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23/07/2010 - 08:03

Gol/Touché Super vence outra e está perto do título da ORCi 500 da Rolex Ilhabela Sailing Week


Na S40, o Pajero, de Eduardo Souza Ramos, lidera a classe com tranquilidade.

Ilhabela (SP) - O Gol/Touché Super, do comandante Ernesto Breda, venceu a única regata do dia 22 de julho (quinta-feira), da ORC Internacional 500 da 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week e ampliou a vantagem na liderança geral da classe, com apenas 7 pontos perdidos. O B&C 46 pés tem 6 pontos a menos sobre o Loyal/Carmim, de Marcelo Massa, e o chileno Itaú, de Cristobal Lira, que dividem a segunda colocação. O Touché Super pode ser campeão nesta sexta-feira, caso termine a regata de percurso, a partir das 11 horas, no Canal de São Sebastião, até o quinto lugar.

"Estivemos nos últimos dois anos muito perto do título e perdemos no último dia. Fizemos uma boa autocrítica para ver o que estava acontecendo de errado. O barco passou por algumas adequações e trocamos o tático, que agora é o Samuel Albrecht, o Samuca", comentou Breda, que não quer comemorar a vitória antes da hora. "A competitividade está muito grande e não podemos vacilar. Nossos principais adversários otimizaram os barcos e todos estão andando mais rápido."

Segundo colocado na classificação geral, o veleiro chileno Itaú é o grande adversário estrangeiro dos brasileiros este ano. O Soto 42 pés é um dos barcos mais modernos do mundo de IMS porque anda muito rápido e "paga pouco" no rating. "Erramos na primeira regata e os adversários também podem errar", disse o comandante Cristobal Lira, referindo ao Gol/Touché Super e ao Loyal/Carmim.

Lira tem 24 anos e a média de idade de sua tripulação é de 25 anos. Um dos integrantes da equipe é bem conhecido no Brasil: é Felipe Etchenique, um chileno atletas olímpico radicado há 30 anos no País.

Torben faz 50 anos e Lars vence regata - Na Classe S40, a mais moderna da competição, o barco chileno Celfin Capital venceu a regata desta quinta. O comandante Jorge Errázuriz creditou o mérito da vitória ao trabalho tático de Lars Grael. "Ele resolveu levar o barco mais perto da terra, ao contrário dos outros. Seguimos a orientação e assumimos o risco. É muito agradável vencer", comemorou Errázuriz, que além de Lars tem o brasileiro Clínio de Freitas na tripulação.

O barco chileno não esperava a vitória por disputar o seu primeiro campeonato e reunir a tripulação pela primeira vez. Na mesma situação, está o tático Torben Grael, no Mitsubishi/Gol. Apesar de estar se adaptando ao S40, o veleiro ocupa a segunda colocação, com 15 pontos perdidos, contra 9 do líder Pajero, de Eduardo Souza Ramos. Torben comemorou nesta quinta 50 anos.

"Estou recebendo parabéns o dia todo e é bom fazer aniversário velejando com a família", disse o melhor iatista do mundo de 2009, eleito pela Federação Internacional de Vela, que tem a companhia do filho Marco, no timão, e da mulher Andrea, na secretaria. A filha Martine está competindo no HPE1, da Marinha do Brasil.

Cautela - Eduardo Souza Ramos também prefere ser cauteloso ao comentar as suas possibilidades de ser campeão. "Obtivemos a nossa pior colocação nesta quinta, um quinto lugar, que foi descartado. A classe é muito competitiva, com todos os barcos muitos iguais, Não dá para cantar vitória antes da hora."

Numa quinta-feira, de muito sol e calor de 29º graus, Ilhabela teve um dia perfeito para a competição. Ventos de 12 nós, na direção leste, levaram as regatas para a Ponta da Canas, no extremo norte da ilha, com as provas sendo realizadas em mar aberto.

A Rolex Ilhabela Sailing Week recebeu uma visita especial: o cantor e ator Toni Garrido, que faz campanha para as pessoas pintarem os telhados de branco e, assim, diminuir em um grau centígrado a temperatura média do planeta. Garrido assistiu às regatas e, no final do dia, deu um show para os velejadores.

Na ORC Internacional 600, a competição está bem equilibrada. O Beneteau 40.7 Zeus, de Inácio Vandressen, manteve a liderança, com 10 pontos perdidos - 1 a menos do que Trip 33 San Chico 2, de Francisco Freitas, seguido do Beneteau 40.7 Ventaneiro, de Renato Cunha, com 14. Ventaneiro luta pelo tricampeonato do torneio.

