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03/08/2010 - 10:31

Preço dos combustíveis continua caindo

Pesquisa da Fecomercio realizada em parceria com a OEB indica retração nos preços do etanol, da gasolina e do diesel.

São Paulo– o Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM) revela que abastecer o carro está mais barato, mas ter um carro está mais difícil. Elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), o ICVM terminou junho com incremento de 0,17% em relação a maio. No primeiro semestre de 2010, o índice registra impulso de 2,79% e, no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 4,93%.

Segundo Gilson Garófalo, assessor econômico da Fecomercio, o grupo Transportes voltou a apresentar elevação de seus preços médios, finalizando o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 2,80%. Em relação a maio, a variação foi de 0,35%. “Apesar do preço dos combustíveis ter caído, o impulso no preço dos carros e motos alavancou o indicador”, pondera.

Em junho, o etanol, a gasolina e o diesel ficaram, 6,59%, 0,54% e 0,51% mais baratos e, no ano, acumulam queda de 19,49%, 0,95% e 0,59%, respectivamente. Já a aquisição de veículos ficou 1,68% mais cara, sendo o valor dos carros novos o que mais subiu, 2,04%. “Usar estacionamentos também ficou mais caro. Em média estes estabelecimentos estão cobrando 1,15% a mais do que cobravam em maio”, aponta Garófalo. Nos últimos 12 meses, o valor cobrado pelos estacionamentos subiu 16,45%.

Outro setor que motivou o salto no ICVM de junho foi o de Saúde, que teve elevação de 0,85%. No ano, a variação acumulada é de 3,98%, e de 6,64% nos últimos 12 meses. Garófalo explica que em abril e maio, a elevação dos preços nesse segmento foi motivada pela decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (órgão do governo federal que controla o reajuste de preços no setor) que autorizou o aumento de até 4,6% nos preços dos remédios e produtos farmacêuticos. “Agora foi a vez da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizar o reajuste anual de 6,73% nos planos de saúde”, afirma o economista da Fecomercio. Os contratos com vencimento em junho já começaram a sentir este reajuste e forçaram a elevação do preço médio dos planos em 1,44%. Além disso, os tratamentos dentários e os serviços médicos e laboratoriais ficaram, em média, 0,95% e 0,80% mais caros, respectivamente.

Único setor a apresentar variação negativa em junho, o grupo Alimentação registrou queda de 0,94% em relação a maio. Contudo, há uma alta acumulada de 4,13% nos primeiros seis meses de 2010, e de 5,17% nos últimos 12 meses. O alimento cuja variação do preço mais contribuiu para o resultado do setor foi o leite longa vida, que ficou 4,77% mais barato. Os preços de tubérculos, verduras, legumes e frutas também apresentaram retração em junho, encolhendo 7,02%, 5,65%, 5,24% e 1,29%, respectivamente. “É importante observar que, nos meses anteriores, os preços dos alimentos vinham sendo os principais responsáveis por empurrar o ICVM para cima”, destaca Garófalo.

Já o grupo Habitação registrou variação de 0,27% no mês, acumulando alta de 4,85% nos últimos 12 meses. Garófalo afirma que os gastos com reparo no domicílio, em média 0,98% mais caros, foram o principal motivo para o impulso no setor. “Isso aconteceu porque alguns dos materiais mais comuns tiveram altas significativas”, explica. “O cimento, a argamassa e a tinta ficaram, respectivamente, 2,15%, 1,99% e 1,66% mais caros em comparação com maio.”

Os gastos com Despesas Pessoais saltaram 0,69% em junho. Sendo a elevação do preço dos cigarros e das viagens de excursão os principais motivos para a alta do indicador. Em comparação com maio, os cigarros ficaram 4,64% mais caros, e as viagens de excursão, 1,90%. Com a aproximação do recesso das escolas, o preço do ingresso de cinema também ficou mais alto, em média, 0,84%. Já o ingresso para as peças teatrais ficaram, em média, 0,94% mais baratos.

O setor de Vestuário viu seus preços saltarem 0,68%. Garófalo explica que esta variação é natural, uma vez que junho é reconhecido como o último mês de elevação dos preços para as roupas que fazem parte da coleção outono-inverno. Finalmente, os gastos com Educação praticamente não apresentaram variação, fechando junho leve alteração de 0,02%.

Peso no índice Geral - O ICVM, que abrange os consumidores com renda entre 5 e 15 salários mínimos, é composto por sete itens: Habitação (com peso de 32,4% na composição do índice), Transportes (18,2%), Alimentação (17,8%), Despesas Pessoais (12,2%), Saúde (8%), Educação (6%) e Vestuário (5,4%).

Nota Metodológica - O cálculo do Índice de Custo de Vida da Classe Média (ICVM), feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), é válido para o estado de São Paulo e tem a estrutura de ponderação baseada na Pesquisa de Orçamentos Familiares de 1998-99, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A faixa de renda abrangida na pesquisa compreende o intervalo entre 5 e 15 salários mínimos (base) paulista (ou R$ 2.525,00 e R$ 7.575,00). A metodologia compara os preços médios do mês atual com os preços médios do mês imediatamente anterior. Portanto, é importante ressaltar o fato do ICVM não retratar a variação de preços do primeiro ao último dia do mês.

Fecomercio - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem cerca de 700 mil companhias que respondem por 11% do PIB paulista – aproximadamente 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

OEB - A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), entidade civil, cultural e de utilidade pública, criada em 1935, é a mais antiga representação dos economistas brasileiros. Voltada ao aprimoramento, atualização e prestígio da categoria profissional, a OEB promove cursos, palestras e workshops, sendo credenciada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para ministrar cursos de MBA "lato sensu". Contribui com as faculdades de economia adequando estruturas curriculares às necessidades regionais e coopera com as organizações privadas e governamentais em assuntos correlatos ao campo das ciências econômicas.

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