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28/07/2010 - 09:47

A Carta da Jamaica


200 anos de independência da América Hispânica

O Oi Futuro traz para o Rio de Janeiro a mostra “A Carta da Jamaica”, com obras em vídeos e fotografias de 19 artistas de 12 países, feitas especialmente para esse projeto, que busca investigar, com recursos contemporâneos, o bicentenário da independência da América Hispânica, comemorado em 2010 na Argentina, Chile, Colômbia e México, e nos próximos anos nos demais países de língua espanhola do continente.

A exposição ocupará todo o prédio do Oi Futuro no Flamengo, com 14 vídeos, seis fotografias, e duas fotoprojeções. Outro segmento da mostra, com quatro vídeos, será realizado no Museu da Maré.

“A Carta da Jamaica” reúne no Oi Futuro obras dos artistas Leticia El Halli Obeid, Laura Glusman (Argentina), Narda Alvarado, Gastón Ugalde (Bolívia), Neville D´Almeida, Regina Parra, Emmanuel Nassar (Brasil), Claudia Aravena Abughosh, Gianfranco Foschino (Chile), Humberto Vélez (Panamá), Fernando Gutiérrez (Peru), Martín Sastre (Uruguai), Alexander Apóstol (Venezuela), Christine de La Garenne (Alemanha), Bjørn Melhus (Noruega/Alemanha), Mariana Vassileva (Bulgária/Alemanha). A mostra tem patrocínio do Governo do Estado, Secretaria de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

No Museu da Maré, estarão os vídeos dos artistas Julian d'Angiolillo (Argentina), Joaquin Sánchez (Bolívia), Marxz Rosado Ríos (Porto Rico) e Bjørn Melhus (Noruega/Alemanha). A mostra na Maré tem o patrocínio do Instituto Goethe do Rio de Janeiro.

Esses artistas foram convidados a viajar e residir em várias cidades da América Hispânica, para produzirem seus trabalhos. Desde cidades tranquilas do interior, a metrópoles pujantes, locais ligados ao passado e ao presente. A exposição coloca os olhos do visitante sobre o que nem sempre está em evidência na vida latino-americana. “Por um lado, esta exposição é como um mapa ao seguir uma dramaturgia geográfica e permitir que diferentes países do continente desfilem diante de nós. Por outro, é como um feixe de tempo que explora a história, apalpando-a ano a ano”, diz Alfons Hug, curador internacional.

“A Carta da Jamaica” apresenta as contradições da realidade por meio de um tratamento estético sobre fatos culturais, políticos e geográficos da América Latina, composta por 19 nações e um total de 600 milhões de habitantes. Dos conflitos militares até as danças indígenas, passando pelo isolamento geográfico que o mar impõe às Américas.

A mostra também pode ser lida diante do pano de fundo das dramáticas transformações que a América Latina tem sofrido nas últimas décadas. Da noite para o dia, diz Hug, capitais bucólicas converteram-se em megalópoles de crescimento incontrolável, rodeadas de favelas. Duzentos anos se passaram e a independência trouxe consigo transformações profundas no mundo contemporâneo de milhões de pessoas que moram na América Hispânica. “Paisagens intocadas transformaram-se em uma devastada terra de ninguém”.

Catálogo - “A Carta da Jamaica” será acompanhada de um catálogo, com textos de Alfons Hug, diretor do Instituto Goethe no Rio de Janeiro, Alberto Saraiva, curador do Oi Futuro, Alonso Cueto Caballero, escritor peruano, Raúl Zibechi, escritor e ativista uruguaio, e Alexander García Düttmann, professor de filosofia na Goldsmiths College, Universidade de Londres. A publicação tem projeto gráfico da 19 Design, de Heloísa Faria, também responsável pela identidade visual da mostra.

Simón Bolívar - De seu exílio em Kingston, em setembro de 1815, o libertador Simón Bolívar, então, com 32 anos, escreveu em inglês sua legendária “Carta da Jamaica“, dirigida a um amigo. Em sua obra mais importante, o herói da Independência esboçou um grandioso panorama para a América, dos Estados Unidos até o Chile e a Argentina.

Sua fulminante análise começa com um levantamento dos movimentos independentistas entre 1810 e 1815 e das razões que moveram os “espanhóis americanos” a se empenharem pela Independência. Segue um apelo à Europa para apoiar a causa hispano-americana. Na terceira parte, Bolívar, considerado o maior político sul-americano de todos os tempos, discorre sobre as perspectivas de futuro para cada uma das repúblicas. Conclui seu tratado, escrito com muita elegância, com um apelo à união dos povos americanos.

.[ Exposição “A Carta da Jamaica”, Oi Futuro, Rio | Visitação pública: 3 de agosto a 5 de setembro de 2010, de terça a domingo, das 11h às 20h, Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo – Rio de Janeiro 21, telefone (21) 313-3060 | www.oifuturo.org.br. Entrada franca. || Exposição: até 18 de setembro de 2010, terça à sexta, das 09h às 18h, e sábados das 10h às 16h, no Museu da Maré, Av. Guilherme Maxwell, 26 – Maré – Rio de Janeiro – RJ.  Telefone (21) 3868-6748 | [email protected] | www.museudamare.org.br. Entrada franca]. * Curadoria Geral: Alfons Hug | Curadoria Nacional: Alberto Saraiva | Assistente de Curadoria: Paz Guevara, Sandra Lyra | Realização: Oi Futuro | Patrocínio: Oi | Produção: Instituto Goethe.

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