Doenças articulares merecem atenção internacional

O elevado número de pessoas com problemas nas articulações preocupa. Especialistas se reúnem para discutir técnicas e inovações da Artroplastia em encontro internacional no Rio de Janeiro.

As doenças articulares representam um sério problema de saúde pública. Por esse motivo, a Organização Mundial de Saúde dedicou a década de 2000 a 2010 para investir no tema e tentar melhorar o quadro. Segundo o Chefe da Divisão de Atenção Especializada do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Dr. João Matheus Guimarães, “basta ver o número de pacientes que aguardam por uma cirurgia na instituição: hoje são cerca de 9.000 pessoas. Como o Into é referência nacional em cirurgias ortopédicas de alta complexidade, a maioria dos pacientes do país é encaminhada pra cá. Essa situação é uma das grandes motivadoras do projeto de expansão para o Novo Into”, acrescenta. Os problemas articulares estão, por exemplo, entre as principais causas de afastamento do trabalho no país.

Muitas doenças afetam as articulações e podem trazer limitações para a vida de uma pessoa. Artroses, artrites reumatóides ou mesmo traumas podem gerar um processo de degeneração, de desgaste das cartilagens que ocasionam, em muitos casos, a perda da mobilidade. Em estágio avançado, pode ocorrer a deformação da articulação e, quando isso acontece, a pessoa passa a não conseguir mais realizar movimentos comuns, como subir escadas ou mesmo caminhar, além de sentir muitas dores. A única forma de reverter essa situação e eliminar o sofrimento é substituir a articulação afetada por uma prótese. Esse procedimento é chamado Artroplastia e pode ser realizado nos ombros, cotovelos, tornozelos, na coluna, sendo os mais comuns em joelhos e quadris.

Existem várias técnicas para a realização da Artroplastia, umas menos invasivas, outras convencionais. Muitos estudos estão em andamento, um exemplo é o uso de células tronco para retardar a necessidade de colocação de próteses e evitar as cirurgias altamente complexas, como a de Revisão de Artroplastia, que é a troca das próteses em função do desgaste. Dependendo do tipo de procedimento, o tempo de recuperação pode variar, mas, na grande maioria dos casos o ponto comum é o resultado: a eliminação da dor e o resgate da qualidade de vida do paciente, que volta a ter uma vida normal.

Com o objetivo de avançar ainda mais com as técnicas e trazer mais segurança e bem-estar àqueles que precisam se submeter à Artroplastia, especialistas em Ortopedia de várias partes do mundo se reúnem no VI Congresso Internacional de Artroplastia da SBOT – RJ. O Diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Dr. Geraldo Motta, integra o Comitê Científico do evento e, ainda, apresenta 3 trabalhos: Artroplastia minimamente invasiva; Prótese Reversa: Princípios, Indicações, Experiência mundial; e Artroplastia do Cotovelo: Indicações e Técnica.

.[ VI Congresso Internacional de Artroplastia da SBOT – RJ, de 15 a 17 de julho de 2010 | Hotel Intercontinental – Rio de Janeiro| Mais informações: www.artroplastia.og.br ].