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04/08/2010 - 08:54

Nós, perdulários!

Ultimamente confesso minha dificuldade em deixar de pensar como fomos capazes de desfrutar de forma desmedida os parcos recursos naturais.

Não foram poucos cientistas, estudiosos, filósofos, matemáticos, físicos, sociólogos, gurus e economistas, assim como nós e nossos antepassados desde a Revolução Industrial, que insistentemente viveram com a fantasia que o nosso grande lar, o planeta Terra, estaria sempre pronto a satisfazer nossos anseios, nossas necessidades.

Confesso igualmente que não encontrei outro adjetivo mais adequado que perdulário vis à vis nossa capacidade inventiva e de visão de longo prazo de nossa raça. Não agimos de maneira intencional, fomos useiros e vezeiros comprometendo a continuidade da vida de nossos filhos e netos.

Quando percebo meu filho crescendo já o vejo em fase adulta com seus iguais questionando nossa inteligência, nossa perspicácia e de como fomos capazes de entregar a eles algo tão comprometido como nossa biosfera.

A raça humana foi agraciada com o dom da inteligência, além de um vasto arsenal de habilidades, que lhe permitiu povoar e liderar o planeta. E assim o fizemos, como predadores.

Em um dado momento da nossa história haverá um ponto de inflexão, então que seja agora. E para que nos tornemos agentes da mudança não precisamos de governos, PACs e ONGs.

Ela será na forma de uma revolução do tipo que alguns de nós tanto sonhávamos nos anos 60 e 70, mas não com armas ou manifestações de rua. Será silenciosa, mas constante. Um rolo compressor passando sobre velhos hábitos sobre os quais nem mesmo pensamos, pois ainda os utilizamos pela mecânica repetição.

Não nos falta inspiração ou conhecimento, falta ação!

Matéria-prima e público também não nos faltam. Nossos amigos, parentes, vizinhos estão ao nosso alcance. Temos que fomentar o consumo não perdulário seja na quantidade como na forma que ele se dá.

Consumir com eco-responsabilidade de maneira ampla, holística, sobre o encadeamento para trás e para frente de nossas decisões, sobre os sacrifícios exigidos da natureza é nossa missão como forma de fazer a tal mudança.

Oxalá nossos netos não tenham que escrever um melancólico texto NÓS, SOBREVIVENTES.

Mão à obra, aliás, a esta grande obra de recuperação. É uma dívida que herdamos e alimentamos.

. Por: Valmir Mondejar

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