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08/07/2010 - 08:54

Amianto: A verdade deve prevalecer


As exigências de uma sociedade organizada e a tomada de consciência das indústrias, aliadas ao uso de tecnologias de ponta, são os alicerces da cadeia produtiva do amianto crisotila, que há mais de 70 anos está no mercado e representa 50% dos telhados da população de brasileira, empregando cerca de 170 mil trabalhadores.

Qualquer afirmação de epidemias de pessoas doentes em função do amianto é, no mínimo, alarmista. A mineração e as indústrias que utilizam o amianto crisotila mantêm medidas avançadas de controle nos locais de trabalho.

O resultado disso é o ar que se respira, no ambiente de trabalho,que registra 0,1 fibras/cm3, número 20 vezes menor do que determina a lei. Além disso, entre os trabalhadores admitidos a partir de 1980 na Mina, nas indústrias de telhas, caixas d’água e transportadoras, não há registro de disfunção pulmonar relacionadas ao crisotila. São 30 anos de uso seguro.

Por isso, é no mínimo estranho muitos defenderem o banimento do crisotila, argumentando que países da Europa já o fizeram, sem mencionar que eles utilizaram o anfibólio sem os devidos cuidados. Importante frisar que o Brasil segue a Convenção 162 da OIT, de uso controlado, desde o início dos anos 90.

Um Acordo Nacional para uso controlado do crisotila, firmado entre empresários e trabalhadores, já completou 20 anos e reflete o compromisso voltado para a segurança de quem lida com o produto. Esse pacto garante autonomia aos trabalhadores de fiscalizarem seus ambientes de trabalho, sendo possível até paralisar as atividades caso entendam que há qualquer risco.

Em 2005, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), braço direito da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Workshop de Lyon, concluiu que as fibras de polipropileno (PP) são biopersistentes (alto tempo de permanência no organismo). Aqueles que defendem o banimento do amianto, pregando sua substituição por fibras artificiais, ignoram que a periculosidade destas fibras é indefinida por falta de estudos apurados.

O banimento envolve uma disputa comercial travada no setor de coberturas entre uma multinacional fabricante de telhas com fibras artificiais e as demais empresas. O custo dos substitutos é de 30 a 40% superior em relação ao crisotila, sendo que a durabilidade das telhas com prolipropileno cai pela metade. O interessante é que, antes de defender a extinção do crisotila, esta mesma companhia foi uma das maiores exploradoras do mineral e defendia o uso controlado. Até hoje o telhado de suas fábricas de fibrocimento são cobertos com telhas que contém amianto.

Não é a falta de informação que vicia a discussão sobre o uso do crisotila, mas a manipulação de dados para atender os interesses de determinado nicho. A sociedade não pode ficar à mercê disso. A verdade, em qualquer circunstância, deve predominar.

. Por: Marina Júlia de Aquino, presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC).

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