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08/07/2010 - 08:47

Vendas de material de construção caem pela primeira vez em 15 meses

Lojistas continuam otimistas e garantem que recuperação se dará em julho.

A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), entidade que representa as 138 mil lojas de material de construção no país, divulgou no dia 07 de julho (quarta-feira), pesquisa realizada em parceria com o Ibope Inteligência.

Com base no estudo, a entidade anunciou que o varejo do setor apresentou queda de 5,5% no mês de junho sobre maio de 2010. Já na comparação entre junho de 2010 sobre junho de 2009, o desempenho foi 6,5% superior. De janeiro a junho, o segmento de material de construção cresceu 8% sobre o mesmo período do ano passado.

É a primeira vez que o varejo do setor apresenta queda de vendas desde março de 2009. “Ficamos surpresos com os dados, mas a verdade é que os jogos da Copa do Mundo tiveram um certo peso neste cenário, já que as lojas atribuíram a queda nas vendas à falta de consumidor. No entanto, a pesquisa também indicou que os lojistas estão muito otimistas e que acreditam que irão recuperar a diferença já no mês de julho”, declara Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco.

Segundo o estudo, 62% dos lojistas apontam que haverá aumento de 10% a 20% no volume de vendas de materiais de construção no mês de julho. Para eles, alguns itens como tubos e conexões de PVC (comercializados em 87% dos pontos de venda), metais sanitários (vendidos em 83% das lojas) e interruptores, plugues e tomadas (presentes em 82% das lojas do país), devem ter aumento de venda de 10% a 15% no próximo mês.

Prorrogação do IPI e aquecimento - O decreto do Governo Federal que oficializou a prorrogação da redução do IPI para os produtos do setor foi publicado no último dia 29 de junho no Diário Oficial da União. "A prorrogação da redução do IPI tem um papel fundamental no aquecimento do nosso setor. Os nossos consumidores precisam programar suas compras. Eles contratam pedreiro, pesquisam os materiais que gostariam de comprar, fazem todo o orçamento da obra para depois comprarem. Isso sem falar que, durante a obra, eles ainda voltam muitas vezes ao ponto de venda porque precisam repor produtos. O governo entendeu a importância da manutenção dessa medida, pois ela beneficia, sobretudo, a parcela da população mais carente, a que tem renda familiar de até 5 salários mínimos. O decreto é válido para a cesta básica de material de construção, ou seja, aqueles produtos imprescindíveis na construção de uma casa popular", afirma o presidente da Anamaco.

De acordo com ele, a medida, somada às obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida, contribui para a manutenção do aquecimento do setor. "Estamos vindo de uma série de crescimento progressivo, batendo recorde de faturamento a cada ano. Apesar da queda registrada este mês, estamos em um cenário completamente diferente do início de 2009. Não existe mais crise, e sim uma excelente oportunidade de desenvolvermos ainda mais o nosso setor”, explica. “As indústrias estão fazendo investimentos pesados em aumento de produção e capacidade de entrega. O consumidor tem até dezembro para comprar materiais de construção com desconto de IPI. Ao mesmo tempo, o país se prepara para concretizar o maior programa habitacional de sua história e, também, para sediar os principais acontecimentos esportivos de 2014 e 2016. É claro que estamos otimistas porque tudo isso move a nossa locomotiva, nos dando a certeza de que teremos um espaço extraordinário para crescer nos próximos seis anos”, finaliza.

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