O relógio atômico mais preciso da America do Sul chegou ao Brasil

Um relógio atômico que utiliza o Hidrogenio está em funcionamento desde o dia 1º de julho de 2010, no subsolo da Divisão Serviço da Hora do Observatório Nacional, do Ministério da Ciência e Tecnologia, no Imperial Bairro de São Cristovão, no Rio de Janeiro, segundo informação do Eng. Ricardo José de Carvalho chefe da divisão. Mantido em uma sala especial,com temperatura e umidade constantes, o Maser Symmetricon, dos Estados Unidos, que a partir da confirmação do pedido para sua aquisição leva seis meses para ser fabricado. O processo de aquisição passa ainda pelo Departamento de Defesa do governo americano, para obter a sua autorização de exportação, já que é um equipamento de mais alta precisão de geração de tempo. O custo do padrão atômico (como é chamado o relógio atômico pelos engenheiros) foi de 215 mil dólares americanos, pago através de projeto de Tempo e Frequencia oriundo de recursos vindo da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O Maser que utiliza o Hidrogenio, o combustível do futuro, tem precisão de atrasar ou adiantar 1 segundo em dez milhões de anos. "É o mais preciso da América do Sul", segundo Carvalho. Esta nova aquisição tecnologica coloca o país num dos patamares de hora mais precisa no mundo. Esse é o 11o relógio atômico do Observatório Nacional, sendo que tres deles, de Césio, estão no Supremo Tribunal Federal - STF, NIC-BR, e na Global Crossing. Estes componhem a rede de auditoria e sincronização do carimbo de tempo. O primeiro relógio atômico do Brasil data de maio de 1970, quando entrou em operação, também fabricado nos Estados Unidos, pela firma Hewellt Packard, que levava 3.300 anos para adiantar ou atrasar 1 segundo e está exposto no saguão de entrada da Divisão Serviço da Hora do ON.| Por: Marcomede Rangel, do Observatório Nacional.