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20/07/2010 - 09:53

Governo do Estado acerta agenda de ações com Light e CEG para aumentar a segurança nas galerias subterrâneas

Concessionárias vão elevar inspeções e investimentos em suas redes de distribuição.

Rio de Janeiro – O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, se reuniu hoje com os presidentes da Light, Jerson Kelman, da CEG e da CEG Rio, Bruno Armbrust, e da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), José Carlos dos Santos Araújo, para adoção de medidas a fim de prevenir acidentes nas galerias subterrâneas do Rio de Janeiro. Após a reunião, Bueno anunciou que as inspeções realizadas conjuntamente pelas empresas desde 2006 nas caixas de passagem serão ampliadas de 9 mil/ano para 16 mil/ano. Esse trabalho de rotina será ampliado ainda para as caixas transformadoras da Light, considerado ponto sensível por ser a parte da rede onde ocorrem as mudanças de tensão de energia elétrica.

O secretário assegurou ainda que as empresas estão realizando investimentos para modernizar a rede e prevenir explosões, como as que têm sido registradas recentemente na cidade. Segundo Bueno, a Light confirmou na reunião de hoje que aumentou de R$ 450 milhões para R$ 520 milhões o investimento realizado em sua rede. A empresa também informou que contratou e está treinando 200 funcionários, além de buscar nova tecnologia para detectar problemas nas caixas transformadoras e de passagem. A previsão é que, em quatro anos, toda a rede de galerias subterrâneas da cidade esteja totalmente sob controle.

- Até 2013, toda a rede de ferro fundido da CEG (cerca de 300 quilômetros do total de quatro mil quilômetros) será substituída por aço carbônico. Até 2014, toda a rede elétrica subterrânea da Light, que representa cerca de 30% de seu total, estará revista – afirmou o secretário.

Segundo o secretário, a Light alegou que está com dificuldade para antecipar a solução do problema, pois depende de pessoal qualificado e de fornecimento de novas tecnologias, o que exige prazo maior.

- As empresas estão fazendo investimentos, mas existe um problema de mão de obra e de fornecedores de equipamentos. A Light não tem pessoal para fazer a troca (serviço que antes era terceirizado) e quem fornece não poderia atender, pois a demanda é muito grande. Infelizmente, a solução que é dada agora é a possível. Se houvesse uma solução de curto prazo, ela seria dada – explicou o secretário.

Bueno afirmou ainda estar convencido de que os investimentos realizados este ano não resolvem o problema, mas que estão sendo aplicados todos os recursos possíveis na dimensão correta.

- Os investimentos da Light antes eram direcionados à rede aérea, que concentra cerca de 70% dos consumidores. Agora está havendo uma inversão de prioridades e a rede subterrânea, que é antiga e apresenta fragilidade, está recebendo maior atenção – acrescentou o secretário.

Bueno disse que os incidentes podem ser causados por fatores diversos, como: fagulha elétrica com presença de gás natural; fagulha elétrica com presença de gás metano; curto em caixas de passagem da Light e vazamento de óleo de transformadores.

A reunião realizada hoje na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi convocada para que as empresas pudessem esclarecer os recentes incidentes ocorridos e as providências que estão sendo tomadas para prevenir novas ocorrências, com objetivo de zelar pela segurança dos cidadãos fluminenses e também cobrar a melhoria dos serviços prestados.

Bueno destacou que a fiscalização da Light não é uma atribuição do governo estadual, já que a concessão é regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Governo Federal, “o que não significa que este não cobra e discute soluções”. Já a distribuição de gás, realizada pela CEG e pela CEG Rio, é concessão estadual, sendo fiscalizada pelo Governo do Estado, por intermédio da Agenersa.

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