“Revitalização do Cais do Porto é mais vantajosa do que a Copa do Mundo”

Opinião é de Alexandre Gehlen, diretor geral da Rede InterCity de Hotéis.

A expectativa do setor hoteleiro para a Copa de 2014 foi abordada pelo diretor geral da rede InterCity de Hotéis, Alexandre Gehlen, em recente seminário realizado para profissionais da construção civil. Gehlen defendeu que a hotelaria é um negócio de longo prazo, que pode demorar até quatro anos para entrar em funcionamento, nos quais alguns aspectos essencias devem ser observados para que resulte em lucro. “Quem quer entrar no ramo precisa fazer uma análise de mercado, estudar a viabilidade e o tipo de investimento para não correr o risco de errar”, afirma.

Segundo o diretor, quem construir hotéis hoje pensando apenas na Copa não sobrevive. “É preciso ter uma visão mais ampla do negócio”, avalia. E com base nesse conceito, Gehlen acredita que a revitalização do Cais do Porto pode ser mais vantajosa para a rede hoteleira do que a realização dos jogos em 2014. “Com um porto atrativo, aos moldes do existente em Buenos Aires, temos a garantia de clientes o ano todo e não apenas durante os jogos. Ou seja, ganharemos nos 365 dias e não apenas em 30”, acredita.

De acordo as projeções de Gehlen, em 2010 haverá um forte aumento da demanda (em média 7%). Sendo que nos anos seguintes, com o PIB nacional próximo dos 5%, e a demanda deverá ficar em torno de 6,5%. “Até 2013 teremos um crescimento de oferta, média nacional, de 1,16% ao ano. Com exceção de Salvador, cuja taxa media anual de crescimento de mais de 4% da capacidade instalada ate 2013”. A perspectiva, segundo Gehlen, é de que esse número chegue aos 3% depois dessa data. “Em 2014, o resultado deve ser multiplicado por dois. Além disso, não podemos esquecer que haverá uma Olimpíada no Brasil em 2016. Todos esses dados nos levam a crer que, até 2017, o setor viverá em céu de brigadeiro”, calcula.