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29/07/2010 - 07:49

Estudo revela: mais de 20% de pacientes internados em UTIs pesquisadas no Rio de Janeiro apresentaram Delirium

Uma patologia que pode levar ao óbito.

O médico intentivista Dr. Jorge Salluh participará do XIII Congresso de Terapia Intensiva do Estado do Rio de Janeiro, que ocorrerá no dia 30 de julho (sexta-feira), no Hotel Sofitel de Copacabana, Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, apresentará uma palestra e dividirá com o Dr. Sandro Vieira um simpósio. Em ambas as apresentações detalhará os resultados do Estudo Multicêntrico de Delirium na América Latina.

Delirium é uma fonte frequente de morbidade nas Unidades de Terapia Intensiva. Trata-se de uma perturbação da consciência acompanhada por uma alteração na cognição, que não pode ser atribuída à demência preexistente ou em evolução. É uma síndrome clínica e orgânica de etiologia múltipla e frequentemente mal diagnosticada. E mais grave: pode levar ao óbito.

As UTIs do Rio de Janeiro foram representativas. Das 102 Unidades de Terapia Selecionadas na América Latina, 11 estão do estado, ou seja, 11%. Entre a lista dos selecionados constam: o INCA – Instituto Nacional do Câncer, IPEC-Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Casa de Saúde São José, Copa D´Or, Hospital Quinta D´or e Hospital de Clínicas de Niterói.

Na pesquisa, o Delirium foi associado à gravidade da doença aguda, diagnóstico de sepse (infecção generalizada), presença de disfunção orgânica múlltipla, uso de medidas de suporte invasivo e administração de midazolam (tipo de sedativo). “Selecionamos pacientes de 102 Unidades de Terapia Intensiva da América Latina, uma da Espanha e uma dos Estados Unidos. Ao todo, foram 497 pacientes avaliados, sendo que, desses, 32% apresentaram Delirium. Um índice muito preocupante”, explica Dr. Jorge Salluh.

O estudo revela, ainda, que a tendência é utilizar menos sedativos. De forma geral, estratégias que reduzam a exposição do paciente internado em UTIs a sedativos, em especial aos benzodiazepínicos, indicam estar associadas a menor morbidade. A alternativa, segundo o médico intensivista Dr. Jorge Salluh, é a substituição por sedativos de outras classes terapêuticas que garantem a sedação superficial, mantendo o paciente sempre alerta, como alfa-agonistas, opioides ou propofol. Tais substâncias apresentaram resultados significativos na redução na incidência de Delirium e outras complicações, consequentemente, o índice de mortalidade e morbidade devido ao Delirium.

É preciso também humanizar as UTIs. “Garantir silêncio, ciclos de luz para dia e noite, atenção às demandas individuais dos pacientes, terapia ocupacional e presença de familiares na UTI são fundamentais. Obviamente, tudo isto deve estar aliado a uma forte aderência da equipe às ‘boas práticas de sedação’, escolhendo drogas e doses de forma adequada tendo como meta redução de Delirium e da duração da ventilação mecânica”, reforça Dr. Salluh.

. [ Dia 30 de julho de 2010 (sexta-feira) - Palestra: “Analgesia e Sedação” – 9h30 às 9h50 | Simpósio: “Delirium em Sepse” – 13 horas às 14h30, no Hotel Sofitel – Copacabana, Avenida Atlântica 4240– Rio de Janeiro (RJ).

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