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02/07/2010 - 08:19

Impostos são decisivos na hora de investir no exterior

Pesquisa da Grant Thornton International mostra que empresas privadas de capital fechado precisam dar mais importância aos tributos na hora de abrir bases intercontinentais.

As empresas privadas de capital fechado (Privately Held Businesses, ou PHBs, em inglês) precisam prestar mais atenção aos regulamentos fiscais locais ao decidir onde investir no exterior. É o que sugere o International Business Report (IBR), pesquisa da Grant Thornton International, que ouviu mais de 7.400 empresários em 36 economias. De acordo com o estudo, 17% dos proprietários de PHB em todo o mundo não consideram os regimes de impostos locais quando investem em outros países.

De acordo com Ian Evans, líder global de Tributos da Grant Thornton International, “as PHBs são preparadas para assumir riscos econômicos ao montar um novo empreendimento, mas nem sempre consideram os riscos fiscais, que podem ser reduzidos com planejamento adequado”, explica. Ou seja, as empresas precisam se preocupar com as questões relativas a impostos antes de tomar decisões de investimento, seja no mercado interno ou externo, a fim de reduzir os seus custos fiscais.

“O Brasil, que tem um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, muitas vezes acaba perdendo investimentos por causa disso”, explica Sergio Kubiak, sócio da Terco Grant Thornton, representante brasileira da Grant Thornton International. “Os estrangeiros não conseguem entender, por exemplo, a complexidade de se administrar tantos impostos e obrigações acessórias”, diz. O estudo mostra que as empresas do norte da Europa estão entre as que menos olham para os tributos, com mais de 30% das PHBs na Polônia, França, Dinamarca, Finlândia e Bélgica dizendo que não consideraram o regime fiscal do país de destino na sua decisão de montar uma base operacional.

Nos países da Europa, América Latina e Ásia-Pacífico, os tributos são vistos como fator decisivo. Menos de 10% dos entrevistados da Espanha, Grécia, Brasil, Argentina, Taiwan, Japão e China disseram que a tributação não afetaria a decisão de investir.

Entre as PHBs que consideram a questão fiscal em sua decisão de fazer no exterior, os incentivos fiscais mais conhecidos são um período livre de impostos de cinco anos (41%), baixas taxas de imposto sobre os lucros das empresas (39%) e um regime fiscal estável (38%).

Um regime fiscal estável é um fator chave para PHBs procurar um país de destino. Em cada região geográfica, em média 34% ou mais das PHBs pesquisadas disseram que seria influenciada investir pelo grau de estabilidade no regime de tributação local.

“Empresas de todo o mundo buscam estabilidade nos sistemas fiscais nos países em que operam ou desejam entrar”, diz Ian Evans. “Por isso, os governos ao redor do mundo estão percebendo que a globalização exige um sistema fiscal mais simples, mais global”, afirma. Mas ele reconhece que, ao mesmo tempo, o instinto de todos os políticos é proteger a sua base tributária própria, em oposição aos movimentos que propõem simplicidade em longo prazo e estabilidade no regime fiscal. “Enquanto não há uma solução para essa questão, as empresas devem dar atenção redobrada aos sistemas tributários dos países em que funcionam, já que o imposto é um custo real para seus negócios.”

Perfil da Terco Grant Thornton - Há 28 anos no Brasil, a Terco Grant Thornton é a 5ª maior empresa de auditoria e consultoria do país. Conta com mais de 680 profissionais e possui 1.400 clientes ativos. Em 2009, registrou crescimento de 12% em seu faturamento em relação ao ano anterior. Com sede em São Paulo, possui escritórios no Rio, em Salvador, Goiânia e Belo Horizonte.

A Terco Grant Thornton é uma firma membro da rede Grant Thornton International Ltd (Grant Thornton International). A Grant Thornton International e suas firmas membros não constituem uma única firma global. Cada firma membro presta seus serviços de forma juridicamente independente.

Considerada uma das maiores organizações de auditoria e consultoria do mundo, a GTI tem 30 mil profissionais, 500 escritórios distribuídos em mais de cem países e registrou faturamento global de US$ 3,6 bilhões em 2009.

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