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17/07/2010 - 09:45

Fecomercio identifica preços no varejo em ligeira queda em junho

Supermercados e Feiras contribuem para IPV ficar negativo em 0,06%.

São Paulo- O Índice de Preços no Varejo (IPV) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) registrou a primeira variação negativa do ano e fechou junho em queda de 0,06%, em comparação a maio, que havia registrado alta de 0,22% em relação ao mês anterior. No primeiro semestre do ano os preços do varejo paulistano acumulam elevação de 1,62% e, em 12 meses, de 1,66%. Dentre os 21 grupos analisados pelo IPV, oito registraram decréscimo em seus preços médios.

O segmento que mais contribuiu para o resultado do IPV foi Supermercados, com redução de 0,71% nos preços em junho ante maio. “A maior parte dos preços dos produtos in natura estão sendo realinhados aos seus patamares regulares após terem sofrido pressão por conta das instabilidades climáticas do início do ano”, explica Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio. As maiores quedas foram verificadas em adoçantes (-12,54%), tubérculos (-9,22%), legumes (-6,71%), leites (-4,28%) e aves (-2,56%).

O segmento de Feiras registrou retração de 2,94% em junho na comparação com o mês anterior, a terceira variação negativa consecutiva. Todos os produtos a compor este grupo finalizaram junho com redução em seus preços médios, sendo as variações mais relevantes notadas em verduras (-6,96%), tubérculos (-4,50%), legumes (-3,93%), aves (-2,16%) e ovos (-1,33%). As condições climáticas mais favoráveis colaboram para que os preços dos alimentos in natura retornem, aos poucos, aos seus patamares regulares. “É válido ressaltar que a ocorrência de estiagem em algumas regiões produtoras pode perturbar esta tendência de queda nos preços do segmento, principalmente em tubérculos e alguns cereais”, reforça Dietze. Nos primeiros seis meses do ano, o setor ainda acumula, entretanto, elevação de 1,83%.

O grupo Combustíveis e Lubrificantes manteve mais uma vez a trajetória de queda, e fechou junho com recuo de 1,22% em junho ante a variação de -1,38% em maio. Dietze explica que os recuos ocasionados no segmento são influenciados pela safra da cana-de-açúcar, bem como por conta das condições climáticas que favorecem a atividade de colheita e moagem. Combustíveis ficaram, me média, 1,27% mais baratos, enquanto lubrificantes e óleos mostraram alta de 0,40%. No primeiro semestre do ano os preços destes bens acusam queda de 3,15%.

Outro grupo que manteve a tendência de queda foi o formado por Eletroeletrônicos e outros que em junho teve baixa de 1,03% ante a queda de 1,41% em maio. Produtos de informática registraram diminuição de 1,71%, telefonia -1,15% e produtos de imagem e som -0,71%. Na primeira metade do ano os preços da atividade apontam recuo de 5,03%. A tendência de queda deve ser mantida por conta das inúmeras liquidações que devem acontecer nesse período pós-Copa do Mundo. “Além disso, com a rápida obsolescência dos equipamentos e a concorrência com o comércio informal os preços tendem a ser pressionados para baixo”, pondera Dietze.

Outros grupos que acusaram recuo em suas variações: Drogarias e Perfumarias (-0,16%), Açougues (-0,22%), Livrarias (-0,23%) e Cds (-0,08%).

Órfãos do IPI - Por outro lado, o grupo Veículos acusou sua terceira alta consecutiva, com incremento de 1,03%. Em maio, os preços médios da atividade haviam registrado elevação de 0,42%. A variação mais significativa foi percebida em veículos novos (2,04%). Dietze explica que “o fim do benefício fiscal de redução do IPI e os reajustes sucessivos nas matérias-primas, principalmente aço, são os principais responsáveis por este resultado”. O segmento acumula alta de 0,57% no primeiro semestre do ano e deve manter-se em trajetória de elevação como consequência dos maiores custos de produção.

O segmento de Vestuário, Tecidos e Calçados passou de 0,46% em maio para 0,74% verificados em junho. Com a chegada do inverno e das temperaturas mais amenas, as vendas do segmento ganham impulso e, assim, seus preços tendem a subir. As maiores elevações foram constatadas em calçados e acessórios de vestuário (1,24%), artigos de cama, mesa e banho (1,18%), roupa infantil (0,81%), roupa masculina (0,60%) e roupa feminina (0,42%). Na primeira metade de 2010, os preços da atividade acumulam 1,29% de alta. “Em julho, esse setor deve iniciar o período de liquidação para a queima de estoque e isso tendo a pressionar os preços”, projeta Dietze.

Padarias acusaram incremento de 1,11% em junho. As pressões estão localizadas no subgrupo Outros Produtos, sendo que o reajuste do cigarro é o principal responsável por este comportamento, que ficou cerca de 4,64% mais caro. Em 2010, a atividade acumula variação positiva de 3,73%.

Outros setores que finalizaram junho com preços mais elevados: Materiais de Construção (1,45%), Móveis e Decorações (0,82%), Floriculturas (6,98%), Óticas (1,04%) e Eletrodomésticos (0,27%).

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias e respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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