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17/07/2010 - 10:12

Como viver em um país com juros de primeiro mundo?

O Brasil está caminhando para ter juros de primeiro mundo. Estamos falando da nossa taxa básica de juros, a Selic, referência para aplicações financeiras de renda fixa, que ano após ano vem caindo com pequenos repiques de alta, mas vem caindo. E com esse novo cenário, os brasileiros vão ter que fazer outros planos para a sua tão sonhada independência financeira.

Ganhar dinheiro com a renda fixa no Brasil “era uma grande moleza”, como diria um comentarista esportivo. Em 2002 a taxa Selic chegou a bater 25% ao ano. Especialistas em finanças pessoais em suas palestras ensinavam a alquimia para garantir o seu futuro: bastava apenas guardar uma quantia X mensal por um período de uns 25 a 30 anos que a “pedra filosofal” dos juros faria o encantamento. E os gráficos mostravam como essa pedra mágica funcionou nos 20, 30 anos passados. Quem fez, com certeza está feliz. E quem não fez? É hora de começar, mas tem dois problemas: A taxa Selic hoje está a 10,25%, e como dizer para uma pessoa que tem seus 40, 50 anos que ela tem que poupar uma quantia X (cada vez maior com o passar dos anos e com a baixa dos juros) durante 25 a 30 anos? Apenas para lembrar, um dos países de primeiro mundo que tem a maior taxa de juros hoje é a Austrália, que está beirando os 4% ao ano. Existem países que beiram os 1%.

O conforto da renda fixa está acabando. As pessoas vão ter que começar a se mexer mais, a se arriscar mais, para garantir a sua independência financeira. É para essas pessoas que o método de desenvolvimento financeiro e pessoal MoneyFit foi criado.

O poupar hoje ainda é necessário, mas já não é mais o bastante. Em uma escala evolutiva pessoal, podemos dizer que o primeiro degrau seria o “devedor”. Esse, enquanto não for resolvido, não tem muito o que ser feito, devido a “mordida” dos juros das instituições financeiras que emprestam dinheiro. Depois vem o estado “equilibrado”, onde as despesas se equilibram com os ganhos. Após esse estado, temos o “poupador”, que monta o seu “bote salva vidas” em uma aplicação segura para momentos de “tsunamis financeiros” como uma perda de emprego, doença na família, reforma emergencial, por ai vai. E depois? Depois vem o estado que poucas pessoas se preocupavam ou se preocupam, que é o estado “investidor”.

Quando falamos em investir, não falamos apenas em abrir uma empresa, uma franquia ou colocar nosso dinheiro no mercado de ações ou de imóveis. Podemos investir na nossa carreira, em um novo emprego, um novo relacionamento, ou até mesmo em ter mais situações de “sorte” na vida. Mas como ter mais sorte, aquele momento “hora e lugar certo”? Se expondo mais é apenas uma das respostas, existem outras ações que podemos tomar para aumentar esse fator a nosso favor. O problema das pessoas que se dispõem em arriscar mais é saber quando parar, a chamada “parada de perda”. Nos investimentos, nos relacionamentos, naquela eterna promessa de promoção ou de aumento de salário, devemos saber quando parar quando a situação for contrária a planejada. E será que aquele “brilhante” investimento é tão bom assim? Ou será um golpe de quem quer tomar o nosso dinheiro? E como lidamos com o dinheiro? Gostamos realmente de dinheiro ou apenas do que ele nos proporciona?

Após tudo isso de informação, parece que ficou mais difícil alcançar a nossa independência financeira. Até diria que felizes eram os nossos pais, que ganharam dinheiro com as generosas taxas de juros de tempos atrás e de quem guardou o dinheiro do cafezinho e poupou durante 30 anos. Mas o bom do nosso mundo atual é que ele é dinâmico. Ficou um pouco mais “turbulento”, mas diria que ficou excelente para quem sabe surfar.

. Por: Antonio De Julio, especialista em finanças e desenvolvimento pessoal do MoneyFit| www.moneyfit.com.br

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