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31/07/2010 - 07:56

Bovespa sobe e tem em julho melhor mês desde maio de 2009

São Paulo - Consolidando a lenta, mas consistente virada das expectativas do mercado, pontuada pelo alívio em relação à Europa e por estimativas mais brandas para o aumento do juro doméstico, a Bovespa fechou no dia 30 de julho (sexta-feira), seu mais longo ciclo de alta em sete anos.

Distante da volatilidade Wall Street, num dia de novos sinais desencontrados da economia norte-americana, o Ibovespa subiu 0,84 por cento, aos 67.515 pontos. Com dez dias seguidos no azul, o índice fechou julho com avanço de 10,8 por cento, o melhor desempenho mensal desde maio de 2009.

O giro financeiro da sessão somou 6,47 bilhões de reais.

Segundo profissionais do mercado, o movimento revela primeiro a visão mais construtiva de investidores em relação ao mercado acionário doméstico, já que indicadores mais recentes, acompanhados da desaceleração no ritmo de alta da Selic, indicam crescimento econômico com inflação sob controle adiante.

"Os fundamentos do Brasil estão fortes", disse o gerente de renda variável da corretora Concórdia, Romeu Vidale.

Esse quadro foi ilustrado na sessão com as líderes de alta do Ibovespa, justamente empresas ligadas ao mercado doméstico que divulgaram animadores resultados do segundo trimestre.

A ação da Lojas Renner saltou 8,22 por cento, a 58,96 reais, sendo bastante elogiada por analistas por ter registrado expansão robusta das margens de abril a junho.

JPMorgan e Itaú Corretora reiteraram recomendação de compra do papel da varejista de roupas, enquanto UBS elevou o preço-alvo da ação de 62,50 para 69,00 reais.

Mais atrás, a ação da Redecard ganhou 2,11 por cento, a 26,56 reais, após reportar lucro líquido 9,1 por cento maior no trimestre, mesmo em meio a maiores custos antecipando maior concorrência no setor de cartões. Com isso, os sinais confusos da economia dos Estados Unidos e seu impacto sobre Wall Street, onde os principais índices fecharam perto da estabilidade, ficaram em segundo plano.

O índice de confiança do consumidor norte-americano caiu, mas veio melhor do que o esperado por analistas, rivalizando com a desaceleração do PIB do país no segundo trimestre, o recuo surpreendente da atividade industrial japonesa em junho e a queda maior do que a esperada nas vendas do varejo alemão.

Percalços na recuperação da economia norte-americana, na Europa e na Ásia são, na opinião de analistas, justamente a maior fonte de incertezas no final de 2010.

"O que pode estragar a festa na Bovespa são os números lá de fora", disse o diretor de renda variável da Interbolsa, Edson Marcellino.

Não por acaso, companhias ligadas à economia mundial tiveram performance mais fraca. Vale, mesmo com um balanço trimestral que agradou analistas, viu sua ação preferencial subir apenas 0,35 por cento nesta sexta-feira, a 42,67 reais.

Pior ainda foi para a preferencial da Usiminas, com declínio de 4,66 por cento, o maior do Ibovespa, a 49,48 reais. Com resultado trimestral mais fraco, a siderúrgica teve a recomendação para seus papéis reduzida nesta sexta-feira pelo BTG Pactual, de "compra" para "neutra".| Aluísio Alves/Reuters.

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