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23/07/2010 - 09:14

Educação é prioridade de todos

Conforme última Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, demonstrando que os gastos das famílias brasileiras com educação não ultrapassam 3% dos orçamentos familiares nos centros urbanos, e 1,3% nas zonas rurais, constata-se o imenso vazio que as políticas públicas de todos os governos na área educacional, carrearam ao longo das últimas quatro décadas de nossa história.

Em relação à Inclusão Escolar, a Educação Brasileira ainda não viu priorizada na mesma proporção, a tônica da qualidade do ensino e as competências de aplicação das metodologias político-pedagógicas. Ficamos à margem de muitos países que sempre entenderam o processo educacional como fonte prioritária de desenvolvimento econômico, social e tecnológico.

Uma breve análise dos dados contidos na pesquisa realizada pelas consultorias: Economist Intelligence Unit, de Londres/Inglaterra, e Heidrick & Struggles, de Chicago/Estados Unidos da América, encomendada pela UNESCO e divulgada pela BBC Brasil, revela que o país tem uma relação deficitária de professores para alunos no ensino secundário, que é de 1 para 22, contra 1 para 10 da Itália e 1 para 14 dos Estados Unidos e do Canadá.

Em relação à capacidade do país de formar ou atrair profissionais qualificados, da 23ª posição em 2007, o país deve cair para 25ª em 2012, em um ranking de 30 países escolhidos pelas duas consultorias.

Na América Latina, a Argentina e o México também foram escolhidos e ambos tiveram desempenho melhor que o brasileiro: a Argentina ficou na 17ª posição, enquanto o México, na 21ª. Em 2012, África do Sul e Egito, que hoje estão atrás do Brasil no ranking, devem ultrapassar o país.

Os países foram medidos nos critérios: qualidade da educação obrigatória; das universidades de negócios; incentivos para jovens talentosos; mobilidade e abertura do mercado de trabalho; crescimento demográfico; propensão a atrair investimentos externos e a atrair novos talentos.

A Educação no Brasil já atingiu o status de ponto de estrangulamento nas mesmas proporções que a inflação inviabilizava nossa economia. Os esforços para isso tornaram-se visíveis, com as deliberações da Conferência Nacional de Educação - CONAE, na qual a União Geral dos Trabalhadores (UGT) esteve presente onde se pensou e se propôs encaminhamentos como política prioritária de Estado, e não de governo, a ser aplicado nos próximos 10 anos.

As ações na Educação devem ser coordenadas entre Estado, Sociedade Civil e todos os atores envolvidos, incluindo-se a Iniciativa Privada, Partidos Políticos, Centrais Sindicais, Sindicatos e Associações de Pais e Mestres.

Dentre todos os fatores importantes para se atingir o nível ideal de qualidade na Educação, está a necessidade de atualização do corpo docente brasileiro, principalmente nas séries iniciais e ensino médio, juntamente com a valorização destes profissionais tanto no que se refere à remuneração quanto a melhores condições de trabalho.

O tempo para se apontar culpados pelas decisões equivocadas e omissas, já passou, temos que unir esforços conjuntos para a tomada de decisões urgentes, sérias e factíveis. De um lado, o Estado, de outro, a família brasileira e por fim, as instituições de defesa dos interesses sociais, como o Ministério Público, ONGs e Centrais Sindicais.

. Por: Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

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