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21/06/2007 - 04:59

Alstom estuda fábrica no país voltada para biomassa

Rio de Janeiro - A febre no setor de etanol no Brasil transformou o país em candidato a receber uma fábrica de caldeiras da Alstom para geração de energia a partir da biomassa, informou à Reuters nesta quarta-feira o presidente da empresa no Brasil, Aloísio Vasconcelos.

Por outro lado, a multinacional francesa deixará o setor de saneamento, apesar de apostar no crescimento dessa área, "mas que ficou fora do nosso core business", explicou Vasconcelos. A Alstom venderá sua unidade dedicada a esse setor localizada em Recife (PE), criada em 2002, por 12 milhões de reais, para um grupo empresarial formado por ex-funcionários da companhia.

Sobre a biomassa, Vasconcelos afirmou que os estudos ainda são iniciais e por isso não sabe prever o custo do projeto. Ele explicou que a Alstom tem uma fábrica de caldeiras nos Estados Unidos e agora planeja outra na América do Sul, onde o Brasil oferece maiores chances pelo programa do biocombustível.

"A tendência é essa, até porque dentro da política traçada para o etanol a atratividade da biomassa é grande", disse em referência à possível sexta fábrica da empresa no país, onde atua predominantemente em energia e transporte.

"Existe a perspectiva da empresa de aumentar os seus ativos no Brasil, mas ainda estamos estudando", afirmou.

No Brasil há 52 anos, a Alstom emprega 3.500 pessoas e registrou uma carteira de pedidos para o exercício de 2006/2007 (01 de abril de 2006 a 31 de março 2007) estimada em 2,4 bilhões de reais. O faturamento da empresa nesse exercício foi da ordem de 1,19 bilhão de reais e os contratos assinados atingiram a marca de 1,67 bilhão de reais.

Enquanto decide sobre a nova unidade, os planos da empresa líder mundial na fabricação de equipamentos para energia e transporte ferroviário são de dobrar o faturamento com equipamentos para o meio ambiente, outra área que na avaliação de Vasconcelos vai crescer fortemente no país.

"A expectativa é de que dobremos o faturamento dessa área no ano fiscal que se encerra em março de 2008", afirmou o executivo, prevendo receita de 200 milhões de dólares para o segmento no período.

Rio Madeira - Ex-presidente da Eletrobrás, quando já era um entusiasta do projeto das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, Vasconcelos prevê para setembro o leilão que vai ofertar a primeira usina do projeto, de Santo Antonio, com capacidade para 3,2 mil megawatts.

De acordo com Vasconcelos, o consórcio de fornecedores liderados pela Alstom já possui um 'pool' de bancos brasileiros para financiamento, "que logicamente passará pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", e já se organizou com as grandes construtoras civis brasileiras.

"Agora depende da licença ambiental...a gente tem informação de que a licença pode sair semana que vem...se sair, em 90 dias haveria o leilão, lá pelo final de setembro, e a obra começaria no primeiro trimestre de 2008, para começar a gerar no final de 2012 ou início de 2013", estimou.

Segundo Vasconvelos, existe um projeto para que se crie uma unidade industrial na região de Porto Velho para equipamentos de menor grau tecnológico, como maneira de impulsionar a economia da região. "Não é bem uma fábrica, mas uma unidade industrial de suprimentos, de forjados, ou de solda, não sei detalhes...mas a Alstom vê isso com bons olhos", afirmou.

Trem Rio-São Paulo - Sempre lembrada quando o assunto é transporte ferroviário de alta velocidade, depois de um trem da empresa ter batido o recorde de velocidade na França, em abril deste ano, a Alstom tem interesse em participar do projeto que está sendo costurado pelo governo para unir o Rio e São Paulo, afirmou Vasconcelos.

Ele afirmou no entanto que defende uma velocidade mais moderada para o trecho, em torno dos 240 quilômetros médios por hora, em vez dos 350 quiilômetros previstos, para dar mais segurança e comodidade ao passageiro. A esse ritmo a viagem duraria 1h30.

"O projeto tem estimativas de 6 a 10 bilhões de dólares, mas de for com velocidade média de 240 quilômetros pode ficar na faixa mais baixa", explicou.

"Hoje essse assunto virou o 'must', porque os homens de negócios e os turistas não aguentam mais essa humilhação nos aeroportos", concluiu.| Por: Denise Luna/Reuters.

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