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22/07/2010 - 07:53

6ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros

Novas estratégias de negócios.

Passado o pior da crise, não há dúvidas sobre os impactos globais da recessão. Os sinais de recuperação, porém, começam a aparecer em várias partes do mundo e, em especial, nos países emergentes. É o caso do Brasil, que após registrar queda de 0,2% no PIB em 2009, entrou novamente em ritmo de crescimento acelerado.

O combate à crise financeira ao longo de 2009 exigiu mudanças profundas nas estruturas das companhias. Globalmente, 88% dos CEOS afirmaram ter promovido reduções de custos, 20% desistiram de investimentos ou saíram de algum mercado e 18% se retiraram de uma aliança estratégica ou de uma joint-venture. O cenário brasileiro não é muito diferente quanto à necessidade de reestruturação dos negócios pós-crise: houve reduções de custos e desistências de investimentos.

Mesmo assim, o nível de confiança entre os líderes brasileiros é o mais alto verificado pela pesquisa da PriceWaterhouseCoopers: 47% responderam estar muito confiantes quanto à perspectiva de aumento de suas receitas neste ano. No caso brasileiro, a situação é particularmente favorável já que a maioria dos CEOs (53%) aponta que os negócios no seu setor não estão mais em desaceleração.

Em termos globais, apenas 23% dos respondentes disseram acreditar que suas empresas já começam a se recuperar da crise financeira. Os líderes dos países desenvolvidos, por sua vez, são os que menos vislumbram recuperação. Para 37% dos líderes europeus e 33% dos americanos, seus negócios voltam a crescer somente no segundo semestre de 2010 e nas duas regiões outros 30% acreditam que a recuperação se dará somente em 2011.

A Força dos Emergentes - Quando perguntados sobre as perspectivas para seus países e negócios, o cenário desenhado pelos CEOs brasileiros é consistentemente mais positivo do que o dos países desenvolvidos. Há sinais de recuperação também na Ásia e na América do Sul. O otimismo brasileiro confirma a expectativa expressada na pesquisa anterior de que um novo grupo de países emergiria da crise, desafiando o poder econômico, político e cultural do G8. Globalmente, a análise dos CEOs indica que a recessão e sua subsequente recuperação podem ter acelerado a tendência de crescimento de algumas economias emergentes, como Brasil, China e Índia. Os dados mostram que os líderes empresariais do G8 estão muito mais cautelosos a curto prazo do que os do G20.

Os próprios CEOs de países do G8 acreditam que a recuperação dos seus pares do G20 será mais rápida. A realidade confirma a previsão. No caso do Brasil, a recuperação realmente já está em marcha. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do País recuou 0,2%, a primeira baixa desde 1992, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, no quarto trimestre de 2009, a economia brasileira subiu 4,3% frente a igual período de 2008. Mantidas as condições, espera-se para 2010 um crescimento do PIB brasileiro entre 5% e 6%.

O estudo “Convergence, Catch up and Overtaking: How the balance of world economic power is shifting”, divulgado no final de janeiro de 2010 pela PricewaterhouseCoopers (disponível no site www.pwc.com), analisa detalhadamente o novo balanço do poder global que deve alterar o atual status econômico mundial.

A nova década vai se caracterizar pela consolidação dessa mudança, com a tendência de o PIB das economias emergentes superarem o das economias que hoje compõem o G7. Até 2019, a soma dos PIBs do grupo chamado no estudo de E7 (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia) será equivalente ao total dos PIBs do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá). A partir de 2020, o E7 deve superar o G7. E em 2030, o PIB total do E7 será 30% maior que o do G7. De acordo com as projeções, a China vai se tornar a maior economia mundial e o Brasil alcançará o quinto lugar.

Emprego em recuperação: Onde serão criados postos de trabalho? . Um olhar detalhado sobre o que está acontecendo com o mercado de trabalho é fundamental para avaliar o nível de recuperação do setor privado. A força da crise econômica levou cerca de metade das empresas pesquisadas globalmente a efetivarem cortes de pessoal no ano passado. Mas a pesquisa atual mostra que, apesar de muitas companhias ainda preverem cortes, uma boa parcela (39%) deverá fazer novas contratações nos próximos 12 meses.

De novo, o Brasil aparece na liderança, seguido pela Índia e pela China, como o país mais disposto a novas contratações. Somados os percentuais de quem respondeu que irá aumentar sua força de trabalho em até 5%, entre 5% e 8% e mais de 8% em 12 meses, 65% dos líderes estão prevendo novas contratações. Olhando os dados do passado recente, a situação brasileira também é melhor do que a maioria dos cenários econômicos dos outros países porque apenas 26% dos CEOs brasileiros disseram ter feitos cortes dos últimos 12 meses, contra 69% nos Estados Unidos e 57% na Europa Ocidental.

