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17/07/2010 - 09:08

Rolex Ilhabela Sailing Week começa neste sábado com recorde de barcos estrangeiros


O evento terá 14 veleiros do Exterior e reunirá seis medalhistas olímpicos brasileiros, com destaque para Torben Grael

Ilhabela (SP) - A 37ª edição consecutiva da Rolex Ilhabela Sailing Week, o principal evento náutico da América Latina, terá o recorde de 14 barcos estrangeiros. A competição, que começa no dia 17 de julho (sábado), e termina dia 24 (sábado), reunirá 158 veleiros de nove classes do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. O evento será aberto com um treinamento facultativo no Canal de São Sebastião e com uma cerimônia esportiva de boas-vindas para todos os participantes do evento no Yacht Club de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.

A edição de 2010 terá oito barcos argentinos, quatro chilenos e dois uruguaios, Cinco vão disputar a Classe S40, três estão na ORC Internacional e seis competirão na ORC Club.

Outra atração é a participação de medalhistas olímpicos. Capitaneados por Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (o maior número de um brasileiro e da vela mundial), a Rolex Ilhabela Sailing Week terá outros brasileiros que subiram nos pódios dos Jogos, começando pelo veterano Eduardo Penido, ouro no 470 em Moscou, em 1980, timoneiro do Sorsa III; Lars Grael e Clínio de Freitas, medalhas de bronze no Tornado, em Seul, em 1988 (Lars ganhou novo bronze em 1996 com Kiko Pellicano, em Atlanta), no S40 chileno Celfin Capital; Bruno Prada, prata com Robert Scheidt no Star, na China, em 2008, como timoneiro do HPE25 Max: e Fernanda Oliveira, bronze no 470, também na China, como comandante do J24 Diferencial. Ao todo, eles somam dezmedalhas olímpicas.

Os veleiros entram na água oficialmente neste domingo para a disputa de provas de longas distâncias. As regatas começam com o desafio Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil, que terá largada às 9h30 no Canal de Sebastião. A prova terá 55 milhas náuticas ou cerca de 101 quilômetros. Os barcos menores disputam a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (27 milhas ou 50 km), enquanto os veleiros da Classe HPE25 disputam o Troféu Renato Frankenthal, em um percurso de 20 milhas (37 km), a partir das 10 horas.

A Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil teve o seu recorde quebrado no ano passado pelo S40 argentino Cusi 5, de Jose Estevez, que completou o percurso no tempo surpreendente de 6h12min29s.

"O evento será um sucesso de novo", disse José Manuel Nolasco, diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela. "A competição é muito tradicional e mesmo antes da abertura das inscrições já havíamos sido consultados por muitos velejadores. Com a fixação de um limite de participantes, as inscrições transcorreram em ritmo bem acelerado, e alguns barcos ficaram na fila de espera. Mas o importante é buscar a competitividade das classes organizadas", lembrou Nolasco. No ano passado, a competição reuniu 205 veleiros.

Sul-Americano - Além da Rolex Ilhabela Sailing Week, a competição valerá também pelo Campeonato Sul-Americano das Classes S40, ORC Internacional e ORC Club, assim como pelos Campeonatos Brasileiros das Classes Delta 32, Skipper 32 e Skipper 21. A primeira etapa do Sul-Americano, o Circuito Atlântico Sul Rolex Cup, organizado em conjunto entre o Yacht Club Argentino e o Iate Clube de Punta del Este, foi realizada em janeiro, em Buenos Aires e Punta del Este.

Gol/Touché Super, de Ernesto Breda, e Loyal/Carmim, de Marcelo Massa, terminaram em segundo e em terceiro lugares na classificação geral no Uruguai. Os dois veleiros devem brigar ponto a ponto pelo título da Classe ORC Internacional 500 da Rolex Ilhabela Sailing Week e, consequentemente, pelo Sul-Americano. No ano passado, o Loyal foi o campeão da ORC Internacional geral e o Touché Super ficou em segundo lugar.

O Loyal, um Judel Vrolic de 47 pés, mudou a quilha este ano, seguindo projeto feito pelo construtor do barco nos Estados Unidos. A nova quilha, com bulbo, foi feita no estaleiro de Marco Landi, em Indaiatuba (SP). "O objetivo da reforma foi dar maior estabilidade ao veleiro, nos ventos acima de 10 nós de velocidade, tanto na orça (contra o vento) e principalmente no popa", comentou Massa.

Ernesto Breda tem certeza que a competitividade será extrema em 2010. "Muitos barcos passaram por reformas e estão melhores este ano. Nós mesmos fizemos uma adequação no veleiro para andar melhor no vento fraco, que era nossa deficiência", lembrou o comandante do Touché Super.

