ABBR comemora aniversário com novidades e soluções tecnológicas

Instituição passa por obras de infra-estrutura e compra equipamentos de última geração.

A Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) completa 56 anos no dia 05 de agosto. E para comemorar, a instituição, que passou por pequenas obras de infra-estrutura, vai inaugurar equipamentos de última geração, comprados para auxiliar na reabilitação de seus pacientes.

A principal aquisição é o MSPP (Treinamento de Marcha com Suporte Parcial de Peso), que auxilia no tratamento de lesões graves. O aparelho controla simultaneamente a descarga de peso corporal, a postura e o equilíbrio sobre uma esteira especial ergométrica, associada ao biofeedback sonoro e visual, que reforça a correção do padrão de marcha (caminhada).

O MSPP é um suporte acoplado à cintura e pernas do lesionado, que o suspende para facilitar os exercícios, já que é possível retirar até 70% do peso corporal. E, com a ajuda da esteira Gait Trainer, é possível, além de monitorar a velocidade, fazer ajustes nos parâmetros da marcha e manter os registros arquivados, facilitando o acompanhamento do progresso do paciente.

As novas tecnologias serão utilizadas no ginásio, por quem sofreu lesão medular ou doença neuromuscular. Os equipamentos e as obras custaram R$ 112 mil reais. Investimento que foi possível por causa dos recursos da Campanha Reveillon Solidário, doados pelo Metrô Rio em 2009, e das doações feitas à instituição.

A ABBR também aposta no uso de jogos, com realidade virtual, no programa fisioterapêutico. Pacientes do setor de hemiplegia, com lesões crânio-encefálicas, passarão a contar com o videogame Nitendo Wii como parte do tratamento.

O programa engloba avaliação, treinamento e adaptação do lesionado, otimizando a sua performance motora. Segundo a Dra. Ana Cristina Franzoi, fisiatra e coordenadora de pesquisas da ABBR, “a utilização dessa tecnologia vai ser potencialmente útil. Permitirá ao paciente fazer seus exercícios e interagir num cenário divertido gerado pela máquina”.

Como o jogo obriga o usuário a se mexer constantemente para que o personagem tenha ação, ele precisa fazer movimentos repetidos com os braços. “Evidências recentes sugerem que o treinamento repetitivo direcionado a atividades funcionais é benéfico para a extremidade que sofreu paralisia incompleta de nervo ou músculo”.

A fisiatra ressalta que todos os exercícios desenvolvidos na ABBR são voltados para tarefas funcionais (“Task Related Exercise), como sentar, levantar, alcançar e andar. Segundo Ana Cristina, a terapia é focada na resolução de problemas específicos (“Problem Solving Therapy”), que levam à limitação de atividades e severas restrições em situações reais de vida. [www.abbr.org.br]