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14/07/2010 - 08:42

Especialistas apresentam diferentes conceitos de inovação


Seminário na CIC apontou atitudes diferenciadas para aumentar a competitividade das organizações e das pessoas

O Seminário Dia da Qualidade Caxias, realizado pela Câmara de Indústria Comércio e Serviços de Caxias do Sul, por meio da Diretoria de Desenvolvimento e Competitividade e Comitê Qualidade Serra Gaúcha, ocorreu no dia 12 de julho (segunda-feira), no auditório da entidade, sob o tema “Inovação: a criatividade como diferencial competitivo”. O evento reuniu especialistas e gestores de empresas brasileiras que são referência no tema. Eles compartilharam ensinamentos de práticas inovadoras.

Durante a manhã, o gerente de marketing da 3M do Brasil, Luiz Eduardo Serafim, discorreu sobre as práticas necessárias para alavancar a inovação nas organizações. Serafim argumentou que sem uma cultura de inovação o processo da criatividade fica comprometido. De acordo com ele, todos na organização precisam ter liberdade para criar. “Ouvir o cliente é fundamental”, salientou.

O gerente da 3M, uma empresa que trabalha essencialmente com criatividade por seus produtos inovadores, ensinou os dez mandamentos para promover a inovação nas empresas: reconheça os funcionários mais criativos (recompense, reconheça e encoraje), assuma riscos consideráveis (tenha tolerância com os erros), vença os obstáculos e não se deixe vencer, pense em longo prazo e continue crescendo (mantenha o foco no amanhã), cuidado com a falta de conhecimento ou com conhecimento em demasia, tolere ambiguidades, reformule problemas sem solução, faça o que você mais gosta de fazer, e reconheça quando moldar o ambiente e quando deixá-lo. Serafim destacou ainda a importância do intercâmbio entre as áreas nas organizações.

Já o gerente administrativo de produção da Florense, Valdecir Segat, falou sobre processo produtivo inovador. Conforme ele, a empresa tornou-se especialista nos processos de seus produtos e a partir da observação da produção trabalhou quatro itens. “Identificamos as necessidades do mercado. Para isso é preciso ter flexibilidade, capacidade e velocidade, mudando design e inovando. Desenvolvemos novos produtos, materiais e matérias-primas, adquirimos máquinas e trabalhamos embalagem, movimentação e instalação de produtos, e por fim, no aumento da produtividade, pensamos na capacidade versus os custos da produção investimentos na qualidade do produto”, explicou ele.

O designer da Marcopolo Petras Amaral Santos palestrou sobre gestão estratégica da inovação. Ele esclareceu que a inovação não precisa necessariamente ser de produto, tudo que envolve uma organização pode ser diferente. “As empresas precisam se reinventar. As inovações vão contra o senso comum. Para ter gestão da inovação eu preciso criar tempo livre, fazer treinamento em inovação e ferramentas, ter verbas específicas e desenvolver competências”, comentou.

Santos derruba mitos de que somente gênios são criativos e do alto custo da inovação. “A experiência mostra que grupos diversificados de pessoas conseguem grandes resultados. Ouvir as pessoas não tem custo e dar poder a elas dentro de seus departamentos também não”, ressaltou.

O coordenador de Gestão em Tecnologia, Qualidade e Meio Ambiente do grupo CCQ Soprarte da Soprano, Sebastião de Guimarães, iniciou as palestras da tarde do Seminário. Ele apresentou o Círculo de Controle de Qualidade (CCQ) e os benefícios com os grupos na solução dos problemas da empresa. Alguns integrantes do grupo fizeram um esquete de teatro que comprovou isto.

O pesquisador da Universidade de Brigton Freeman Centre Kleber Luis Celadon resumiu que as pessoas são treinadas para acertar enão errar, no entanto na grande maioria das vezes o acerto encontra-se bem próximo ao erro. “Prepare-se para errar”, defendeu. Celaton sinalizou três perigos potenciais das empresas: olhar pra trás (não basear estratégias apenas no sucesso do passado), esterilidade (exagero nas análises e levantamento de dados), e falsa sensação de segurança (eventos do passado criam a sensação de segurança sugerindo falsas predições para o futuro).

A diretora comercial da Coza Utilidades Plásticas, Daniela Zatti, falou sobre design estratégico e inovação de sua empresa. “A Coza usou design como ferramenta de inovação. Conseguimos superar o preconceito com o plástico e agregar valor aos nossos produtos com design inovador. Inovar é fazer algo de forma original, com coisas que não existem. É simples, não precisa de uma fortuna, apenas bom gosto, bom desenho e percepção de mercado”, concluiu.

O diretor da SIN Brasil Pedro Roberto Sobrinho falou sobre comportamento inovador. Para ele, inovação tem a ver com percepção. “De que maneira eu posso contribuir naquilo que eu gosto de fazer? E de que maneira? Os sustos, os medos e os conflitos são necessários para que você avance. Não se obtêm resultados resolvendo problemas, mas explorando oportunidades”, enfatizou.

Sobrinho explica que na opinião do empreendedor sem visão, gente inovadora é chata e incomoda, porque está sempre insatisfeita e não se comporta como a maioria dos funcionários, que faz somente o que é pedido e nada mais, sem comprometimento algum com a empresa. Nesses casos o gestor deve rever suas ideias pré-concebidas.[www.cic-caxias.com.br]

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