Independentemente da região do planeta, a atração e retenção de talentos continuam como umas das principais vantagens competitivas para os CEOs. A falta de profissionais capacitados voltou a figurar entre as maiores preocupações na pesquisa deste ano. Globalmente, 51% dos líderes consideram que a escassez de profissionais com as competências necessárias ameaça aos negócios. No ano passado, a necessidade de lidar com as questões emergenciais gestadas pela crise colocou o tema em segundo plano e apenas 34% consideravam essa questão um risco.

No Brasil, esse é um dos principais temores para o crescimento sustentado dos negócios. No país, 63% dos líderes responderam estar preocupados com a falta de profissionais qualificados. Essa preocupação supera outras ameaças vislumbradas pelas lideranças brasileiras, como custos de energia, mudanças climáticas ou escassez de recursos naturais. Os CEOs em geral, e especialmente no Brasil, demonstram estar cada vez mais céticos sobre a capacidade de os governos formarem mão-de-obra qualificada e teme-se um gap de talentos. Tal situação se agrava no caso dos países que devem vivenciar forte crescimento na próxima década, como os que compõem o E7. A área de gestão de pessoas aparece como crítica para os líderes brasileiros. Entre as estratégias pós-crise que eles pretendem adotar estão:

1) gerenciar as pessoas por meio de mudanças, incluindo a redefinição de papéis dentro da organização (84%) | 2) treinamento de capacitação(91%); criação de oportunidades para que os colaboradores se engajem em atividades de responsabilidade social (96%); adoção de ambiente de trabalho mais flexível (75%).

No médio prazo, a recuperação é global - Embora a crise tenha se revelado mais intensa do que a maioria dos CEOs esperavam na pesquisa anterior, a grande maioria dos líderes antevê que a recuperação acontecerá a médio prazo. Quando perguntados sobre a perspectiva para os próximos três anos, os CEOs em geral se mostraram muito otimistas. A maioria dos líderes acredita que a recuperação ocorrerá dentro desse período. Na verdade, eles demonstram o mais alto nível de confiança a médio prazo já verificado na pesquisa ao longo das suas 13 versões.

A confiança generalizada demonstra que as empresas esperam ter se reposicionado estrategicamente para capturar uma maior fatia de mercado mesmo antes de uma recuperação de demanda mais generalizada. Essa tendência se reflete também no fato de a maioria dos líderes globais estar focada nos seus mercados atuais. Poucos estão apostando em expansões em outras regiões ou em desenvolvimento de novos produtos. A exceção fica por conta do potencial dos mercados emergentes. Como ressaltou Bruno Lafont: “Os esforços de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos vão se direcionar cada vez mais para os países emergentes. Por que restringir a inovação a apenas 20% do mercado?”, se referindo aos países desenvolvidos.

Os novos membros do G20 são os mais otimistas, mas também os mais preocupados com potenciais ameaças ao desenvolvimento dos seus negócios a médio prazo. As ameaças giram em torno de questões como regulação excessiva, volatilidade do câmbio e os custos de energia. Como resposta, eles estão priorizando o aprimoramento dos seus sistemas de gerenciamento de riscos. Retorna este ano ao topo das preocupações dos líderes brasileiros o temor com a regulação excessiva (70%). Essa também foi considerada a principal ameaça ao sucesso dos negócios nas três primeiras edições da pesquisa.

Na 4ª edição, de 2008, a maior preocupação era a incerteza quanto a capacidade na oferta de energia e na 5ª, no ano passado, a recessão nas principais economias mundiais era considerada o problema-chave. Logo em seguida na lista de preocupações, vem a falta de profissionais qualificados (63%) e a volatilidade no mercado de câmbio (53%).

PricewaterhouseCoopers (www.pwc.com) é um network global de firmas, totalmente separadas e independentes, que presta serviços de auditoria, assessoria tributária e societária e assessoria em gestão empresarial com foco em segmentos econômicos específicos. Mais de 163 mil profissionais em 151 países conectam seu conhecimento e experiência para criar valor aos clientes das firmas membro e seus stakeholders.

No Brasil, contamos com 16 escritórios e uma equipe com cerca de 4.000 profissionais. Nossos clientes dispõem do trabalho de equipes multidisciplinares de especialistas capazes de desenvolver as soluções mais adequadas às suas necessidades.

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