetivo de explorar as reservas do pré-sal. Depois, uma segunda frente de negócios será aberta por meio de parcerias e fusões, tanto por fornecedoras estrangeiras quanto nacionais, em busca de adequação aos padrões nacionais de conteúdo local.

Gargalos – Retornando de um encontro com um grupo de 60 investidores norte-americanos interessados em investir no pré-sal, Assis revelou que, mais do que o marco regulatório, a principal preocupação fora do País é com antigos problemas estruturais. Gargalos logísticos, falta de mão-de-obra qualificada e a complexidade da tributação são alguns dos principais pontos de atenção para os estrangeiros. “São as perspectivas de crescimento da economia local e de lucratividade propiciada pelo pré-sal que os mantêm interessados”, conclui.

Perfil- A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e assessoria em negócios. Em todo o mundo, a empresa tem 144 mil pessoas unidas por valores compartilhados e compromisso com a qualidade. No Brasil, a Ernst & Young conta com mais de 2.200 profissionais distribuídos em nove escritórios. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial. [ http://www.ey.com.br | Ernst & Young no twitter: http://twitter.com/eybrasil ].

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