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28/07/2010 - 08:23

Quip apresenta projeto da plataforma P-63 para o CAP/Rio Grande


Entre as pautas da 173ª reunião ordinária do Conselho de Autoridade Portuária do Porto do Rio Grande (CAP/Rio Grande), realizada no dia 27 de julho (terça-feira), pela manhã, na Sala de Reuniões da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), esteve à apresentação que abordou a construção da plataforma P-63. A reunião foi solicitada pelo CAP, devido à preocupação da comunidade portuária referente às operações da P-63 e a possibilidade de interrupção do tráfego aquaviário. A preocupação foi descartada pelos representantes da Quip durante a explanação para os conselheiros do CAP. O canteiro de obras da empresa está instalado na ponta Sul do Porto Novo, conhecido como cais público.

O gestor Executivo da Quip, José Miguel Simão Filho, acompanhado do coordenador de Atividades Navais da Quip, Alexandre Barreto, realizou uma apresentação onde apontou as diferenças entre o projeto da plataforma P-53, já realizado, e da P-63. A primeira diferença refere-se ao tamanho, sendo a P-63 menor do que a P-53: comprimento, P-63 - 334 metros e P-53 - 360 metros; boca, P-63 - 57,3 metros e P-53 - 60 metros; calado previsto para primeira atracação, P-63 - 6,5 metros e P-53 - 7,5 metros, e pontal, P-63 - 28,5 metros e P-53 - 29,1 metros. Além disso, a P-63 possui disponibilidade de máquinas e leme para manobrar o que não havia na P-53 que precisou de rebocadores para ser conduzida até o cais do Porto Novo.

Além disso, estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) sobre o canal de acesso do Porto do Rio Grande e o tráfego aquaviário aponta que a atracação da P-63 na ponta Sul do cais do Porto Novo não causará interferência no tráfego de embarcações. Outra novidade informada pelo representante da Quip foi referente a não utilização de guindastes flutuantes para deslocar os modulos, o que ocorreu durante a construção da P-53, causando interrupções do tráfego no canal de acesso ao Porto Novo. A novidade será a instalação de um guindaste de grande porte fixado em terra com capacidade de içamento de 3,5 mil toneladas e lança de 135 metros de altura. O guindaste que está em fase de produção na Holanda demanda a construção de uma base de concreto com 90 metros largura e 90 de comprimento, junto ao cais do Porto Novo, com investimento de R$ 23 milhões. Com isso, as manobras para carregamento dos módulos da área de construção para o interior da P-63, não interferirão no tráfego aquaviário.

Ainda na reunião, esteve presente o diretor geral da Quip, Miguelangelo Thome, que respondeu os questionamentos dos conselheiros do CAP. Entre eles esteve o pedido de recuo da cerca instalada próximo ao cais modernizado do Porto Novo para separar a área de construção da Quip. Thome informou que na próxima segunda-feira (2), será estabelecido cronograma para realizar o recuo de parte da cerca, o que facilitará a movimentação no cais dos caminhões que são utilizados nas operações dos navios.

Cronograma - As obras de preparação do canteiro de obras para a construção dos módulos da P-63 iniciou em maio deste ano e consumirá investimentos de R$ 30 milhões. Para dezembro próximo já está previsto o início dos trabalhos de construção dos módulos da P-63. Em outubro de 2011 chega a Rio Grande, procedente do estaleiro Cosco (China), o casco convertido do navio tanque ULCC BW Nisa (navio para estocagem de óleo combustível), que abrigará a P-63. A conclusão da plataforma está prevista para dezembro de 2012.

Do tipo FPSO (unidade produtora e armazenadora de óleo), a P-63 terá capacidade para processar 140 mil barris por dia de petróleo e 1 milhão de Nm³/dia de compressão de gás. A unidade gerará 98 Mwh de energia e armazenará até 1,4 milhão de barris de petróleo. A plataforma terá investimentos de US$ 1,3 bilhão e gerará dois mil empregos diretos. | Alan Bastos.

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