Importações de alimentos orgânicos podem ser suspensas no Reino Unido

Emissões de gás carbônico na atmosfera têm prejudicado o meio-ambiente; produção de organismo GMs pode ser a solução.

O Reino Unido analisa a possibilidade de proibir a entrada de produtos orgânicos, defendidos cegamente pelos ambientalistas no mundo todo, provenientes de outros países através de transporte aéreo.

O motivo é o documento elaborado pela Associação britânica UK Soil (http://www.soilassociation.org) que demonstra que a importação desses alimentos está prejudicando em grande escala o meio-ambiente, devido à alta emissão de gás carbônico oriunda dos aviões, principal meio de entrada dos orgânicos no país.

De acordo com a Associação uma série de soluções para reduzir a emissão de poluentes no ar será estudada, entre elas a proibição das importações através de carga aérea.

Segundo o analista de monitoramento de orgânicos, Amarjit Sahota, caso isso ocorra, a oferta de produtos livres de agrotóxicos no Reino Unido estaria ameaçada, já que somente dessa forma os alimentos podem ser mantidos frescos e propícios para o consumo. Sahota dá o alerta: cerca de 30% da oferta deste tipo de alimento no Reino Unido é proveniente da comercialização com outros países, e a demanda por eles é crescente. Só em 2006, a procura pelo produto aumentou 25%.

Uma alternativa viável para o abastecimento do mercado com produtos livres de agrotóxicos seria a adoção de cultivos geneticamente modificados mais resistentes na agricultura orgânica. Segundo Leila Oda, presidente da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), a prática já é adotada por algumas comunidades alternativas no Reino Unido.

O tema será abordado pelo Dr. Klaus Amann, da Suíça no V Congresso Brasileiro de Biossegurança, evento organizado pela ANBio entre 18 a 21 de setembro na cidade de Ouro Preto (MG).

Perfil da ANBio- A Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) foi criada em 1999, com o objetivo de difundir informações a respeito dos avanços da biotecnologia moderna e seus mecanismos de controle. No seu escopo de trabalho estão a promoção do conhecimento relativo à biossegurança e de suas práticas, como disciplina científica, além da capacitação e orientação de profissionais que implementam a biossegurança em instituições de pesquisa e ensino da área biomédica.