US$ 38,7 mi em negócios: resultado da Missão Empresarial ao Norte da África

Durante dez dias, 27 de maio a 5 de junho, empresários brasileiros participaram da Missão ao Norte da África, coordenada pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil). Foram 528 reuniões no Marrocos, Tunísia e Egito, que resultaram em US$ 3,005 milhões de negócios fechados nas rodadas de negócios e outros US$ 35,775 milhões em acordos futuros.

Mais do que exportações, a Missão trouxe oportunidades reais de parcerias entre companhias do Brasil e do mundo árabe. Juarez Leal, coordenador de Eventos Internacionais da APEX-Brasil, ressalta que o mercado árabe é imenso e com muitas oportunidades. O Egito é um país estratégico. Possui facilidade geográfica de comunicação com o Oriente Médio via Leste e Sul do Mediterrâneo e acordos econômicos com Europa e Estados Unidos, o que o torna um bom canal para atingir esses mercados. Na Tunísia, o Governo oferece isenção de tributos por 10 anos, financiamento de parte do negócio e a possibilidade de se gozar de acordos comerciais com a União Européia e com outros países árabes e da África.

Para Leal, "a instalação de empresas brasileiras nesses países pode ser estratégica para as exportações brasileiras". É o caso de fabricantes de equipamentos médicos, odontológicos e laboratoriais que podem se instalar na região, recebendo o produto semi-acabado do Brasil e finalizando a montagem. Participaram da missão 60 empresários dos ramos de alimentos, insumos para a indústria alimentícia, bebidas, produtos agrícolas, frutas, material de construção, equipamentos médicos e odontológicos, ferramentas, equipamentos para irrigação, borrachas e resinas sintéticas, móveis e componentes para calçados e acessórios.

No ano passado as exportações do Brasil aos 22 países árabes renderam US$ 6,7 bilhões (4º maior destino das vendas brasileiras), sendo que as nações do Norte da África responderam por 40% deste total. Os três países visitados importaram o equivalente a US$ 1,9 bilhão, ou 28,3% de tudo o que foi vendido pelas empresas brasileiras aos árabes em 2006. Site www.apexbrasil.com.br.| Por: AE