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19/06/2007 - 08:24

Os quatro pilares da organização sustentável: verdade, beleza, bondade e unidade

Esse tema foi debatido ontem na palestra de abertura do RH-RIO 2007

Qual a alma do seu negócio, da sua empresa? Essa pergunta deu início à videoconferência de abertura do Congresso RH-RIO 2007, promovido pela ABRH-RJ. Essas e outras reflexões foram levantadas por Jerry Walls, pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Notre Dame e palestrante sênior da organização americana Morris Institute for Human Values.

Ele lançou mão de pensadores da Grécia antiga – como Sócrates, Platão e Aristóteles – e da atualidade, como Tom Morris, autor de “E se Aristóteles dirigisse a General Motors?”. Por meio de exemplos práticos, Walls mostrou que pessoas são movidas pela busca da felicidade e que ela surge da participação em algo que nos traga satisfação.

São quatro os pilares essenciais à realização humana, segundo ele: a verdade, na dimensão intelectual; a beleza, na dimensão estética; a bondade, na dimensão moral; e a unidade, na dimensão espiritual. “São tão essenciais como alimento e água, e distinguem motivação de manipulação”, explicou o filósofo.

Começando pela verdade, Walls explicou que ela tem uma dimensão racional – a necessidade de estimulação mental – e outra ética – honestidade, sinceridade e confiança, base para sólidos relacionamentos de trabalho. “Para desenvolver essa dimensão é preciso cultivar um ambiente em que as pessoas nunca temam em falar a verdade e onde ela seja uma via de mão dupla.”

Em seguida, o palestrante falou sobre a beleza. Numa dimensão passiva, enquanto a feiúra, a destruição e a desordem nos tiram energia, a beleza nos eleva, motiva e amplia a produtividade. Numa dimensão ativa, a beleza está ligada ao nosso desejo de criar e sermos performáticos. “Por que não levar esse impulso criativo para o trabalho e incentivar o desenvolvimento de soluções criativas?”, desafiou Walls.

Para ele, o terceiro pilar – a moral – é o que merece mais atenção. “Muito se fala em ética nos negócios, mas em geral de modo superficial, reduzido a aspectos legais e pautado por grandes escândalos corporativos.” Segundo o Walls, é preciso pensar ética como algo positivo: “Não é evitar problemas e camuflar erros, mas sim criar uma força positiva, uma excelência humana de longo prazo.”

Por fim, o quarto pilar da realização humana é a unidade. “Nossa vida hoje é feita, em grande parte, de superficialidade e fragmentação, mas precisamos de profundidade – entender como aquilo que fazemos insere-se num contexto maior.”

Segundo Walls, todos temos quatro necessidades profundas: individualidade, união, utilidade e conhecimento. “Os indivíduos devem ser respeitados e aproveitados como únicos. Ao mesmo tempo, querem fazer parte de um todo. Querem se sentir úteis ao usar seu talento para algo maior e precisam entender como seu trabalho se conecta a isso”, explica.

Enquanto as palavras do mundo dos negócios – como liderança, qualidade e maximização – mudam a cada ano, os valores enraizados na natureza humana – como respeito, compaixão e amor – nunca serão superados. Jerry Walls, então, usou uma frase de Tom Morris para responder à pergunta ‘O que é negócio?’: “Negócio é a arte do crescimento. Crescimento é a essência da vida. Negócio é a arte da vida.” E qual a finalidade do negócio? “A finalidade é a felicidade”, concluiu. | www.abrhrj.org.br) link Congresso RH-RIO 2007.

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