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21/07/2010 - 10:16

Estudo do BCG aponta que e-readers e tablets devem se tornar dispositivos muito populares no mercado

Levantamento mostra que mais da metade de todos os consumidores planejam comprar um iPad, Kindle ou dispositivo similar nos próximos três anos.

E-readers e tablets, até agora considerados produtos de nicho para aficionados de tecnologia, estão prestes a se tornar muito populares e bem-sucedidos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo The Boston Consulting Group com quase 13 mil consumidores em 14 países, incluindo China, Índia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Dentro de um ano, 28% de todos os entrevistados – e 51% dos que estão familiarizados com os dispositivos – planejam adquirir um e-reader ou tablet. E, em três anos, 49% dos entrevistados – e 73% dos já familiarizados – planejam uma compra.

Se isso ocorrer, os e-readers e tablets terão se estabelecido como produtos de consumo, da mesma forma que televisores, computadores pessoais e telefones móveis como BlackBerry e iPhone. Eles podem até mesmo trazer novas esperanças para a indústria editorial, que luta para gerar resultados com conteúdo on-line.

“A pesquisa sugere que os e-readers e tablets não são apenas produtos de nicho para fãs de tecnologia, mas podem vir a ser os MP3 players desta década. As vovós logo estarão carregando os seus”, diz John Rose, líder global da divisão de Mídia do BCG.

Os e-readers, forma abreviada de “electronic book readers” (leitores de livros eletrônicos), já existem há alguns anos, mas ganharam massa crítica no final de 2007, quando a Amazon lançou o Kindle. Em março, a Apple contra-atacou com o tablet iPad, capaz de executar diversas tarefas além de ler, tais como navegar na web, assistir a vídeos, compartilhar fotos, enviar e receber e-mails.

Os consumidores, claramente, querem fazer muito mais que ler com esses dispositivos, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 66% gostariam de adquirir um dispositivo multifuncional, enquanto 24% preferem um dispositivo de função específica, como é o caso do Kindle. O restante ficou indeciso.

Contudo, a aceitação em massa dos e-readers e tablets ainda não está garantida, a não ser que os preços caiam substancialmente. Nos Estados Unidos, os consumidores só estão dispostos a pagar até US$ 200 por um dispositivo multifuncional, bem abaixo do preço inicial do iPad, US$ 499.

Os consumidores também expressaram um grande desejo de liberdade de escolha na hora de adquirir conteúdo, em vez de estar presos a uma fonte única, como a loja iTunes. Mais de 80% dos consumidores interessados em adquirir um e-reader ou tablet disseram que comprariam mais conteúdo, se houvesse mais lojas disponíveis.

“A pesquisa sugere que a estratégia da Apple de oferecer um alto grau de funcionalidade faz sentido”, diz Dominic Field, líder da divisão de Mídia do BCG nos EUA. “Porém, os resultados também questionam a preferência da Apple por um sistema fechado.”

A pesquisa reserva boas notícias para os provedores de conteúdo. Eles têm visto os e-readers e tablets como novas fontes potenciais de receita para compensá-los pela perda de negócios em produtos tradicionais. Nos Estados Unidos, os consumidores estão dispostos a pagar de US$ 2 a US$ 4 por uma única edição de uma revista on-line, comparável ao custo da versão impressa, e US$ 5 a US$ 10 pela assinatura mensal de um jornal on-line. Embora isso seja menos que o preço de uma assinatura impressa, a versão digital tem menor custo de produção. Os consumidores estão dispostos a pagar apenas entre US$ 5 e US$ 10 por livros digitais, portanto, abaixo do preço pretendido pelos editores.

O levantamento descobriu que mais de 90% dos interessados em comprar um e-reader nos próximos três anos usariam o dispositivo para ler livros eletrônicos, e mais de 80% usariam para ler versões on-line de revistas e jornais.

Metodologia da pesquisa - A pesquisa foi conduzida via web em março. Um total de 12.717 pessoas participaram, em 14 países: Alemanha, Austrália, Áustria, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Noruega e Reino Unido. Havia pelo menos 950 participantes em cada país, exceto na Áustria (697), China (813), Finlândia (696) e Noruega (697). As pessoas foram divididas igualmente entre homens e mulheres. Vieram de todas as partes de cada país, exceto da Austrália, China, Índia e Coreia do Sul, onde estavam mais concentradas nas regiões metropolitanas. Todos os participantes eram usuários da web e leitores de livros, revistas ou jornais impressos.

The Boston Consulting Group (BCG) - Fundado em 1963, o The Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa global de consultoria de gestão, líder mundial em estratégia de negócios. Atua em parceria com empresas de todos os setores e regiões, para identificar as oportunidades que gerem mais valor, abordar os desafios mais importantes e transformar o negócio de seus clientes. A empresa acredita que as melhores práticas ou benchmarks raramente são suficientes para criar valor permanente, e que uma mudança positiva requer novos insights sobre economia, mercados e dinâmica organizacional.

O BCG está presente em 40 países, por meio de 69 escritórios. A sede de São Paulo foi inaugurada em 1997 e, desde então, a empresa tem apoiado companhias líderes em seus segmentos de atuação, tanto nacionais quanto multinacionais, a refinar e implementar estratégias, aprimorar a estrutura organizacional e a explorar as mais diversas oportunidades de criação de valor. [www.bcg.com].

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