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29/07/2010 - 07:40

Rio de Janeiro discute perspectivas para o desenvolvimento da siderurgia

Evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e pela UFRJ reunirá empresas e entidades do setor no dia 29 de julho (quinta-feira), na Firjan.

O Rio de Janeiro já ocupa o segundo lugar no ranking da produção de aço no Brasil. A expectativa é que o setor siderúrgico fluminense receba investimentos de R$ 20 bilhões nos próximos anos, o que contribuirá decisivamente para aumentar a participação do estado no cenário nacional. As perspectivas para o desenvolvimento do setor serão o foco do seminário que será realizado no dia 29 de julho (quinta-feira), às 8 horas, no auditório da Firjan, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O evento será aberto às 9h pelo secretário Julio Bueno e por representantes da UFRJ, da Firjan, do Instituto Aço Brasil (IABr) e da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM). A programação reunirá lideranças empresariais, dirigentes governamentais, executivos da cadeia sidero-metalúrgica, representantes de entidades e especialistas do setor. Serão discutidos temas como mercado, logística, condicionantes ambientais, locacionais, fiscais e financeiros, além do incentivo à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

- Em 2009, o estado foi responsável pela produção de 5,83 milhões de toneladas de aço, do total de 25,5 milhões de toneladas produzidos no país – o primeiro é Minas Gerais, tradicional pólo produtor desta matéria-prima. A expectativa é que, com os recentes investimentos no setor, anunciados pelas grandes siderúrgicas e a entrada de novos players neste mercado, o estado alcance a liderança na produção brasileira de aço – ressalta Julio Bueno.

Após a abertura oficial do evento, o secretário mostrará um panorama do setor siderúrgico do estado e, em seguida, o Departamento de Geologia da UFRJ apresentará o projeto de análise e planejamento estratégico do setor no Rio. O principal objetivo é consolidar a cadeia de insumos e produtos do setor, conhecer os gargalos e identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para a siderurgia fluminense. A programação prevê ainda palestras de representantes do IABr, da ABM, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A participação no Seminário “Perspectivas e Condicionantes do Desenvolvimento do Setor Siderúrgico do Estado do Rio de Janeiro” é aberta a executivos e representantes do setor.

Produção atual e novos investimentos - Uma das alavancas para a arrancada da siderurgia no Rio de Janeiro é a entrada em operação da CSA Siderúrgica do Atlântico, um investimento de US$ 13,2 bilhões da Vale e da alemã ThyssenKrupp. Considerada o maior empreendimento privado do País dos últimos 12 anos, a siderúrgica foi inaugurada em junho, em Santa Cruz, na zona oeste carioca. A estimativa é que, quando estiver a plena carga, esta indústria produza 5 milhões de toneladas de aço/ano.

Outro grande investimento previsto para o setor é a siderúrgica a ser construída no Complexo do SuperPorto do Açu, no Norte Fluminense. Este empreendimento do Grupo EBX, de Eike Batista, e a estatal chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco), prevê investimento de US$ 5 bilhões, o maior já realizado pela China no Brasil e o mais caro do país asiático no setor siderúrgico fora de seu território. A unidade, que deve começar a operar em três anos, tem capacidade para fabricar cinco milhões de toneladas de aço/ano.

Outra multinacional do setor está em negociações para implantar uma siderúrgica no SuperPorto do Açu. O projeto deverá receber investimentos de R$ 13 bilhões para produzir em torno de cinco milhões de toneladas de placas de aço por ano. Em 2009, o estado também ganhou uma nova fábrica da Votorantim, na cidade de Resende, no Sul Fluminense. A unidade, que representou um investimento de US$ 550 milhões, tem capacidade para produção de 1,2 milhão de toneladas/aço de laminados e 1 milhão de toneladas/ano de aço longo.

Segundo Bueno, este novo impulso à siderurgia fluminense ganha ainda mais força com o pré-sal e a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. O Instituto Aço Brasil (lABr) estima que a demanda adicional de produtos siderúrgicos gerada pelos programas de petróleo e gás e por estes eventos esportivos vai atingir 8 milhões de toneladas nos próximos seis anos. Atualmente, a capacidade de produção é 103% superior à demanda interna, o que permite à indústria manter suas exportações.

Um novo ciclo de desenvolvimento - Julio Bueno destaca o vigor econômico do Rio de Janeiro e o potencial de desenvolvimento que o Rio está vivendo, apoiado em grandes investimentos realizados nos mais diversos segmentos da economia. Segundo ele, atualmente o estado possui a maior carteira de grandes projetos do país, com investimentos nos setores de Petróleo e Gás; Siderurgia; Petroquímica; Logística; Desenvolvimento Urbano; Energia; Naval Offshore e Indústria de Transformação.

- O Brasil está vivendo um novo ciclo de expansão de sua siderurgia. E o Rio de Janeiro participa ativamente desta nova fase na produção brasileira de aço, com grandes investimentos realizados pela iniciativa privada, que contam com total apoio do Governo do Estado. Hoje, o Rio é a capital da energia do Brasil. Somos o maior produtor de petróleo e gás, o maior parque térmico e ainda temos o parque nuclear brasileiro. Em breve, também seremos o maior produtor de aço do país – destaca Bueno.

O secretário ressalta a importância da siderurgia como alavanca para o desenvolvimento do país e do estado. Ele lembra que o Rio já possui o maior PIB per capita por quilômetro quadrado do País, com densidade econômica maior do que Minas Gerais. O PIB fluminense é o segundo maior do Brasil – atrás apenas de São Paulo – e maior do que o do Chile, embora seja o terceiro menor estado da federação – só é maior que Alagoas e Sergipe. O PIB per capita do Rio é 33% maior que a média brasileira, sendo comparável ao da Argentina e muito maior que a da China e da Índia.

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