Matrero, o segredo do sucesso - Mesmo com uma crise no ciático, que impede muitos de seus movimentos a bordo, o comandante argentino Toríbio de Achaval está no comando do veleiro Matrero, líder da ORC Club 600 da 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week e campeão do Circuito Atlântico Sul Rolex Cup, primeira etapa do Campeonato Sul-Americano de Vela de Oceano, que termina agora em Ilhabela.

Ao contrário das outras classes, formadas por barcos novíssimos e cheios de tecnologia de última geração, Matrero, um Frers de 50 pés, completa este ano 40 anos - 31 dos quais nas mãos de Achaval, um "marinheiro" que nasceu num barco. "Costumo dizer que tenho 75 anos de idade e de vela", disse o comandante, que participa da Rolex pela nona vez consecutiva e tenta a sétima vitória, uma campanha espetacular.

Apesar de "idoso", o Matrero, um gigante de 17 toneladas, está completamente atualizado com as regras do esporte de 2010. "Passamos por ajustes anuais. Nossas velas e casco são muito bons, assim como a tripulação, totalmente entrosada. Alguns estão comigo há 33 anos", falou o comandante.

Filho, pai, avô, primo e tio de velejadores de Buenos Aires, Toríbio de Achaval fez questão de velejar da Argentina até Ilhabela juntamente com a tripulação. A embarcação precisou de oito dias para vencer as mil milhas (cerca de 1.800 quilômetros) de distância.

"Quem nasceu no mar não vê nenhum problema em velejar, sozinho ou em flotilha. É sempre um prazer", completou Achaval. Talvez aí, no prazer, esteja o segredo de seu sucesso no esporte.

Matrero tem oito pontos perdidos, seguido de Miragem, de Paulo Roberto Freire, também com 8, e de Vizcaya, de Guilherme Bungner, com 12.

Na ORC Club 670, os catarinenses dominam. Katana/Energia, de Fabio Filippon, lidera a classe, com 7 pontos perdidos, seguido de Best Fellow/GND Construtora, de Leonardo de Boni, com 9, e de Kiron III, de Leonardo Guillermo Cal, com 13.

Após cinco regatas e um descarte, Angela VI, de Renato Plass, lidera a ORC Club 700, com 6 pontos, seguido de Diferencial/Semp Toshiba, de Fernanda Oliveira, com 8, e de Saruê, Diego Zaragoza, com 10.

Artemis mantém liderança no HPE25 - Com um quarto e um segundo lugares, o veleiro Artemis, de Felipe Whitaker, manteve a liderança da Classe HPE25, com 11 pontos perdidos, depois de seis regatas e um descarte. Max, de Anderson Biason, ocupa a segunda colocação, com 14, seguido de Caninana, do comandante Thiago Reis. "Estou no lugar do Jorge Nasser, que precisou viajar", disse Thiago, que é local de Ilhabela e trabalha na Barracuda, de Nasser, no Rio de Janeiro. "É muita responsabilidade representá-lo."

Líderes seguem sem alteração na RGS - As regatas realizadas nesta quinta-feira não alteraram a classificação das classes RGS. O Cinco Los Niños, de Osvaldo Ceccon, segue líder na RGS-A, após um segundo e um primeiro lugar. Na RGS-B, o Moleque, de Marcelo Gusmão, aumentou sua vantagem, pois venceu a única regata do dia.

O mesmo aconteceu com o Zephyrus/Tempo, de Tarcísio Mattos, que ficou em segundo na regata desta quinta, atrás do Xiliki, mas ainda segue líder. Na RGS-Cruiser, o Apoena, de Marcos Oliveira Cesar, ficou em quinto, viu o Cocoon diminuir a diferença, mas manteve a ponta.

A Rolex Ilhabela Sailing Week, o principal evento náutico da América Latina, tem patrocínio titular da Rolex, assim como patrocínios ouro da Mitsubishi Motors e da Semp Toshiba e prata do Bradesco Private. O evento tem ainda os apoios da Marinha do Brasil, da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano (ABVO), da Classe S40, da Classe HPE25, da Classe BRA-RGS, do Yacht Club Argentino, da Prefeitura Municipal de Ilhabela, Marinha do Brasil, Stella Artois, Med Salva, Holt Nautos, Brancante, Hertz, Zeta Estaleiros e Climatempo. A organização, sede e a realização são do Yacht Club de Ilhabela.[ www.risw.com.br | www.kpms.com | www.zdl.com.br | www.risw.com.br | twitter: twitter.com/ZDLcomunica].| Alex Bocage e João Pedro Nunes.

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