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19/06/2007 - 10:34

Curso de criação de rãs na Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro


A Superintendência de Difusão da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, com sede em Niterói, está oferecendo curso livre de criação de rãs. As aulas terão início no dia 22 de junho e o pagamento da taxa de inscrição pode ser feito na própria Secretaria, na Alameda São Boaventura 770, no Fonseca, em Niterói, Rio de Janeiro.

Durante o curso, os alunos terão aulas sobre o cultivo de organismos aquáticos e qualidade da água, introdução à ranicultura, sistemas de criação em ranicultura, e alimentação de rãs. Uma visita técnica a um ranário, em Cachoeiras de Macacu, nas Baixadas Litorâneas, também está previsto na programação.

A carne de rã é nobre e com baixíssimos índices de gordura e colesterol. É a única que possui em sua composição aminoácidos essenciais não produzidos pelo organismo. Recomendada em dietas no pós-operatório e em tratamentos especiais em quadros clínicos alérgicos, suas propriedades vão além das características nutricionais e conquistam a gastronomia, sendo muito apreciada na elaboração de sofisticados pratos.

De acordo com os técnicos da Secretaria de Agricultura, a rã pode ser criada comercialmente, gerando lucro ao produtor ao agregar valor ao seu empreendimento rural. A cidade do Rio de Janeiro é o segundo maior mercado consumidor de carne de rã, no país, perdendo apenas para São Paulo. Existem no estado do Rio cinco unidades inspecionadas de abate de rã – duas com inspeção federal (SIF) e três estaduais (SIE). Em Cachoeiras de Macacu está localizado o maior abatedouro fluminense, a Coopercrãma, único com habilitação para exportação dos seus produtos.

Um ranário de porte médio, com 500 m2 de área construída, pode gerar uma receita líquida de até R$ 2 mil por mês. O investimento inicial está na faixa de R$ 30 mil e pode ser reassimilado em 18 meses de produção contínua. Para quem pretende iniciar uma pequena criação de rãs, o veterinário da Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, André Muniz Afonso, oferece algumas dicas.

A ranicultura já dispõe de um pacote tecnológico próprio, que permite a obtenção de animais prontos para o abate em torno de seis a sete meses de vida. A rã indicada é originária da América do Norte, também conhecida como rã-touro ou touro gigante.

Um ranário convencional divide-se em: 1 - Setor de Reprodução – onde machos e fêmeas são mantidos e acasalam nos períodos de primavera e verão, podendo gerar mais de 20 mil descendentes por desova; 2 – Setor de Girinagem: composto por tanques ou viveiros onde são criadas as larvas ou girinos das rãs até que se complete a metamorfose; e 3 - Setor de engorda: composto por baias alagadas ou semi-alagadas onde as rãs são alimentadas até que atinjam o peso de abate (em média 200g).

Antes de iniciar a construção dessas instalações, o produtor deve procurar orientação com um técnico na área, pois existem limitações para a implantação de ranários em determinadas regiões, tais como a temperatura média anual, cuja mínima não deve ser inferior a 20º e máxima não superar os 30ª. O volume e a qualidade da água devem ser compatíveis com as condições de cultivo dos animais.

Informações sobre o curso de criação de rãs podem ser obtidas na Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), pelo telefone (21) 2625-6747.

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