Os cariocas Neptunus Express e Sorsa III/Oi/Contax também fizeram adaptações. O Neptunus Express ganhou um grande incremento na área vélica. O barco que tinha a vela grande com 120m2 passou a ter uma de 220m2. "A reforma não procurou deixar o barco com melhor rating. O objetivo foi mesmo dar mais velocidade ao veleiro", disse André Mirsky, de 33 anos, há quatro anos no comando do barco construído na Espanha. "Queremos ser fita azul em todas as regatas."

Já Sorsa III, um Farr de 51 pés. quer brigar pelo título da Classe ORC Internacional 500. "Mexemos no gurupés para deixar o balão assimétrico e com isso pagar menos para os outros no rating já que o veleiro ganhará mais um pouco em velocidade", comentou Guilherme Hamelmann, um dos tripulantes do barco.

Na ORC Internacional 600, o Orson Nossa Caixa Mapfre também brigará pelo título Sul-Americano da Classe. O veleiro representa o Yacht Club de Ilhabela, terá três sócios do clube na tripulação, que será "100% da ilha". "Vamos ter uma concorrência dura, mas vamos tentar fazer o melhor possível," assegurou o comandante Carlos Eduardo Souza e Silva.

No S40, que reunirá nove barcos, o uruguai Negra, de Juan Ball, vem credenciado pela conquista em Punta del Este, assim como o argentino Cusi 5, de Jose Estevez, vai defender seu título na Rolex. Já o chileno Celfin Capital se reforçou com Lars Grael e Clínio de Freitas;

Entre os brasileiros, o veleiro Carioca, de Roberto Martins, é considerado o favorito. É apontado como o mais bem treinado e conta com uma tripulação jovem do Rio de Janeiro comandada por Henrique Haddad, o Gigante, especialista em match race, ou seja, disputa barco contra barco.

Torben Grael conheceu o seu Mitsubishi/Gol na semana passada e está se adaptando ao veleiro, assim como Zeca Revoredo, comandante do Ogum. O Pajero, de Eduardo Souza Ramos, vice-campeão da Rolex, vai correr por fora pelo título. "É a primeira vez que teremos num campeonato nove veleiros puramente de regata, com mastros de carbono, que andam rapidíssimo e têm tripulação formada por velejadores de padrão olímpico", lembrou Souza Ramos. "Nem no Mundial de Oceano, realizado há algum tempo, conseguimos reunir mais do que três barcos iguais", prosseguiu. "Este era um sonho que eu tinha e que vou conseguir ver agora realizado em Ilhabela."

Regatas parelhas - Na HPE25 e na BRA-RGS, classe que reunirá 71 barcos em suas quatro divisões, a expectativa é de muito equilíbrio. Na HPE25 todos os barcos são absolutamente iguais e, como acontece no S40, quem chega em primeiro lugar ganha a regata. "O vencedor da HPE25 na Rolex no ano passado foi um argentino que tinha vasta experiência na classe europeia TP52, um barco grande, porém one design", lembrou Felipe Whitaker, coordenador da classe. "E isso fez com que outros comandantes quisessem elevar o nível técnico de seus tripulantes. Seja do ponto de vista técnico ou de qualificação. O barco 37, por exemplo, será comandado por um medalhista paraolímpico de Pequim, o alemão Jens Kroker", comentou.

Na BRA-RGS, o barco Kanibal, afastado das raias por quase um ano, voltará à Rolex. "Em 2009 quebramos o leme por quatro vezes e percebemos que, após o uso intensivo do barco por três anos em duras condições de regatas, o mesmo necessitava de uma reforma corretiva e preventiva, que durou cerca de quatro meses", comentou o comandante Walter Becker. "Ele volta a competir agora."

O veleiro Jyllic II, um Fast 395, campeão da divisão "A" em 2009 da Rolex Ilhabela Sailing Week, vai brigar pelo título segundo o comandante Martin Bonato ao lado do Kanibal, "um adversário conhecido e muito competitivo".

No dia 24 (sábado), às 19h30, 1ª premiação RISW e 21h, 2ª premiação RISW.

Foram convidadas para participar da Rolex Ilhabela Sailing Week de 2010 as Classes S40, ORCi, ORCc, BRA-RGS, HPE25, Beneteau First 40.7, Delta 32, Skipper 30 e 21.

A Rolex Ilhabela Sailing Week, o principal evento náutico da América Latina, tem patrocínio titular da Rolex, assim como patrocínios ouro da Mitsubishi Motors e da Semp Toshiba e prata do Bradesco Private. O evento tem ainda os apoios da Marinha do Brasil, da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano (ABVO), da Classe S40, da Classe HPE25, da Classe BRA-RGS, do Yacht Club Argentino e da Prefeitura Municipal de Ilhabela. A organização, sede e a realização são do Yacht Club de Ilhabela. [ Website: www.regattanews.com e www.kpms.com e www.risw.com.br ].

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