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04/08/2010 - 08:21

No mercado de açúcar: outubro é hoje

Commodity dá uma guinada nos preços e nos negócios internacionais e antecipa as previsões de outubro.

O mercado internacional de açúcar continua surpreendendo. O mês de julho foi excelente para aqueles que ainda não haviam vendido e nem fixado seus açúcares: a variação foi de 350 pontos para o vencimento em outubro (77 dólares por tonelada). Segundo Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting, essa alta no outubro, mês que normalmente sofreria a pressão da safra brasileira, tem várias explicações.

Uma delas é que a tão famigerada falta de demanda anunciada no início de maio, e que tentava explicar o derretimento do mercado depois de 1º de fevereiro, foi na verdade apenas um adiamento de novas compras. "Os importadores assustados com a queda vertiginosa de preços foram empurrando as novas compras enquanto utilizavam até a exaustão os estoques que tinham em mãos", comenta o gestor de riscos.

Outra vertente está na logística. "Todos sabem que os preços no mercado internacional não se devem à falta de açúcar, mas da impossibilidade desse açúcar chegar às mãos dos consumidores em tempo hábil. Nossa incapacidade logística de embarcar o produto no tempo desejado pelo comprador gera incerteza e estimula os especuladores a comprarem contratos futuros, empurrando o mercado para cima, ainda que essa subida seja destoante", explica.

O fato é que o mercado, onde está, antecipou a previsão do cenário em outubro. Ou seja, análises apontavam para uma recuperação de preços no início do último quadrimestre deste ano. A onda veio antes.

A previsão de safra no Centro Sul sofreu uma redução pelo mercado, devido ao tempo seco. No entanto, a ATR (quantidade de sacarose na cana) está bem acima do que se esperava.

"O ponto crucial é que o ano que vem precisaremos moer 730 milhões de toneladas de cana para atender a uma exportação de açúcar estimada em 25 milhões de toneladas e um consumo doméstico de etanol de 32,6 bilhões de litros (embora existam relatórios no mercado que apontam essa necessidade entre 33 e 34,9 bilhões de litros), além do mercado interno de açúcar. Moer 730 milhões de toneladas significa um crescimento de 10%, sem um grama de açúcar nem um pingo de etanol de estoque de passagem. Uma injeção de pelo menos 10 bilhões de dólares", avalia Arnaldo Corrêa.

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